FLÁVIO BOLSONARO: AS DROGAS, A POLÍCIA E O QUE QUEREMOS PARA NOSSOS FILHOS.
Se a moda pega
TEMA EM DISCUSSÃO: Política de drogas no Brasil
POR OUTRA OPINIÃO / FLÁVIO BOLSONARO
Jornal O Globo (18/02/2014)
Parabéns aos policiais pela prisão, por tráfico de drogas, de um professor que cultivava nada menos que cinquenta pés de maconha em sua residência. Quadro que se agrava pela nobreza de sua profissão, composta de profissionais formadores de opinião e vitais ao desenvolvimento do país. Cumpriram a lei e deram exemplo à sociedade. Imagina se a moda pega e todo mundo resolve plantar maconha em casa alegando ser para consumo próprio?
Pesquisas mostram que a maconha é apenas a porta de entrada para outras drogas mais pesadas. Quem passa pela tristeza de ter um dependente de drogas na família pede força a Deus todos os dias para enfrentar uma difícil cruzada e tentar libertar seu ente querido desse mal. Não conheço nenhum pai ou mãe que tenha orgulho de dizer: “Meu filho é drogado!”
Se eu não quero para meus filhos, por que serei favorável para os filhos dos outros? A maconha é uma droga que traz danos permanentes à saúde, ao sistema nervoso, em especial se usada durante a adolescência.
Em muitas pessoas seus efeitos sequelantes são visíveis, tais como lentidão de raciocínio, dificuldade com a fala e desconcentração. Para a medicina, o uso da maconha potencializa doenças como ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e câncer.
Sua liberação ou legalização resultaria em efeitos desastrosos e irreversíveis na sociedade, nas famílias e, principalmente, no falimentar sistema de saúde brasileiro. E quem pagaria a conta? A maioria esmagadora de contribuintes que não fumam. A rede de saúde ficaria ainda mais assoberbada com o inexorável aumento do número de dependentes, estimulados pela facilidade de acesso. O álcool é a droga que mais mata exatamente porque é liberado.
Há os que evocam a legalização da maconha como instrumento para acabar com o tráfico de drogas. Inocentes úteis ou oportunistas! Do ponto de vista do mercado, com a alta carga tributária, os elevados custos trabalhistas e a péssima infraestrutura que assolam hoje toda a cadeia produtiva do Brasil, o preço final da maconha seria muito maior que o praticado atualmente, o que aumentaria a procura pela mercadoria mais barata no mercado paralelo. Além do mais, quem falou que traficante só vende maconha? Eles agradecem pela valorização da “carreira”!
Os benefícios de determinada substância extraída da Cannabis não se confundem com o uso terapêutico da maconha fumada. Tentar ludibriar a opinião pública com essa falácia é má-fé e atende a interesses menores, e não aos de pessoas doentes, que só conseguem melhorar seus quadros clínicos com o uso dessa substância. E, obviamente, ela não é administrada mediante o fumo.
Se a pessoa acredita que não sofre nenhuma sequela pelo uso da maconha, é porque nunca refletiu sobre como estaria muito melhor se não o fizesse. Quem diz não sou eu, é a medicina.
Flávio Bolsonaro é deputado estadual (PP-RJ)
Link da matéria no jornal: http://oglobo.globo.com/opiniao/se-moda-pega-15338819
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Pesquisas mostram que a maconha é apenas a porta de entrada para outras drogas mais pesadas. Quem passa pela tristeza de ter um dependente de drogas na família pede força a Deus todos os dias para enfrentar uma difícil cruzada e tentar libertar seu ente querido desse mal. Não conheço nenhum pai ou mãe que tenha orgulho de dizer: “Meu filho é drogado!”
Se eu não quero para meus filhos, por que serei favorável para os filhos dos outros? A maconha é uma droga que traz danos permanentes à saúde, ao sistema nervoso, em especial se usada durante a adolescência.
Em muitas pessoas seus efeitos sequelantes são visíveis, tais como lentidão de raciocínio, dificuldade com a fala e desconcentração. Para a medicina, o uso da maconha potencializa doenças como ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e câncer.
Sua liberação ou legalização resultaria em efeitos desastrosos e irreversíveis na sociedade, nas famílias e, principalmente, no falimentar sistema de saúde brasileiro. E quem pagaria a conta? A maioria esmagadora de contribuintes que não fumam. A rede de saúde ficaria ainda mais assoberbada com o inexorável aumento do número de dependentes, estimulados pela facilidade de acesso. O álcool é a droga que mais mata exatamente porque é liberado.
Há os que evocam a legalização da maconha como instrumento para acabar com o tráfico de drogas. Inocentes úteis ou oportunistas! Do ponto de vista do mercado, com a alta carga tributária, os elevados custos trabalhistas e a péssima infraestrutura que assolam hoje toda a cadeia produtiva do Brasil, o preço final da maconha seria muito maior que o praticado atualmente, o que aumentaria a procura pela mercadoria mais barata no mercado paralelo. Além do mais, quem falou que traficante só vende maconha? Eles agradecem pela valorização da “carreira”!
Os benefícios de determinada substância extraída da Cannabis não se confundem com o uso terapêutico da maconha fumada. Tentar ludibriar a opinião pública com essa falácia é má-fé e atende a interesses menores, e não aos de pessoas doentes, que só conseguem melhorar seus quadros clínicos com o uso dessa substância. E, obviamente, ela não é administrada mediante o fumo.
Se a pessoa acredita que não sofre nenhuma sequela pelo uso da maconha, é porque nunca refletiu sobre como estaria muito melhor se não o fizesse. Quem diz não sou eu, é a medicina.
Flávio Bolsonaro é deputado estadual (PP-RJ)
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