sexta-feira, 22 de junho de 2012

Julian Assange no Equador?

Assange, do WikiLeaks, diz que está pronto para viver no Equador






Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, aguarda decisão do Equador

CANBERRA, 22 Jun (Reuters) - O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta sexta-feira que está pronto para viver no Equador e que o país tem dado apoio a seu pedido de asilo político.

Assange está abrigado na embaixada do Equador em Londres, onde fez um pedido de asilo numa tentativa de evitar a extradição para a Suécia. A Justiça sueca busca Assange para julgá-lo por acusações de abuso sexual, e ele pode ser preso pela polícia britânica se deixar a embaixada.
Em uma entrevista por telefone à TV ABC da Austrália, Assange disse que estava preocupado em ser enviado aos Estados Unidos, onde poderia sofrer acusações relacionadas ao site WikiLeaks, que publicou documentos diplomáticos secretos norte-americanos em 2010.

O povo equatoriano tem dado bastante apoio. Eu ouvi o embaixador equatoriano na Austrália fazendo comentários de apoio", disse o ex-hacker australiano.
"Esperamos que o pedido de asilo seja visto de forma favorável. Agora é uma questão de reunir provas suficientes do que está acontecendo nos EUA e enviá-las com o pedido formal", acrescentou.
Assange disse não ter qualquer indicação de quando o Equador vai decidir sobre o asilo, e acrescentou que sua decisão foi motivada para chamar a atenção para o que os EUA têm feito para processá-lo em consequência dos vazamentos de 2010.
O presidente do Equador Rafael Correa, de esquerda, reiterou na quinta-feira que seu governo planeja fazer uma análise cuidadosa do pedido de Assange antes de tomar uma decisão.
"Não podemos permitir que uma pessoa que pediu asilo tenha que enfrentar a pena de morte, especialmente por crimes políticos", disse Correa a repórteres.
"Não podemos aceitar que haja uma condenação política contra as ideias expressadas por Assange", acrescentou Assange, que listou motivos pelos quais o Equador poderia dar o asilo.
Na Suécia, os promotores locais querem interrogar Assange sobre acusações de estupro e assédio sexual feitas por duas mulheres, ex-voluntárias do WikiLeaks, em 2010. Assange afirma que fez sexo consensual com elas.
(Reportagem de James Grubel, reportagem adicional de José Llangari e Eduardo Garcia em Quito)

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