Ex-prefeitos são presos por fraudes em licitação
José Maria Tomazela | Agência Estado
Foram presos ainda funcionários públicos e executivos de empresas. Todos são acusados de corrupção ativa ou passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica, tráfico de influência, peculato e lavagem de dinheiro. Durante os 11 meses de investigação, a Polícia Civil interceptou conversas telefônicas e quebrou o sigilo fiscal e bancário dos suspeitos com autorização judicial. De acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, havia um vínculo entre eles nas fraudes, o que caracterizaria a formação de quadrilha. "Essas pessoas forjavam contratos de empresas fictícias para contratar com as prefeituras. Várias licitações foram fraudadas", disse. No total foram cumpridos nove mandados de prisão e treze de busca e apreensão nas Câmaras de Mairinque, Guarulhos e Osasco. Computadores e documentos foram apreendidos. Os detidos foram levados para a Cadeia Pública de São Roque. A prisão é temporária, por cinco dias. De acordo com o delegado, as prisões são o desdobramento de uma ação realizada em outubro do ano passado pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual, durante a qual foram apreendidos documentos e computadores na prefeitura de Mairinque. O material passou por perícia, resultando na confirmação das fraudes. Na época, Veneri era prefeito e alegou desconhecer qualquer esquema de fraude. Sua assessoria informou que um advogado entraria ainda nesta terça-feira com pedido de revogação da prisão. O advogado do ex-prefeito de Araçariguama, Luiz Manna Moraes, disse a prisão de seu cliente foi baseada em conversa de outros acusados, não havendo razão para que seja mantido na cadeia. "Não há nada de concreto contra ele." Moraes deve pedir nesta quarta-feira a revogação da prisão provisória. A Câmara de Mairinque informou que a detenção do vereador tem relação com o cargo de diretor de finanças que ele exerceu na prefeitura na gestão passada.
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