Economia argentina cresce 7%, mas economistas duvidam
O crescimento da economia argentina disparou durante abril, segundo o questionado Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC). Foi o maior aumento desde outubro de 2011 e surpreendeu os economistas.
São dados do Estimador Mensal de Atividade Econômica (EMAE), do INDEC, no qual a produção de bens e de serviços subiu 7% durante abril na comparacao com mesmo mês do ano passado – muito acima dos registros de fevereiro e de março que ficaram em 2,8%.
O resultado de abril foi possível a partir dos seguintes cálculos do INDEC: 1,4% de aumento da indústria, 11,4% do setor da construção, alta de 48% nas importações de bens de capital e incremento de 11,8% nas vendas nos shoppings.
“A economia está crescendo a um ritmo maior e quanto a isso não temos a menor dúvida", disse o economista Rodrigo Alvarez, da consultoria Analytica.
Mas ele ressaltou que existem incertezas sobre o índice do INDEC.
“A maior dúvida é em relação à evolução do consumo”, afirmou Alvarez, segundo matéria assinada por Tomas Canosa, no jornal Clarín.
Na opinião de diferentes economistas, a expansão de abril teria ficado entre 3,5% e 3,6%.
A partir destes dados do INDEC, o Produto Interno Bruto (PIB) terminaria o ano com aumento acima de 3,22% que era esperado pelos economistas argentinos.
Ainda de acordo com o INDEC, o crescimento no primeiro quadrimestre deste ano foi de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado e de 1,9% acumulado nos últimos doze meses.
“O problema é que se o governo continuar maquiando os dados econômicos, como o crescimento da economia, deverá pagar mais àqueles que compraram títulos da dívida argentina, com o valor atrelado ao comportamento do PIB”, escreveu Gustavo Bazzan, na análise sobre o dado, publicado nesta sexta-feira, 28 de junho, no Clarín.
E continuou: “Em síntese, inflar o índice de crescimento de olho nas eleições e desinflar o dado após a contagem de votos. Assim trabalham com as estatísticas oficiais do país”.
Estima-se que o INDEC esteja maquiando os dados da inflação, entre outros indicadores econômicos, pelo menos desde 2007 – quatro anos após o inicio do Kirchnerismo, que começou em 2003 com a eleição de Nestor Kirchner, morto em 2010. Segundo economistas e opositores, a maquiagem seguiu na gestão da esposa, viúva e sucessora de Kirchner, a presidente Cristina Kirchner.
link:
http://www.clarin.com/br/Economia-argentina-cresce-economistas-duvidam_0_946105674.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário