Tia de ditador norte-coreano 'desaparece' de documentário e eventos oficiais
Por O Globo | Agência O Globo – 9 horas atrás
SEUL - Cinco meses após a execução de Jang Song-thaek - o tio do ditador norte-coreano, Kim Jong-un -, sua mulher corre o risco de ter seguido o mesmo destino. Segundo o Ministério da Unificação sul-coreano, Kim Kyong-hui, esposa de Jan e irmã do falecido líder Kim Jong-il, foi excluída da reedição de um documentário da televisão estatal. Ela não é vista em público desde setembro. Num país que costuma reeditar o passado, esses são sinais de que um político caiu em desgraça.
Jang chegou a ser o número dois do governo, mas foi destituído publicamente e morto por corrupção e traição em dezembro do ano passado. Sua execução levantou dúvidas sobre o que aconteceria com Kyong-hui. Ela chegou a ser vista em dezembro, num sinal de que teria sido poupada de retaliações.
Mas agora a Coreia do Sul afirma que imagens de Kyong-hui em 2012 prestando homenagens ao irmão, morto um ano antes por um ataque cardíaco, foram eliminadas de uma nova versão do programa, exibido pelo canal estatal KCTV. O documentário estreou em dezembro passado, mas ao ser retransmitido em fevereiro, as imagens da tia de Kim Jong-un teriam sido retiradas. O fato passou despercebido na ocasião e só foi notado na última terça-feira.
- Temos motivos para acreditar que ela tenha sido destituída - disse um porta-voz em Seul.
No aniversário de dois anos da morte de Kim, não houve qualquer sinal dela. Após a morte de seu marido, especulou-se que ela estaria doente ou mesmo que tivesse morrido, fato que não foi confirmado por nenhuma das Coreias. Já o jornal japonês "Yomiuri Shimbun" afirmou em janeiro que Kyong-hui estaria morando na Polônia.
A tia de Kim Jong-un era general do chamado Exército do Povo e acumulava cargos como secretária da indústria e líder do setor elétrico. Em março, foi eleita para a Assembleia Nacional. Ou não: o governo sul-coreano levantou a possibilidade de que uma outra pessoa com o mesmo nome tenha sido eleita, já que é normal muitos terem o mesmo nome na Coreia do Norte.
Não há qualquer acusação oficial contra Kyong-hui, mas como era esposa de Jang, considerado "pior que um cão" pelo governo, as suspeitas aumentam sobre um possível afastamento ou mesmo eliminação. A exemplo da prática realizada pela antiga União Soviética, quem se torna persona non grata na Coreia do Norte são retiradas de registros fotográficos e dos arquivos oficiais do país.
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https://br.noticias.yahoo.com/tia-ditador-norte-coreano-desaparece-document%C3%A1rio-eventos-oficiais-100000054.html
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