segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sem ligações com partidos ou movimentos, comunidade brasileira se manifesta na Irlanda

GABRIELA LOBIANCO
EM DUBLIN
A manifestação "Brazilian Awakening Dublin" ( algo como O despertar Brasileiro em Dublin) reuniu centenas de Brasileiros ao redor do monumento Spire, na capital Irlandesa, na tarde deste domingo (16).
O evento foi organizado por brasileiros que moram em Dublin para apoiar as manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus que aconteceram essa semana no Brasil.
Vinícius Kienen, um dos responsáveis do protesto, informou que a iniciativa começou logo após a manifestação de São Paulo no último dia 13. "Coloquei um recado na comunidade do Facebook "Classificados em Dublin" para fazermos algo que pudesse reforçar o movimento no Brasil", conta.
Ele disse que a receptividade e aderência à ideia foi grande, tanto que em menos de dois dias o ato foi marcado.
"Nós contatamos a Guardaì (Polícia Irlandesa) que nos deram autorização para o protesto. A única exigência foi que não fizéssemos passeata pela cidade ou bloqueássemos a rua".
Além disso, o estudante curitibano que mora há um ano na cidade disse que o "Brazilian Awakening Dublin" não está associado a nenhum partido ou ao Movimento Passe Livre. "A gente quer mostrar que só não saímos para as ruas no Brasil porque moramos no exterior".
Palavras de ordem, gritos de guerra, batuques e músicas de protestos eram entoados pela multidão que dominou parte da O´Connell Street, rua do centro de Dublin. As pessoas vestiam verde e amarelo, carregavam bandeiras e cartazes com mensagens em inglês e em português.
Em vários momentos todos os manifestantes sentaram-se no chão e levantavam seus cartazes, já que não puderam fazer uma passeata até a Embaixada Brasileira no país, proposta inicial do ato. "Estou participando porque acredito que só assim as coisas podem mudar", disse Lucélia Martins, 30 anos, que mora em Dublin há pouco mais de 2 meses.
Para o policial Joseph O´Sullivan, que patrulhava a região do protesto, a expectativa era de que ao menos 1.500 brasileiros participaram do ato pacífico que teve mais ou menos três horas de duração. "Não há necessidade de usar violência, as pessoas têm o direito de protestarem", disse.
Estudantes, trabalhadores e famílias destoaram da paisagem cinzenta da cidade Irlandesa para protestar. Anna Soares veio de Cork, cidade do sul da Irlanda, especialmente para participar do protesto: "Se eu pudesse iria para o Brasil", disse, resumindo o que muitos brasileiros expatriados gostariam de fazer.
Manifestações e passeatas de apoio também aconteceram em outras cidades da Europa como: Berlim, Lisboa, Paris e Londres.
Se você for participar ou se sentir prejudicado pela manifestação, envie seu relato ou imagens para a Redação. Elas poderão ser publicadas pela Folha.
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