sábado, 23 de janeiro de 2016

Jean Wyllys é criticado por viagem a Israel

Julio Severo
O deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ), conhecido por seu esquerdismo e sua liderança em questões políticas homossexuais, está enfrentando grandes críticas da Esquerda brasileira e internacional devido à sua recente viagem a Israel. O congressista despertou a ira da Esquerda após participar de uma conferência em uma universidade israelense.
Jean Wyllys na Universidade Hebraica de Jerusalém
Muito do material neste artigo foi extraído de uma reportagem do Intercept, uma publicação esquerdista americana. O The Intercept colocou Wyllys nas suas manchetes, louvando o histórico de ativismo homossexual dele, mas criticando-o por um mínimo apoio a Israel.
De acordo com o The Intercept, em 5 de janeiro, Wyllys chocou e enfureceu muitos socialistas. Ele postou uma foto sorridente de si mesmo para seus 871.626 seguidores no Facebook, posando em frente da Universidade Hebraica de Jerusalém. O comentário postado junto à foto: “Estou muito feliz e emocionado pela oportunidade de visitar, pela primeira vez, esta cidade cheia de história… Amanhã vou ministrar uma palestra na Universidade Hebraica de Jerusalém… sobre antissemitismo, racismo, homofobia e outras formas de ódio e preconceito e suas relações com a política contemporânea”. A foto obteve mais de 24 mil curtidas e mais de 1.700 comentários.
O post causou grande e imediata comoção, com algumas demonstrações de apoio, porém muitos dos comentários expressaram veemente oposição. Vários críticos expressaram choque e indignação que um líder do movimento progressista brasileiro romperia tão profundamente com o posicionamento oficial do seu partido, o PSOL, que defende o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel.
No Facebook, Wyllys declarou ser contra o BDS. “Sou contra boicotes voltados a qualquer povo. Acho um erro confundir o governo, o Estado e a população. O boicote destrói pontes e favorece os extremistas de ambos os lados,” ele escreveu, citando o fracassado bloqueio americano contra Cuba como um exemplo.
Os comentários dele estão desconcertando os socialistas. De acordo com o The Intercept: “O Brasil não tem um considerável lobby pró-Israel e seu apoio aos direitos dos palestinos é o discurso padrão.”
O The Intercept cometeu um erro, pois a população evangélica no Brasil, formada por mais de 46 milhões de pentecostais e neopentecostais (de acordo com o Novo Dicionário Internacional de Movimentos Pentecostais e Carismáticos), é em grande parte apoiadora de Israel. Mas esses apoiadores leais estão desconcertados que Israel tenha oficialmente convidado um proeminente ativista homossexual brasileiro. Por que não convidar o pastor pentecostal Silas Malafaia ou outros proeminentes líderes evangélicos brasileiros?
Os socialistas no mundo inteiro odeiam Israel. Por que Israel os ama?
Os evangélicos conservadores amam Israel. Por que Israel odeia suas posturas conservadoras contra o aborto e a homossexualidade?
O ódio socialista por Israel não faz nenhum sentido ideológico, pois Israel é a única nação no Oriente Médio que tem aborto legal, ideologia de gênero, paradas homossexuais, feminismo e muitos outros males ocidentais. Acima de tudo, o moderno Israel foi fundado por judeus marxistas. A única explicação para esse ódio é espiritual: Deus deu aos judeus a terra de Israel e todo mundo sabe disso, pois está na Bíblia, o livro mais lido do mundo e o livro mais odiado pela Esquerda.
Além disso, não existe razão lógica para os evangélicos serem apoiadores de Israel, que defende ardentemente as mesmas insanidades esquerdistas que Jean Wyllys defende. Mas a razão deles é espiritual. Eles apoiam Israel mesmo quando Israel apoia socialistas como Wyllys que se opõem estridentemente aos evangélicos e seus valores. Eles apoiam Israel porque sabem que Deus tem um plano para Israel, independente do fato de que Israel apoia ideologias opostas aos evangélicos. É uma complexidade insana onde Israel, mesmo sob um governo direitista, prefere convidar um Wyllys a um Silas Malafaia, que é um proeminente pastor evangélico no Brasil.
Mesmo assim, a Esquerda brasileira odiou a visita de Wyllys a Israel.
Paulo Sérgio Pinheiro, um diplomata brasileiro que trabalhou na Comissão Nacional da Verdade (que tratou comunistas como heróis e vítimas, mas seus oponentes como criminosos durante a época do governo militar) e foi relator especial de direitos humanos da ONU, criticou duramente o deputado. “Lamentáveis e deploráveis as notas do Deputado Jean Wyllys sobre sua visita a Israel. Revelando uma crassa ignorância e desinformação sobre as políticas de direitos humanos praticadas atualmente por Israel”, disse ele. Esse sentimento reflete a reprovação de boa parte da esquerda, motivada tanto pela viagem quanto pelos comentários feitos posteriormente.
A polêmica visita de Wyllys a Israel e sua defesa de Israel ocorre em um momento especialmente tenso das relações bilaterais. O governo do PT, sob o comando da criticada presidenta Dilma Rousseff, se recusou a aceitar a nomeação de Dani Dayan como embaixador de Israel no Brasil baseado no argumento de que ele é um polêmico defensor de assentamentos de Israel na Cisjordânia — que biblicamente pertence a Israel, mas socialistas internacionais dizem que Israel ocupou ilegalmente sua própria terra. Tanto na gestão de Dilma quanto na de Lula, o partido governista tem demonstrado apoio à causa palestina.
Wyllys angariou popularidade entre socialistas brasileiros com a defesa inegociável de questões esquerdistas: apresentando projetos de lei para a legalização da maconha, leis de orientação sexual, legalização plena do trabalho sexual (prostituição) e erradicação de vestígios institucionais do governo militar brasileiro — todas essas propostas são abominadas pela direita evangélica em ascensão no país. Ele é o único político abertamente gay no Brasil majoritariamente católico.
O que causou mais indignação entre os socialistas foi que Wyllys palestrou numa universidade que, para eles, simboliza a “ocupação” israelense. Boa parte das instalações da Universidade Hebraica de Jerusalém foi construída em Jerusalém Oriental. Para os socialistas, Jerusalém Oriental é terra palestina que foi expropriada ilegalmente por Israel Uma carta assinada por 351 pesquisadores internacionais condena essa universidade.
A conferência, na qual Wyllys palestrou, teve como título “Brasil e Israel: desafios sociais e culturais”. O evento ocorreu nos dias 5 e 6 de janeiro e foi patrocinado pela Universidade Hebraica de Jerusalém, pela Universidade Brown (EUA), pelo Ministério de Relações Exteriores do Brasil (MRE) e pela Confederação Israelita do Brasil, entre outras instituições.
Numa interação que aparentemente foi apagada, quando um dos seguidores no Facebook perguntou, “Jean, quando você visitará a Faixa de Gaza?” a conta de Wyllys (sob os cuidados de sua equipe de comunicação) respondeu, “Talvez você não saiba que a Faixa de Gaza está atualmente sob o controle da organização terrorista Hamas. Não é, portanto, um lugar seguro para um homossexual assumido… mas, talvez você possa ir. Boa sorte!” Em um comentário posterior, ele disse que “de fato, eu também gostaria de ir a outros países do Oriente Médio, mas não posso, porque em muitos deles poderia ser enforcado ou preso por ser gay.”
Os socialistas odeiam Israel por causa da perspectiva bíblica de que a terra de Israel foi dada aos judeus por Deus, mas eles amam todas as leis esquerdistas pró-aborto e pró-homossexualismo em Israel.
Os evangélicos amam Israel por causa da perspectiva bíblica de que a terra de Israel foi dada aos judeus por Deus, mas eles odeiam todas as leis esquerdistas pró-aborto e pró-homossexualismo em Israel.
Os socialistas amam o socialismo israelense. Mas eles odeiam o fator Deus em Israel e sua terra. Para os socialistas, esse fator anula todas as ideologias socialistas abraçadas pela sociedade israelense. Espero que algum dia os judeus consigam ver a importância desse fator e como os evangélicos conservadores, não os socialistas, são os amigos reais de Israel.
Jean Wyllys pode ser criticado por muitas posturas, inclusive sua defesa das drogas, prostituição e depravação homossexual. Mas ele não pode ser criticado por apoiar Israel, que é a única nação no Oriente Médio que não mata homossexuais.
Se os socialistas pensam de outra forma, eles deveriam enviar todos os homossexuais brasileiros e americanos para tentarem viver entre os palestinos…
Com informações de The Intercept.


http://juliosevero.blogspot.com.br/2016/01/jean-wyllys-e-criticado-por-viagem.html

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