domingo, 29 de maio de 2016

“Olhe aqui, Reinaldo: deboche é argumento de puta” - Olavo de Carvalho.
Olavo de Carvalho publica documento cronológico da sua discussão com Reinaldo Azevedo.
Por Londerson Araújo
Olavo reinaldo
Olavo de Carvalho - Reinaldo Azevedo
O professor Olavo de Carvalho publicou em seu Facebook nesta quarta-feira (25 de maio) a seguinte nota:
***
Introdução à Cronologia integral das minhas discussões com o Reinaldo Azevedo, que daqui a pouco estará online no meu website:
O Sr. Reinaldo Azevedo afirma que fui o primeiro a atacá-lo, que volto a fazê-lo constantemente e que ele se limita a defender-se, aliás “só de vez em quando”, porque é homem ocupadíssimo e, ao contrário de mim, que sou um vagabundo sustentado por misteriosos patrocinadores, tem de trabalhar para viver.
A questão dos patrocinadores – meus e dele -- pode ser resolvida da maneira mais simples: Abro minha conta bancária para quem deseje examiná-la e sugiro que o Sr. Azevedo faca o mesmo.
Por enquanto, publico aqui a transcrição completa das minhas discussões online com o Sr. Azevedo para que todos os leitores verifiquem por si mesmos quem começou os ataques e insistiu neles de maneira obsessiva.
De agosto de 2013 até janeiro de 2016, todas as minhas referências ao Sr. Azevedo foram amigáveis. Quando houve alguma divergência, expliquei-me com argumentos meticulosos e serenos. Vocês podem ver que a primeira referência a ele, em 19 de agosto de 2013, é um gracejo irônico, no qual, fazendo troça de certas correntes de opinião, divido a direita em “elite” e “escória”, na qual me incluo a mim mesmo junto com a Graça Salgueiro, o Lobão, o Heitor de Paola e o Reinaldo Azevedo.

Na linha seguinte, faço um elogio rasgado ao Sr. Azevedo e logo em seguida o defendo contra conservadores e liberais que o qualificam de esquerdista.
A coisa continua nesse tom até 16 de dezembro de 2015 quando, no complemento a uma nota sobre o entrevero entre os deputados Jair Bolsonaro e Maria do Rosário, após uma longa e meticulosa argumentação em favor do primeiro, acrescentei : “Não creio que o Reinaldo vai me responder. Ele sabe que exagerou.”
Ainda nessa época, embora divergindo radicalmente de algumas opiniões do Sr. Azevedo, eu o tratava não só de maneira respeitosa como também amigável.
Em 30 de marco de 2015, quando uma ouvinte do seu programa na Jovem Pan lhe perguntou o que achava da minha opinião segundo a qual Barack Hussein Obama havia nascido fora dos EUA, o Sr. Azevedo, em vez de defender a honra do amigo ausente e informar à mocinha que eu jamais havia afirmado uma coisa dessas, limitando-me a examinar a questão dos documentos falsos do Presidente americano sem jamais conjeturar o seu local de nascimento, ele preferiu deixar que a falsa impressão passasse por verdadeira, e ainda fazer-se de superior, pontificando que para combater o obamismo, “o caminho não é esse”.
Entre os dias 27 de Abril e 15 de maio de 2015, tendo sido abertamente difamado pelo comentarista Marco Antônio Villa na Veja-TV, exigi o meu direito de resposta e fui convidado a dar uma entrevista a Joice Hasselmann naquele canal. Tão amigável era a minha atitude para com o Sr. Azevedo que, mesmo após as discussões sobre o caso Bolsonaro, no dia 15 de maio anunciei no Facebook:
“Não pretendo falar do Villa na minha entrevista à Veja-TV. Não posso criar uma situação insustentável para a Joice Hasselmann e o Reinaldo Azevedo perante a direção da empresa, só para devolver insultos vindos de um bandidinho chinfrim.”
Em 30 de outubro, divergi do Sr. Azevedo numa questão referente às Forças Armadas, ainda chamando-o de “meu caro”.
Em 11 de janeiro de 2016, pela primeira vez, começa a surgir no nosso dialogo um sinal de hostilidade. E não veio de mim. Respondendo a uma observação minha segundo a qual é um princípio elementar da ciência política não julgar movimentos políticos somente pelos valores que dizem representar, mas sim pela substância das suas ações reais, o Sr. Azevedo, por incrível que pareça, viu nessa obviedade uma intenção capciosa e erística, um mero truque retórico.
Embora a insinuação fosse altamente ofensiva, ainda respondi da maneira mais educada possível, enfatizando até: “Todo mundo sabe da minha amizade e respeito pelo Reinaldo”.
Em resposta, o Sr. Azevedo, sem se dar o trabalho de contestar um só dos meus argumentos, chamou-me de VAIDOSO e SENIL.
FOI ESSA A PRIMEIRA EXPRESSÃO OFENSIVA QUE APARECEU NO NOSSO DIÁLOGO.
No fim do mesmo dia, desisti completamente da amizade do Sr. Reinaldo Azevedo e, comentando o tom das suas respostas, escrevi:
“Olhe aqui, Reinaldo: deboche é argumento de puta”
No dia seguinte, especifiquei:
“Reinaldo, sempre fiz o possível para preservar a nossa amizade, mas não posso colocá-la acima de um dever elementar de honestidade. O que você há tempos vem fazendo com o Bolsonaro é difamação porca, é cachorrada, é vigarice. Eu não toleraria isso nem da minha mãe. Com esse procedimento você está dando um final vergonhoso a uma carreira honrosa. Para quê? A quem você pretende agradar com essa porcaria?"
“Reinaldo Azevedo mostrou-se INCAPAZ de refutar qualquer dos meus argumentos. Só usou de deboches e rotulações e no fim preferiu refugiar-se por trás de uma bela desconversa. Mas não esquecerei que, no curso da discussão que não houve, ele me acusou de praticar um truque erístico, quando eu estava apenas mencionando um preceito científico universalmente admitido.”
***
Segue o PDF que o professor Olavo de Carvalho disponibilizou em seu site, com cronologia da toda sua discussão com Reinaldo Azevedo:

http://www.impresso.info/articles/olhe-aqui-reinaldo-deboche-e-argumento-de-puta-olavo-de-carvalho

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