Monitorização de Pacientes – O desgosto de ser Médico no Brasil
Por Milton Pires
Chegou a época da Big Sister salvar o Brasil, não só trazendo médicos cubanos, mas também vigiando os brasileiros – cereja que faltava no bolo de desgosto que é fazer medicina no Brasil petista.
Milton Pires é Médico.
Para todo mundo que é medico, monitorizar pacientes significa conectá-los a equipamentos eletrônicos capazes de fornecer, em tempo real, os seus sinais vitais. Pressão, frequência cardíaca, respiratória, e temperatura nos são apresentados de uma maneira contínua com o objetivo de saber como estão evoluindo os doentes. Há quem diga que, dentro de uma unidade de terapia intensiva, a quantidade de oxigênio carregada pelo sangue é o chamado “quinto sinal vital”.
Fiz essa introdução para dizer que a medicina do Brasil petista acaba de inventar um sexto parâmetro a ser levado em conta – a monitorização política dos doentes. Li, estarrecido, que a presidente Dilma Rousseff tem em seu computador a possibilidade de ver, em tempo real, como estão sendo atendidos os doentes nos serviços de emergência em doze grandes hospitais brasileiros. Nem mesmo George Orwell, em “1984”, foi capaz de imaginar algo assim!
Não vou aqui gastar a paciência do leitor escrevendo sobre a privacidade das pessoas, a sensação de insegurança provocada nos profissionais ou o custo desse tipo de coisa. Um governo que vigia médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem e, por último mas em primeiro lugar – pessoas doentes, não merece que eu escreva sobre isso. O que precisa ficar claro, e esse é o objetivo do artigo, é a gravidade de uma medida assim quando colocada no contexto dos demais atos do Partido-Religião.
Em 10 anos de governo, o PT desarmou toda população brasileira que, sem ter como se defender ficou a mercê do crime organizado, propôs formalmente o controle do judiciário pelo congresso nacional em represália a Ação Penal 470 e vem, sistematicamente, destruindo os valores da família brasileira com campanhas abertas em favor do aborto, do casamento gay e da facilitação total do divórcio. Afirmo, mais uma vez, que se aproxima o momento da liberação geral das drogas por parte do PT.
Quem controlar a massa de viciados há de ter controle total do país.A atual campanha contra a internação involuntária, feita com a ajuda de pseudomédicos (na verdade militantes do partido) serve para acelerar esse processo. Mantendo estas pessoas nas ruas o governo esconde a falta geral de leitos hospitalares para qualquer tipo de internação, mantém um mercado consumidor permanente para seus aliados no narcotráfico, e cria mais uma polêmica capaz de distrair a sociedade dos seus verdadeiros problemas.
Gostaria de propor à presidente da república que instalasse dentro de seus ministérios câmeras para que os doentes que estão nos serviços de emergência pudessem assistir o que fazem seus ministros, ideia sugerida por um colega de profissão, e que não deixa de ser genial.
Vigiando aquilo que não deve e fechando o olho para o que é gravíssimo, Dilma apresenta-se agora como a nossa grande líder capaz de controlar como o “povo” está sendo atendido por aqueles que não tem mais o direito de serem incluídos nessa classificação – profissionais de saúde que, de tão desonestos e perigosos, precisam ser vigiados constantemente como os piores bandidos!
Chegou a época da Big Sister salvar o Brasil, não só trazendo médicos cubanos, mas também vigiando os brasileiros – cereja que faltava no bolo de desgosto que é fazer medicina no Brasil petista.
Milton Pires é Médico.
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