Benedita da Silva: interlocutora entre governo do PT e população evangélica?
Julio Severo
De acordo com
a coluna Radar, do jornalista Lauro Jardim, da revista Veja, no que depender de Silas Malafaia, Benedita da Silva será a
nova interlocutora entre o governo do PT e a população evangélica
Benedita da Silva |
Por acaso, Gilberto
Carvalho já não tem interlocutores evangélicos suficientes?
Que tipo de
interlocução Benedita faria, já que sua especialidade é bajular cúmplices do
PT? Exatamente um ano atrás, ao referir-se a José Dirceu, Delúbio Soares e José
Genoino, Benedita tratou
os três como “heróis” e “guerreiros,” injustiçados e vítimas da direita e da grande
imprensa.
Talvez o
maior papel de Benedita na interlocução entre PT e evangélicos seja sua alegada
participação no infame Dossiê Cayman. Segundo algumas informações, na década de 1990
ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informaram ao ex-reverendo Caio
Fábio D’Araújo Filho, que na época era o maior líder da Igreja Presbiteriana do
Brasil e era tratado como um papa no mundo evangélico, acerca do dossiê,
incentivando-o tentar negociar uma cópia do documento forjado para tentar
vencer as eleições de 1998, prejudicando o PSDB, e principalmente seu candidato
à presidência, Fernando Henrique Cardoso.
O esquema não
deu certo, nem para o PT, nem para Benedita e nem para o ex-pastor
presbiteriano.
Esse talvez
tivesse sido o maior trabalho de interlocução entre Benedita e o homem que era
o maior líder evangélico da época. Mas o que ambos fizeram nada tinha a ver com
uma demonstração de verdadeiro caráter evangélico.
Muito antes
desse escândalo, tive oportunidade de conhecer a falta de testemunho evangélico
de Benedita.
Em 1992, numa
comissão da Câmara dos Deputados sobre aborto, acompanhei o então presidente da
CNBB. Ele foi tratado de forma muito desrespeitosa. Ele estava defendendo a
vida e os outros, inclusive a comunista Jandira Feghali, defendiam o aborto aos
gritos, palavrões e vulgaridades.
A então deputada
evangélica Benedita da Silva estava lá, do lado dos abortistas. E eu, um
evangélico, estava com o presidente da CNBB e um líder pró-vida católico. Estávamos
em total minoria. Depois da reunião, cobrei da Benedita. Eu disse a ela
pessoalmente: “Como você tem coragem de se aliar a indivíduos sem o Espírito
Santo que apoiam o aborto?”
Ela me respondeu:
“Não diga uma coisa dessas. Todos têm o Espírito Santo.”
O presidente da
CNBB que eu estava acompanhando era esquerdista, mas pelo menos não estava
defendendo o aborto. Benedita já era esquerdista, porém estava bem abaixo do
líder católico.
Antes de ela
se tornar membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, ela era membro da
Assembleia de Deus presidida pelo Bispo Manoel Ferreira. Com meu incentivo, um
amigo católico de Brasília na época entregou documentação ao bispo assembleiano
sobre as alianças abortistas de Benedita, que rapidamente se mudou para a IPB.
Que tipo de
interlocução agora Sóstenes Cavalcante ou Silas Malafaia quer que Benedita
faça? Não há ninguém melhor no mundo evangélico para fazer esse trabalho?
O tipo de
interlocução necessário é de alguém que traga até Dilma e seu governo líderes
evangélicos que possam ser canais de transformação espiritual. Militantes
como Benedita nem de longe estão à altura dessa responsabilidade.
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:
link:
http://juliosevero.blogspot.com.br/2014/11/benedita-da-silva-interlocutora-entre.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+JulioSevero+%28Julio+Severo%29
Nenhum comentário:
Postar um comentário