sábado, 13 de junho de 2015

Turquia convoca de volta seu embaixador no Brasil depois que Senado brasileiro aprovou lei reconhecendo o genocídio turco contra os armênios

Julio Severo
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia disse na segunda-feira que convocou de volta seu embaixador no Brasil para consultas, depois que o Senado do Brasil aprovou uma lei que reconhece como genocídio o massacre de cristãos armênios 100 anos atrás, embora a declaração brasileira se abstivesse totalmente de condenar a Turquia em termos fortes, limitando-se a termos como “solidariedade” aos armênios. Mesmo assim, o governo turco não gostou.
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan
O governo da Turquia também intimou o embaixador do Brasil na Turquia a prestar esclarecimentos sobre o assunto.
Centenas de milhares de cristãos armênios foram massacrados por turcos muçulmanos 100 anos atrás, mas o governo turco rejeita qualquer declaração ou lei de outros países que ouse classificar essa mortandade como genocídio.
“Vemos a decisão do Senado brasileiro que distorce a realidade como irresponsável e a condenamos,” disse o Ministério das Relações Exteriores da Turquia.
O Senado aprovou voto de solidariedade ao povo armênio. “Ao aprovar requerimento dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e José Serra (PSDB-SP), o Senado presta homenagem às vítimas e reconhece a contribuição para a formação econômica, social e cultural do Brasil de milhares de brasileiros descendentes de refugiados,” informou a Agência Senado.
No mês de abril, a Armênia relembrou os 100 anos de genocídio contra sua população cristã. Por conta da cara feia do governo turco, a vasta maioria dos países não quis enviar um representante para a cerimônia de recordação. Os dois únicos líderes internacionais que compareceram e prestaram homenagem às vítimas cristãs foram Vladimir Putin, presidente da Rússia e François Hollande, presidente da França.
Na ocasião, o presidente da Armênia, Serge Sargsian disse: “A negação do genocídio contém elementos de uma nova onda de ódio nacional e está acompanhado em muitas ocasiões de intolerância e justificativa dos genocídios cometidos”, afirmou Sargsian.
Sargsian afirmou que os armênios têm a obrigação moral, mas também o direito de lembrar da morte de 1,5 milhão de pessoas, o sofrimento de outras centenas de milhares nas deportações e o extermínio do legado material e espiritual acumulado durante milênios.
Os muçulmanos parecem gozar de regalias e imunidades que nenhum outro país goza. Se o Brasil ou outro pais reconhecesse oficialmente em lei o Holocausto nazista contra os judeus e a Alemanha convocasse de volta seu embaixador, tal atitude da Alemanha seria condenada por muitos.
Mas quando é a Turquia que faz cara feia por não gostar de ser lembrada de seus crimes do passado, todos respeitam e silenciam diante das respostas islâmicas turcas. É como se todo o sangue cristão derramado por mãos turcas nada significasse. Até mesmo o Papa Francisco, em visita à Turquia, disse que “é errado igualar islamismo com violência.” Pelo visto, seria mais errado ainda usar a Turquia como exemplo da violência islâmica.
A Turquia não só nunca se arrependeu de seu islamismo violento, mas também tem investido em esforços para expandi-lo na América Latina, e também nos EUA.
Neste ano, Turquia e EUA assinaram acordo para treinar os rebeldes sírios que estão estuprando, torturando e matando uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo na Síria. É um dos genocídios anticristãos mais vergonhosos da atualidade, com a chancela do governo dos EUA.
Com informações da Reuters.
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