Ficou triste com nós, sim os brasileiros!
Não seria frescura de uma garoto mimado?
CNN fala que Mark Zuckerberg esta muito triste com comportamento de visitante do Facebook brasileiro.
A Ideia de poder permitir a publicação de imagem com animados em Gifs (animação Gifs) no Brasil é o q esta causando a tristeza do Mark Zuckerberg, e isso só p-o-r causa do comportamento do brasileiro.
O canal de notícias CNN disse: Mark Zuckerberg tá triste, triste com o comportamento do brasileiro na rede social Facebook. “Os brasileiros fazem o Facebook crescer, e estragam tudo ao mesmo tempo”, disse ele.
Os engenheiros do Facebook (também estão triste) estavam pensando em permitir a inserção de imagens no formato gifs animados (imagens com movimento), mas Mark Zuckerberg impediu a ideia por causa do Brasil. Segundo Mark Zuckerberg, se o Facebook abrir espaço aos Gifs, o compartilhamento entre os usuários brasileiro ficará igual ao Orkut, cheio de letrinhas coloridas, se mexendo, com mensagens de carinho e amor.
Sobre a possibilidade de fechar o Facebook para o brasileiro, Mark Zuckerberg descarta. “Não irei censurar o brasileiro de usar a rede, mas criarei um manual de comportamento”.
O Facebook está se transformando em um Orkut, no Brasil, Mark Zuckerberg triste disse q não existe diferença entre as redes sociais, a diferença é quem usa. “Qualquer serviço na Internet q tenha usuários com o comportamento do brasileiro, em grandes proporções, vira um problema”, disse.
Eu acabei de me por no lugar do Mark Zuckerberg, e até eu ficaria triste ao ver minha rede social criada com tanto trabalho ser povoada por um povo tão sem noção com o comportamento do brasileiro.
Blog de cunho político,aqui a política será desmascarada! Não gostou da idéia? Então foda-se!
quarta-feira, 28 de março de 2012
Briga de ego!
Bispo Macedo teme Valdemiro, diz ex-pastor da Universal
Ricardo Feltrin, colunista do UOL
Em entrevista exclusiva, o ex-pastor da Igreja Universal e ex-apresentador da Record Ronaldo Didini Luiz, afirma que o ataque perpretado por TV Record e Igreja Universal contra Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial, foi motivado pelo medo de Edir Macedo de perder mais fieis e território. A expansão midiática da Mundial também assusta o líder da Universal e dono da Record, diz ele.- No último dia 18, o "Domingo Espetacular" trouxe longa reportagem na qual afirmou que Santiago comprou fazendas e outros imóveis com dinheiro da igreja. Valdemiro rebate e diz que as propriedades pertencem à igreja. O Ministério Público estadual anunciou investigação.
“O crescimento da Igreja Mundial estremeceu as bases da Universal”, afirma Didini, fundador do ministério Caminhar, ex-apresentador do "25ª Hora", da Record, e hoje assessor para assuntos de mídia da Igreja Mundial. Ele não se manifesta a respeito das denúncias, mas afirma que o que detonou o ataque foi o anúncio de Santiago, de que pretende ter 4.000 templos até o ano que vem --o dobro da Universal.
Hoje a Mundial diz ter entre 2.500 e 3.000 templos. A expansão midiática da igreja também é outro ponto que incomoda muito a Record, afirma Didini.
Procurada, a Record rebateu e afirmou que seu “Departamento de Jornalismo apenas apresentou informações comprovadas por documentos públicos sobre movimentações suspeitas do sr. Valdemiro Santiago”.
A assessoria da Igreja Universal não respondeu ao pedido para se manifestar sobre as declarações de seu ex-pastor. Ninguém respondeu até a publicação desta coluna.
“O fato é que a Mundial tem as mesmas características de evangelho de massa, proclama-o na linguagem do povo e tem presença maciça nos meios de comunicação de massa”, afirma o pastor Didini. "É tudo o que o bispo Macedo não quer."
“Todo este ciclo é irreversível e traz desespero à liderança da Igreja Universal, já isolada e considerada, no próprio meio cristão, como uma seita”, afirma o evangélico.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Para pensar ...........
Por quê?
Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.
Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade
Você já foi convidado para festa do golpe de 64?
Insubordinados, militares farão festa pelo golpe de 64
Foto: Divulgação
A presidente Dilma Rousseff proibiu comemorações no dia 31 de março, mas os militares anteciparam a festa para o dia 29 e distribuíram convite que exige traje esporte fino; é mais uma crise que a presidente tem para administrar
18 de Março de 2012 às 12:53
247 – Se não bastasse a rebelião da base aliada no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff agora tem mais um abacaxi para descascar. Desta vez, entre os militares, que já vinham dando sinais de insubordinação assinando um manifesto contra a Comissão da Verdade. Desta vez, o que os militares preparam já pode ser considerado provocação. Dilma havia proibido comemorações, entre os representas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em relação ao aniversário do golpe de 31 de março de 1964, que os militares chamam de “Revolução”. Pois o Clube Militar antecipou a festa para o dia 29, daqui a 12 dias, e começou a distribuir os convites para a comemoração, que exige traje esporte fino.A informação foi publicada neste sábado na coluna Panorama Político, assinada pelo jornalista Ilimar Franco, no jornal O Globo. Desde a demissão de Nelson Jobim, que praticamente pediu para sair, com comentários agressivos em relação a Dilma e algumas de suas ministras, o governo vem administrando focos de crise entre os militares, que ainda não engoliram completamente a escolha de Celso Amorim. Formado nos quadros mais à esquerda do Itamaraty, Amorim imaginava que conquistaria a confiança dos militares, renovando a compra de equipamentos – por isso mesmo, anunciou a retomada da compra dos caças Rafale, da França.
No entanto, não conseguiu conter a insatisfação dos militares da reserva, que prepararam um manifesto contra a Comissão da Verdade e recolheram mais de 500 assinaturas. Os militares também demonstram preocupação com a tentativa de alguns promotores de rever a Lei de Anistia. Nesta semana, houve a tentativa, frustrada, de reabrir o julgamento de Sebastião Curió, que foi responsável pelo massacre dos guerrilheiros do Araguaia.
Agora, uma festa no Clube Militar, em comemoração aos 48 anos do golpe militar que foi combatido pela jovem guerrilheira Dilma Rousseff, hoje presidente da República, tem potencial explosivo.
Gostou? Você vai?
Então vá de traje fino!
Militares unidos contra a Dilma?
Militares da reserva fazem manifesto contra Dilma
Brasília - Subiu de 98 para 647 o total de assinaturas do manifesto de militares da reserva com críticas à presidente Dilma Rousseff sobre uma suposta mudança de postura política do governo federal em relação ao período da ditadura militar (1964-1964). O caso provocou um desconforto entre o Palácio do Planalto e o comando das Forças Armadas nas últimas semanas.
Os números do manifesto são do site “A Verdade Sufocada”. A publicação afirma que assinam o documento 61 generais, um desembargador, 258 coronéis, 55 tenentes-coronéis, 11 majores, 17 capitães, 20 tenentes, 15 subtenentes, 15 sargentos, dois cabos e um soldado. Mais 191 civis também apoiam a iniciativa, segundo o site.
No manifesto, Dilma é criticada por permitir que ministros do governo façam declarações contra militares. “Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros”, diz o texto na sua abertura.
Responsável por divulgar o manifesto, o site “Verdade Sufocada” é mantido por Maria Joseita Ustra, mulher de Carlos Alberto Brilhante Ustra. Ex-chefe do DOI-Codi (órgão de repressão do Exército), ele é acusado na Justiça por ter praticado tortura em presos políticos durante a ditadura militar. Ustra nega.
Sob o título “Alerta à Nação - eles que venham, por aqui não passarão”, o manifesto foi publicado incialmente no site do Clube Militar no dia 16 de fevereiro. O objetivo era cobrar de Dilma uma postura contrária a declarações das ministras Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Secretaria Especial de Políticas das Mulheres) sobre a ditadura.
Maria do Rosário defendeu que familiares de perseguidos políticos ingressassem com ações na Justiça contra militares. Já Eleonora Menicucci lembrou seu passado de luta armada na cerimônia em que foi empossada ministra. Para os militares da reserva, Dilma deveria censurar publicamente o posicionamento das auxiliares.
“Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos”, afirma o texto.
Dilma não gostou das críticas, segundo palacianos. O ministro da Defesa, Celso Amorim, pressionou o comando das Forças Armadas a fim de que o texto fosse retirado do site. Por meio de nota, o presidente do Clube Militar, general Renato Cesar Tibau da Costa, admitiu ter conversado com o comandante do Exército, mas negou ter sido pressionado.
“Houve uma conversa sobre o assunto, sem pressões, como acontece entre camaradas unidos pelo mesmo ideal”, afirma Tibau da Costa na nota. “A retirada do documento da página do Clube não significou recuo nem que se desistiu de lutar, mantendo as tradições de 125 anos da “Casa da República”, que jamais serão maculadas”, completa.
Depois que o texto foi retirado do site do Clube Militar, o movimento ganhou mais adesões e passou a desafiar o ministro Celso Amorim.
“Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo”, diz o texto.
Os números do manifesto são do site “A Verdade Sufocada”. A publicação afirma que assinam o documento 61 generais, um desembargador, 258 coronéis, 55 tenentes-coronéis, 11 majores, 17 capitães, 20 tenentes, 15 subtenentes, 15 sargentos, dois cabos e um soldado. Mais 191 civis também apoiam a iniciativa, segundo o site.
Ministro da Defesa reunido com os chefes das Forças Armadas | Foto: Divulgação
Responsável por divulgar o manifesto, o site “Verdade Sufocada” é mantido por Maria Joseita Ustra, mulher de Carlos Alberto Brilhante Ustra. Ex-chefe do DOI-Codi (órgão de repressão do Exército), ele é acusado na Justiça por ter praticado tortura em presos políticos durante a ditadura militar. Ustra nega.
Sob o título “Alerta à Nação - eles que venham, por aqui não passarão”, o manifesto foi publicado incialmente no site do Clube Militar no dia 16 de fevereiro. O objetivo era cobrar de Dilma uma postura contrária a declarações das ministras Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Secretaria Especial de Políticas das Mulheres) sobre a ditadura.
Maria do Rosário defendeu que familiares de perseguidos políticos ingressassem com ações na Justiça contra militares. Já Eleonora Menicucci lembrou seu passado de luta armada na cerimônia em que foi empossada ministra. Para os militares da reserva, Dilma deveria censurar publicamente o posicionamento das auxiliares.
“Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos”, afirma o texto.
Dilma não gostou das críticas, segundo palacianos. O ministro da Defesa, Celso Amorim, pressionou o comando das Forças Armadas a fim de que o texto fosse retirado do site. Por meio de nota, o presidente do Clube Militar, general Renato Cesar Tibau da Costa, admitiu ter conversado com o comandante do Exército, mas negou ter sido pressionado.
“Houve uma conversa sobre o assunto, sem pressões, como acontece entre camaradas unidos pelo mesmo ideal”, afirma Tibau da Costa na nota. “A retirada do documento da página do Clube não significou recuo nem que se desistiu de lutar, mantendo as tradições de 125 anos da “Casa da República”, que jamais serão maculadas”, completa.
Depois que o texto foi retirado do site do Clube Militar, o movimento ganhou mais adesões e passou a desafiar o ministro Celso Amorim.
“Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo”, diz o texto.
As informações são do IG
Opinião de ministras revolta militares contra Dilma
Clubes das três Forças Armadas, que representam militares fora da ativa, divulgaram nota conjunta criticando a presidente Dilma Rousseff por ela não ter demonstrado “desacordo” em relação a declarações de ministras e do PT sobre a ditadura (1964-1985).
Segundo o texto, do dia 16, “ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas” no início de seu governo, quando Dilma disse que não haveria “discriminação, privilégios e compadrio” em sua gestão.
Segundo informou “O Estado de S. Paulo”, a nota cita três declarações. A da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) ao “Correio Braziliense”, segunda a qual a Comissão da Verdade pode levar a responsabilizações criminais de agentes públicos, a despeito da Lei da Anistia.
A ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci, também foi criticada por que “teceu críticas exacerbadas aos governos militares e, se autoelogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia”.
“Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a srª Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura [comunista], nunca tendo pretendido a democracia”, diz a nota sobre a antiga companheira de prisão de Dilma durante o regime.
Ainda, o texto se volta contra resolução divulgada no aniversário do PT, que diz que o partido “estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar”. Os clubes dizem que a “a assertiva é uma falácia”, pois na época da criação da sigla a abertura política já havia ocorrido.
Segundo o texto, do dia 16, “ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas” no início de seu governo, quando Dilma disse que não haveria “discriminação, privilégios e compadrio” em sua gestão.
Segundo informou “O Estado de S. Paulo”, a nota cita três declarações. A da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) ao “Correio Braziliense”, segunda a qual a Comissão da Verdade pode levar a responsabilizações criminais de agentes públicos, a despeito da Lei da Anistia.
A ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci, também foi criticada por que “teceu críticas exacerbadas aos governos militares e, se autoelogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia”.
“Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a srª Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura [comunista], nunca tendo pretendido a democracia”, diz a nota sobre a antiga companheira de prisão de Dilma durante o regime.
Ainda, o texto se volta contra resolução divulgada no aniversário do PT, que diz que o partido “estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar”. Os clubes dizem que a “a assertiva é uma falácia”, pois na época da criação da sigla a abertura política já havia ocorrido.
Militares atacam os ‘saudosos da ditadura’
Uma nota assinada pelos presidentes dos clubes Naval, da Aeronáutica e Militar criticando declarações de ministras do governo Dilma Rousseff, em fevereiro, expôs o racha vivido pelas Forças Armadas no Brasil. Um novo manifesto, desta vez escrito pelos capitães de Mar e Guerra Fernando Santa Rosa e Carlos de Souza, afirma que o primeiro texto foi redigido por fascistas, “os saudosos da ditadura”.
“Esse novo manifesto mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes discordantes”, diz o texto.
O documento foi apoiado pelo brigadeiro Rui Moreira Lima, um dos dois únicos pilotos sobreviventes que participaram do 1.º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
Lima afirma apoiar a Comissão da Verdade, para esclarecer o que realmente ocorreu durante a ditadura.
Em fevereiro, um documento apoiado por mais de duzentos militares criticava o fato de a presidenta Dilma Rousseff não ter desautorizado as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos), em suas declarações sobre a Comissão da Verdade, e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para Mulheres), que comentou sobre o tempo em que lutou contra o regime ditatorial. Em resposta, Dilma advertiu que os autores seriam punidos.
O novo manifesto critica a intervenção do governo, pois acredita na liberdade de expressão dos militares. Recrimina, ao mesmo tempo, os torturadores que não responderam a nenhum processo, continuaram suas carreiras e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente. Ao contrário, as vítimas do período foram obrigadas a esse tipo de procedimento para continuar suas vidas, argumentam os capitães. Por fim, o texto questiona a localização dos corpos de desaparecidos na ditadura.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Deus existe? Então prova!
Teoria da inexistência de deus
Deus um conceito imaginário e simbólico. Uso o termo simbólico para conceituar o termo deus baseado no texto Sobre o imaginário que expõe a definição de Lacan em que o simbólico seria coletivo e cultural, e o imaginário seria individual e ilusório. Temos assim a hipótese do conceito de deus como um ser imaginário e simbólico em oposição ao conceito de deus como um ser real.
O ateísmo científico é embasado nas ciencias naturais principalmente na astronomia que não encontrou evidência alguma da existência de uma divindade. O conceito de deus como um ser real tem como principal caracteristíca a criação do universo, com base na lógica de que tudo tem que ser criado, mas deus não, e se deus não faz parte do tudo, logo não existe. A partir dessa variação ocorre os diversos argumentos a favor da existência de deus que falham por partir da premissa da existência e a tomam como conclusão.
O embasamento antropológico que complementa essa hipótese é o método genético-crítico de Feuerbach: A diferença fundamental entre o homem e o animal consiste no fato de que o animal está regulado instintivamente, enquanto o homem tem consciência e pode assim refletir sobre si próprio. Mas a consciência ultrapassa as fronteiras do eu e tende também a compreender o mundo, dirigindo-se assim para o infinito. Aqui se funda a religião, contudo, o problema consiste no fato do homem separar o infinito de si próprio. Visto assim, a religião nasce num processo de projeção. Uma experiência humana é considerada como existindo fora do homem. Ao contrário da criação bíblica, é o homem que cria Deus a partir da sua própria imagem: “Homo homini Deus est”. Acrescenta ainda que entre o humano e o divino não há uma oposição de fato, real, mas sim ilusória. A contradição fundamental está no homem, porque não há uma essência religiosa. A religião é uma abstração das limitações da vida humana, corporal. Não há qualidades em si na vida divina.
O critério de demarcação da ciência proposto por Popper é a testabilidade, refutabilidade ou falsificabilidade para as teorias científicas. “Um enunciado ou teoria é falsificável, segundo o meu critério, se e só se existir, pelo menos um falsificador potencial”, ou seja, se existir pelo menos um enunciado que descreva um fato logicamente possível que entre em conflito com a teoria. E o enunciado que potencialmente falsifica a hipótese de deus como um conceito imaginário e simbólico é a hipótese de deus como um ser real.
Deus não existe ......
Deus não existe
A afirmativa de que deus não existe é bem embasada por muitos filósofos que questionaram o que seja deus e viram a imperfeição e incoerencia deste conceito. Não há nenhum motivo para supor a existência de deus que não tenha sido refutada. E não estou falando da opinião de pessoas quaisquers e sim grandes pensadores ao longo da história.
E a ciência ajuda a desmistificar deus por exemplo ao eliminar duas de suas principais características que são o surgimento da espécie humana, que a teoria da evolução esclarece brilhantemente, e o surgimento do universo em que o conceito de deus como criador do universo é inexistente.
Dentre os filósofos que mais admiro pela qualidade de seus textos acerca do ateísmo um deles é Sartre, em que sua obra O Ser e o Nada demonstra a existência como sendo validada por si própria e fala da ma-fé que a crença em deus e na religião trazem ao anular a responsabilidade do homem. Outro filósofo é Feuerbach, que era teólogo e se aprofundou na antropologia e explicou como o homem faz a projeção do que há de melhor em si neste ser imaginário que é deus. E afirma que o amadurecimento do homem se dá com a perca da infantilidade de fazer essa projeção.
E a ciência ajuda a desmistificar deus por exemplo ao eliminar duas de suas principais características que são o surgimento da espécie humana, que a teoria da evolução esclarece brilhantemente, e o surgimento do universo em que o conceito de deus como criador do universo é inexistente.
Dentre os filósofos que mais admiro pela qualidade de seus textos acerca do ateísmo um deles é Sartre, em que sua obra O Ser e o Nada demonstra a existência como sendo validada por si própria e fala da ma-fé que a crença em deus e na religião trazem ao anular a responsabilidade do homem. Outro filósofo é Feuerbach, que era teólogo e se aprofundou na antropologia e explicou como o homem faz a projeção do que há de melhor em si neste ser imaginário que é deus. E afirma que o amadurecimento do homem se dá com a perca da infantilidade de fazer essa projeção.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Nossa como viramos idiotas!!!
Entre 1960 e 2011
Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas. · Ano 1960: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca e até umas reguadas nas mãos e volta tranqüilo à classe. Esconde o fato dos pais com medo de apanhar mais. Pronto. Voltou a se comportar bem. · Ano 2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra receita Rivotril. Transforma-se num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz e processam o colégio. |
Cenário 2: Luis, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro.
· Ano 1960: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
· Ano 2011: Processam o pai de Luis por maus tratos e ele tem que se abster de ver seu filho. Luis se volta para a droga, delinqüe e fica preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
· Ano 1960: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.
· Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...
Cenário 4: Disciplina escolar
· Ano 1960: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos suspendia e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.
· Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo do trauma eterno compra um big computador para o filhinho.
Cenário 5: Horário de Verão.
· Ano 1960: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.
· Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, porque a violência tá demais. Como sair no escuro para trabalhar?
Cenário 6: Fim das férias.
· Ano 1960: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusquinha, é hora de voltar após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
· Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação...
Cenário 7: Saúde.
· Ano 1960: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS aguardávamos 2 horas em pé para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.
· Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma leve distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 4 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que logo que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, passa uma fórmula da farmácia que ele tem "convênio" e nos indica um amigo oftalmologista, que "indica" a clínica para fazer exames especiais e a ótica, porque acha que temos uma grave deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 45 consultas e 3 cirurgias, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 8: Trabalho.
· Ano 1960: O funcionário era pego "fazendo cera". Tomava uma "dura" do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.
· Ano 2011: O funcionário é pego "desestressando", é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.
Cenário 9: Assédio.
· Ano 1960: A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, enquadra ele e fica tudo bem.
· Ano 2011: Ricardo admira as pernas da colega gostosona quando ela lhe exibe a calcinha abrindo as pernas, sentada em sua frente, e porque ele não quis ela, com orgulho ferido, ela o processa por assédio sexual, e ele é condenado pela Maria da Penha a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia, tratamento psicológico e proteção paga pelo estado.
Cenário 10: Comportamento.
Ano 1960: Homem fumar era bonito, dar o rabo era feio.
Ano 2011: Homem fumar é feio, dar o rabo é lindo.
Pergunta-se:
créditos de o Mascate!
Isso merecia ser postado aqui tb!!!
Isso merecia ser postado aqui tb!!!
EM QUE MOMENTO FOI, ENTRE 1960 E 2011, QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE IDIOTAS?
terça-feira, 20 de março de 2012
Contradições biblicas !
Algumas contradições Bíblicas
deldebbio | 30 de outubro de 2008Os estudiosos calcularam que a Bíblia contém mais de duas mil contradições explícitas ou implícitas. Esta lista é somente uma pequena seleção. Obs: As contradições serão mais bem entendidas se houver o devido acompanhamento das passagens bíblicas citadas.
Os Gigantes existiam antes da inundação (Gênesis 6:4).
Somente Noé, sua família, e os animais da Arca sobreviveram à inundação (Gênesis 7:23).
Mesmo depois da Inundação os gigantes continuaram existindo (Números 13:33).
Toda a terra tinha uma só língua e as mesmas palavras, até que Deus criou vários idiomas diferentes, fazendo com que ninguém entendesse um ao outro (Gênesis 11:1,6-9).
Anterior a isto, a Bíblia fala de diversas nações, cada um com sua própria língua (Gênesis 10:5).
Deus admitiu que Ele é a causa da surdez e da cegueira (Êxodo 4:11).
Contudo, Deus não aflige os homens por vontade própria (Lamentações 3:33).
Deus envia Moisés para o egito resgatar os filhos de Israel (Êxodo 3:10. 4:19-23).
No caminho, Deus ameaçou Moisés de morte. Não proveu de explicação (Êxodo 4:24-26).
Deus mata todos os animais dos egípcios com uma forte pestilência. Nenhum sobreviveu a pestilência (Êxodo 9:3-6).
Deus mata todos os animais dos egípcios com uma chuva de granizo (Mas eles já não haviam morrido com a pestilência?) (Êxodo 9:19-21,25).
Deus não foi conhecido por Abraão, Isaac e Jacó pelo nome de Javé (Êxodo 6:2-3).
O nome do Senhor já era conhecido (Gênesis 4:26).
Deus proibe que seja feito a escultura de qualquer ser (Êxodo 20:4).
Deus ordenou a fabricação de estátuas de ouro (Êxodo 25:18).
Proibição do assassinato (Êxodo 20:13).
Deus manda Moisés matar todos os homens de Madiã (Números 31:7).
Proibição do roubo (Êxodo 20:15).
Deus manda roubar os egípcios (Êxodo 3:21-22).
Proibição da mentira (Êxodo 20:16)
Deus permite a mentira (I Reis 22:22)
Deus não pode mentir (Números 23:19).
Deus deliberadamente enviou um “espírito” mentiroso (I Reis 22:20-30) (II Crônicas 18:19-22).
Deus faz pessoas acreditarem em mentiras (II Tessalonicenses 2:11-12).
O Senhor engana os profetas (Ezequiel 14:9).
Aarão morreu no monte Hor. Imediatamente depois disso, os israelitas foram para Salmona e Finon (Números 33:38).
Aarão morreu em Mosera. Depois disso, os isralelitas foram para Gadgad e Jetebata (Deuteronômio 10:6-7).
Deus diz a Moisés que Aarão morreu no monte Hor (Deuteronômio 32:50).
Nós temos que amar Deus (Deuteronômio 6:5) (Mateus 22:37).
Nós temos que temer Deus (Deuteronômio 6:13) (I Pedro 2:17).
Deus escreveu nas tábuas as dez palavras da aliança (Deuteronômio 10:1-2,4).
Deus ditou e Moisés escreveu (Êxodo 34:27-28).
Josué queimou a cidade de Hai e reduziu-a a um monte de ruínas para sempre (Josué 8:28).
Hai ainda existe como uma cidade (Neemias 7:32).
Josué destruiu totalmente os habitantes de Dabir (Josué 10:38-39).
Os habitantes de Dabir ainda existem (Josué 15:15).
Saul destruiu completamente os amalecitas (I Samuel 15:7-8,20).
David destruiu completamente os amalecitas (I Samuel 27:8-9).
Finalmente os amalecitas são mortos (I Crônicas 4:42-43).
Isaí teve sete filhos além de seu mais jovem, David (I Samuel 16:10.11).
David foi o sétimo filho (I Crônicas 2:15).
Saul tentou consultar o Senhor (I Samuel 28:6).
Saul nunca fez tal coisa (I Crônicas 10:13-14).
Saul cometeu suicídio (I Samuel 31:4-6) (I Crônicas 10:4-5).
Saul foi morto por um amalecita (II Samuel 1:8-10).
Saul foi morto pelos filisteus (II Samuel 21:12).
Davi tomou 1.700 cavaleiros de Adadezer (II Samuel 8:4).
Davi tomou 7.000 cavaleiros de Adadezer (I Crônicas 18:4).
Davi matou aos arameus 700 parelhas de cavalos e 40.000 cavaleiros (II Samuel 10:18).
Davi matou aos arameus 7.000 cavalos e 40.000 empregados (I Crônicas 19:18).
Israel dispõe de 800.000 homens aptos para manejar espadas, enquanto que Judá dispõe de 500.000 homens (II Samuel 24:9).
Israel dispõe de 1.100.000 homens aptos para manejar espadas, enquanto que Judá dispõe de 470.000 homens (I Crônicas 21:5).
Satã provocou Davi a fazer um censo de Israel (I Crônicas 21:1).
Deus sugeriu Davi a fazer um censo de Israel (II Samuel 24:1).
Davi pagou 50 siclos de prata por gados e pelo terreno (II Samuel 24:24).
Davi pagou 600 siclos de ouro pelo mesmo terreno (I Crônicas 21:25).
Rei Josias foi morto em Magedo. Seus servos o levam morto para Jerusalém (II Reis 23:29-30).
Rei Josias foi ferido em Magedo e pediu para seus servos o levarem para Jerusalém, onde veio a falecer (II Reis 23:29-30).
Foram levados 5 homens dentre os mais íntimos do rei (II Reis 25:19-20).
Foram levados 7 homens dentre os mais íntimos do rei (Jeremias 52:25-26).
São citados os nomes de 10 pessoas que vieram com Zorobabel (Esdras 2:2)
São citados os nomes de 11 pessoas que vieram com Zorobabel (Neemias 7:7)
(Esdras 2:3 & Neemias 7:8) Estas passagens pretendem mostrar a quantidade de pessoas que voltaram do cativeiro babilônico. Compare o número para cada família: 14 deles discordam.
Jesus foi filho de José, que o foi de Jacob (Mateus 1:16).
Jesus foi filho de José, que o foi de Heli (Lucas 3:23).
O pai de Salathiel foi Jeconias (Mateus 1:12).
O pai de Salathiel foi Neri (Lucas 3:27)
Abiud é filho de Zorobabel (Mateus 1:13).
Resa é filho de Zorobabel (Lucas 3:27).
São citados os nomes de todos os filhos de Zorobabel, mas nem Resa e nem Abiud estão entre eles (I Crônicas 3:19-20).
Jorão era o pai de Ozias que era o pai de Joathão (Mateus 1:8-9).
Jorão era o pai de Occozias, do qual nasceu Joás, que gerou Amazias, que foi pai de Azarias que, finalmente, gerou Joathão (I Crônicas 3:11-12).
Josias era o pai de Jeconias (Mateus 1:11).
Josias era o avô de Jeconias (I Crônicas 3:15-16).
Zorobabel era filho de Salathiel (Mateus 1:12) (Lucas 3:27).
Zorobabel era filho de Fadaia. Salathiel era tio dele (I Crônicas 3:17-19).
Jesus curou um leproso depois de visitar a casa de Pedro e Simão (Marcos 1:29,40-42).
Jesus curou o leproso antes de visitar a casa de Pedro e Simão (Mateus 8:2-3,14).
O Diabo levou Jesus primeiro ao topo do templo e depois para um lugar alto para ver todos os reinos do mundo (Mateus 4:5-8).
O Diabo levou Jesus primeiro para o lugar alto e depois para o topo do templo (Lucas 4:5-9).
O centurião se aproximou de Jesus e pediu ajuda para um criado doente (Mateus 8:5-7).
O centurião não se aproximou de Jesus. Ele enviou amigos e os anciões dos judeus (Lucas 7:2-3,6-7).
Jairo pediu a Jesus que ajudasse a sua filha, que estava morrendo (Lucas 8:41-42).
Ele pediu para que Jesus salvasse a filha dele que já havia morrido (Mateus 9:18).
Deus confiou o julgamento a Jesus (João 5:22) (João 5:27,30 8:26) (II Coríntios 5:10) (Atos 10:42).
Jesus, porém, disse que não julga ninguém (João 8:15,12:47).
Os santos hão de julgar o mundo (I Coríntios 6:2).
A transfiguração de Jesus ocorreu 6 dias após a sua profecia (Mateus 17:1-2).
A transfiguração ocorreu 8 dias após (Lucas 9:28-29).
A mãe de Tiago e João pediu a Jesus para que eles se assentassem ao seu lado no reino (Mateus 20:20-21).
Tiago e João fizeram o pedido, ao invés de sua mãe (Marcos 10:35-37).
Ao sair de Jericó, Jesus se encontrou com dois homens cegos (Mateus 20:29-30).
Ao sair de Jericó, Jesus se encontrou com somente um homem cego (Marcos 10:46-47).
Dois dos discípulos levaram uma jumenta e um jumentinho para Jesus da aldeia de Bethfagé (Mateus 21:2-7).
Eles levaram somente um jumentinho (Marcos 11:2-7).
Jesus amaldiçoou a árvore de figo depois de ter deixado o templo (Mateus 21:17-19).
Ele amaldiçoou a árvore antes de ter entrado no templo (Marcos 11:14-15,20)
Um dia após Jesus ter amaldiçoado a figueira, os discípulos notaram que ela havia secado (Marcos 11:14-15,20)
A figueira secou imediatamente após a maldição ser posta (Mateus 21:19).
Jesus disse que Zacarias era filho de Baraquias (Mateus 23:35).
Zacarias era filho de Joiada (II Crônicas 24:20-22).
link:http://www.deldebbio.com.br/2008/10/30/algumas-contradicoes-biblicas/
Vamos examinar outras contradições:
O Novo Testamento se contradizendo com outras partes do Novo Testamento:
1. Quem foi ao sepulcro de Jesus logo após sua suposta ressurreição?
Uma mulher... (Jo 20:1)” Na madrugada do primeiro dia da semana, sendo ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro, e viu que a pedra fora revolvida da entrada. Correu ela e foi ter com Simão Pedro e com os outros discípulos.” ...
duas mulheres ... (Mt 1:16) “Depois do Sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. “...
três mulheres... (Mc 16:1-2) “Passado o Sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem ungir o corpo de Jesus. Muito cedo, no primeiro dia da semana, logo depois do nascer do Sol, foram ao sepulcro.” ...
ou várias mulheres? (Lc 23:54-55; 24:1; 24:10)” Era o dia da preparação e ia começar o Sábado. As mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram a José e viram o sepulcro, e como o corpo fora ali depositado (...) No primeiro dia da semana bem cedo, elas foram ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado (...) Eram Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago e as outras que com elas estavam... “
2. Como se tomou conhecimento da suposta ressureição de Cristo?
Jesus estava lá quando as mulheres chegaram e saiu ao encontro delas...: (Mt 28:9) "De repente Jesus lhes saiu ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram."
ou elas entraram no sepulcro e foram avisadas por um anjo da ressurreição? (Mc 16:5-6) "Entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido com um manto branco, e ficaram espantadas. Ele lhes disse: Não vos assusteis. Buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Já ressurgiu! Não está aqui. Vede o lugar onde o puseram. " (Lc 24:2-6) "Acharam a pedra removida do sepulcro, mas quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Estando elas perplexas a esse repeito, de repente pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes . Elas ficaram tão atemorizadas, que se curvaram com o rosto em terra, mas os homens lhes disseram: Por que buscais entre os mortos quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressurgiu."
ou apenas Maria Madalena foi ao sepulcro e não entrou? (Jo 20:1-7) "Na madrugada do primeiro dia da semana, sendo ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro, e viu que a pedra fora revolvida da entrada. Correu ela e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo (...) Chegou Simão Pedro, (...) entrou no sepulcro e viu no chão os lençóis."
3. As últimas palavras de Jesus são as que estão em? (Mt 27:46)”Por volta da hora nona exclamou Jesus em alta voz: Eli, Eli, lemá sabactâni, que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? “ ...
ou em? (Lc 23:46) “Jesus clamou com grande voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. Havendo dito isto, expirou.” ...
ou em? (Jo 19:30)”Quando Jesus recebeu o vinagre, disse: Está consumado! E inclinando a cabeça, entregou o espírito. “
4. Judas morreu ... enforcado? (Mt 27:5) “então ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar. “ ...
ou foi morto por Deus? (At 1:18) “Ora, este [Judas Escariotes] adquiriu um campo com a recompensa da iniquidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.”
5. Jesus é igual ao Pai? (Jo 10:30) “Eu e o Pai somos um.” ...
ou inferior ao Pai? (Jo 14:28) “Porque eu vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. “
6. Onde aconteceu o Sermão da Montanha, sobre o monte? (Mt 5:1) “Vendo Jesus as multidões, subiu a um monte e assentou-se.” ...
ou ao pé do monte? (Lc 6:17) “Descendo com eles, parou num lugar plano, onde se encontrava grande número de discípulos seus e grande multidão de toda a Judéia. “.
7. Qual é a verdadeira árvore genealógica de Jesus? (Mt 1:2-17)”Abraão gerou a Isaque, Isaque gerou a Jacó, Jacó gerou a Judá e a seus irmãos. (...) Eliúde gerou a Eleazar, Eleazar gerou a Matã, Matã gerou a Jacó, Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.” ...
ou é a versão de (Lc 4:23-38)”Era, como se cuidava, filho de José, filho de Heli, filho de Matã, filho de Levi, (...) Filho de Enos, filho de Sete, filho de Adão, filho de Deus”?
Repare ainda que segundo o cristianismo, Jesus não teve um pai verdadeiro. Seu pai seria Deus. Então por que ainda expor a idéia de Jesus ser descendente de humanos? Em qual das versões acreditar?
8. Alguns dizem que existem "milhares de mentiras na Bíblia". Mas esta provavelmente é a maior: (Mateus 7:7) "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á." Quantos pais desesperados, amedrontados, etc, viram suas crianças morrerem enquanto pediam para Deus ajudá-los? Sem falar que esta passagem, (Mateus 7:7), contradiz com (Provérbios 1:28 ) "Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. "
9. Pedro negou conhecer Jesus ...
3 vezes antes do galo cantar 1 vez? (Mt 26:74-75) “Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. Então Pedro se lembrou das palavras que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás.” (Lc 22:60) “E Pedro lembrou-se da palavra que o Senhor lhe havia dito: Hoje, antes que o galo cante, três vezes me negarás.” ...
3 vezes antes do galo cantar 2 vezes? (Mc 14:72) “Imediatamente o galo cantou segunda vez. Então Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.” ...
2 vezes antes do galo cantar 1 vez? (Jo 18:27) “De novo Pedro negou, e naquele momento um galo começou a cantar.” ... ou
3 vezes sem que o galo cantasse 1 única vez? (Jo 13:38) “Jesus respondeu: Tu darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que de modo algum cantará o galo antes que me negues três vezes.”
O Novo Testamento e o Velho Testamento se contradizendo:
10. Deus pode ser visto face a face?
Sim: (Gn 32:30) " Jacó chamou àquele lugar Peniel, pois diss minha vida foi poupada. " (Êx 33:11) "Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo. " (Am 9:1)" Vi o Senhor em pé junto ao altar, e ele me disse: Fere os capitéis para que estremeçam os umbrais. " (Êx 24: 9-11) " Subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel, e viram o Deus de Israel. "
ou apenas pelas costas? (Êx 33:23) "Depois, quando eu tirar a mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá. ".
Ou jamais pode ser visto? (Jo 1:18) " Ninguém nunca viu a Deus... " (Jo 6:46) "Ninguém viu ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; só este viu ao Pai." (1Jo 4:12) "Ninguém jamais viu a Deus..." (Êx 33:20) "Não poderás ver a minha face, pois homem nenhum pode ver a minha face, e viver. " (1Tm 6:16) "Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém. "
Deus não conhece a Terra?
11. A Terra é plana?
É plana: (Mt 4:8) "Levou-o novamente o diabo a um monte muito alto, e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor." [Para ver todos os reinos do mundo, mesmo no lugar mais alto do planeta, a Terra deveria ser plana.]
É esférica: (Is 40:22) "Ele está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos. "
O Velho Testamento se contradizendo com outras partes do Velho Testamento:
12. Deus nunca muda de idéia? (Ml 3:6)” Eu, o Senhor, não mudo.” (Nm 23:19) “Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa.” ...
ou Deus muda de idéia? (Êx 32:14) “Então o Senhor se arrependeu do mal que dissera havia de fazer ao seu povo.” (Gn 6:6-7) “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e isso lhe pesou no coração (...) pois me arrependo de os haver feito.” (Jn 3:10) “Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez.” (1Sm 15:35) “E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel.”
13. Devemos fazer imagens esculpidas? (Êx 25:18) “Farás dois querubins de ouro batido nas duas extremidades do propiciatório.” (Nm 21:8)” Disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar, viverá. “(1Rs 7:28-29) “Tinham painéis que estavam entre molduras, sobre os quais haviam leões, bois e querubins.”
Ou elas são abominações aos olhos do senhor? (Êx 20:4)”Não farás para ti imagens de escultura.” (Lv 26:1) “Não farás para vós ídolos, nem para vós levantareis imagem de escultura nem estátua. “
14. Deus é bom? (Sl 45:9) “O Senhor é bom para todos.” (Dt 32:4) “Ele é justo e reto.” ...
ou é ruim? (Is 45:7) “Eu formo a luz, e crio as trevas, eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas.” (Jr 8:11) “Assim diz o Senhor: Olhai! Estou forjando mal contra vós, e projeto um plano contra vós”. (Lm 3:38) "Não é da boca do Altíssimo que saem o mal e o bem?" (Ez 20:25-26) "Também lhe dei estatutos que não eram bons, e juízos pelos quais não haviam de viver; deixei-os contaminar-se em seus próprios dons, nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre, para os assolar, a fim de que soubessem que Eu sou o Senhor. "
15. Deus é deus ...
da paz? (Rm 15:33) "E o Deus da paz seja com todos vós. Amém. "(Iz 2:4) "Ele exercerá o seu juízo entre as nações, e repreenderá a muitos povos. Estes converterão as suas espadas em arados e as suas lanças em podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra. "
ou da guerra? (Êx 15:3) "O Senhor é um guerreiro; o Senhor é o seu nome. "(Jl 3:9-10) "Proclamai isto entre as nações: Santificai uma guerra! (...) Forjai espadas das relhas dos vossos arados, e lanças da vossas podadeiras."
Deus não conhece os animais que criou? O erro mais conhecido neste aspecto foi dizer que os animais foram criados (ao invés de na Bíblia estar escrito que eles evoluíram) ou ainda omitir que existiriam seres vivos unicelulares (bactérias), ou ainda além de errar pela omissão de informação, ter também errado na ordem dos eventos ou citando eventos que não houveram (veja o Mito da Criação em Gênesis).
16. O morcego é uma ave? (Lv 11:13-19) "Dentre as aves, a estas abominareis, não se comerão, serão abomináveis: a águia, (...) a poupa e o morcego. " (Dt 14:13-18) "Toda a ave limpa comereis. Porém estas são as que não comereis: a águia, (...) a poupa e o morcego. "
Como sabemos que mamíferos mamam e aves não, logo morcego, que mama quando filhote, não é ave e sim mamífero (além do que aves botam ovos ... morcego não bota ovo). Os supostos profetas devem ter visto o morcego voando e baseados nos conhecimentos primitivos da época concluíram que deveria ser ave (nem se deram ao trabalho de ir ver nas cavernas ou onde os morcegos se escondiam, de que não haviam ninhos, ovos, etc).
E o mais irônico é que vários já comiam carne de morcego sem problemas. Ou seja, na Bíblia está escrito algo como "não coma carne de tal ave" e consegue-se ter 2 erros: primeiro que o animal apontado não é ave e segundo que pode-se comer sua carne.
17. As serpentes comem pó? (Gn 3:14) “Disse, pois, o Senhor Deus à serpente: (...) pó comerás todos os dias da tua vida. “
A Ciência até hoje ainda não descobriu uma serpente que se alimentasse de pó. Não pode ser uma referência ao fato dela andar rastejando, porque a mesma já rastejava antes de o ser humano existir. Deve ter nascido do seguinte aspecto o erro: os supostos profetas viram que cobras usam a língua como se estivessem “lambendo o chão”. Milênios depois descobriu-se que primerio: na língua dela tem glândulas sensíveis que captam moléculas deixadas por roedores, ou outras presas delas. Segundo: elas não comem pó. Em geral comem roedores ou outros seres. Então, quando os profetas viram a cobra “lambendo o chão” concluiram equivocadamente que ela estava "comendo pó".
18. Etc.
A última atualização que foi feita no site Skeptic's Annotated Bible dava conta que haviam 456 contradições bíblicas! Clique aqui para lê-las (estão em inglês). As passagens aqui mostradas foram extraídas dos sites [1, 2 e 3]. Chequei com a Bíblia e conferiram.
Os não-cristãos, ateus, agnósticos, céticos, etc., a partir destas contradições podem concluir como mostrado aqui
.
Os cristãos tendem a explicar, justificar as contradições de várias maneiras. Algumas delas podem ser lidas abaixo nos comentários. Estas justificativas podem ser agrupadas em 5 tipos conforme escritas neste blog listadas aqui.
gostou então acessa esse link aqui:
http://ex-cristao.blogspot.com.br/2007/05/contradies-bblicas.html
sábado, 17 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
As religiões acabarão será?
O fim da religião
Com a atual subordinação da religião perante a ciência, com a criação recente da ciência da religião, a mesma tende a se desmistificar e como a religião é composta de mitos modernos será extinta. O que sobra é o aspecto moral e ético que vai devidamente ser estudado pela ciência de forma que o termo religião possa ser entendido como sinônimo de ética e moral e ser anexado aos estudos da filosofia e das demais ciências humanas.
Darwin através da teoria da evolução desafia os dogmas religiosos e comprova o naturalismo da vida na terra e seu desenvolvimento gradual ao longo dos milhões de anos. Eu tive a oportunidade de ir a exposição de Darwin no museu do Masp em São Paulo, e que apesar de toda as evidências da sua teoria demonstradas na exposição o que mais me chamou a atenção é a batalha contra o pensamento da época dominado pela igreja e inclusive na sua vida particular com a sua esposa que era muito religiosa e não aceitava bem o ateísmo de Darwin. Atualmente o zoólogo Dawkins faz uma exposição brilhante e atual do perido do crescimento das religiões para a compreensão do conhecimento científico, podendo sinalizar um retrocesso, demonstrando que a disputa entre a ciência e a religião é uma disputa entre a razão e a ignorancia.
O antropólogo e filósofo Ludwig Feuerbach aponta através do método genético crítico que a religião é uma projeção da vontade de ser infinito do homem onde deus é criado pelo próprio homem de maneira a falar de si mesmo. Com isso Feuerbach sustenta que a maturidade do homem só é conseguida com o amadurecimento do homem ao deixar essa infantilidade, palavras por ele usadas.
O Barão de Holbach é um outro ateu militante e materialista que se destacou por ter uma vida ética e reta, sendo citado por Rousseau como um modelo virtuoso de não crente. O materialismo de Holbach teve influência no pensamento de Lavoisier contribuindo para o avanço da química, expondo assim o realismo do ateísmo. Sartre através do existêncialismo argumenta que as crenças religiosas e em deus, que ele denomina de má fé, pois retiram a responsabilidade do homem perante a sua existência corroborando com o pensamente de Feuerbach.
Dennett com sua filosofia da mente teoriza o monismo contrário ao pensamento filosófico de dualismo e que é um dos dogmas religiosos, um mundo natural e um mundo eterno e sobrenatural. O secularismo é a prática do monismo, um comportamento social sem a influência religiosa do sobrenatural. Sam Harris também é mais um defensor do fim da religião.
Os agnósticos são críticos do ateísmo militante pois o consireram mais uma crença, mas não sabem que todo o conhecimento humano é uma crença mas corroborada com o método científico. Além de serem apegados ao conceito de deus e assuntos religioso como sendo incognoscível, contrariando a atual busca científica no estudo da religião, e contrariando assim filosofia da ciência de Karl Popper, o racionalismo crítico. O conhecimento científico do ateísmo tem destaque na antropologia de Feuerbach.
Enfim deixo o meu desabafo pessoal pela exclusão que sinto pelas religiões que não permitem um diálogo adequado com alguém que seja ateu, pois não respeitam essa posição e criticam de forma emocional e com questionamentos quanto a minha ética apenas por ser contrária. Por isso que decidi que não posso ser intolerantes com a religião que é intolerante comigo. Assim deixo o ateísmo "religioso" e passo para o ateísmo científico.
E o melhor de tudo é poder como disse Popper, fazer batalhas das idéias, das teorias, e assim a guerra dos argumentos onde quem pode se ferir e morrer são as teorias proporcionando o progresso do conhecimento científico. Espero isso mesmo, pois o meu maior medo é o de represálias violentas e religiosas daqueles que pregam que a religião é o bem. O que me garante uma certa tranquilidade é que apesar de ser ateu militante sou um desconhecido, anônimo na multidão do ciberespaço. Mas o caso do frances Michel Onfray que escreveu o tratado de ateologia criticando os tres monoteísmos reinantes dos quais recebeu ameaças de mortes demonstra o despreparo religioso quanto a crítica. Mas uma boa notícia é o deputado Peter Stark, da Califórnia que se declarou ateu num ato inédito nos Estados Unidos onde o preconceito maior existente é contra os ateus.
Este artigo participando do debate interblogues promovido pelo blog Penso, logo, sou ateu com o tema “Será a Religião Eterna e Inevitável?“
Darwin através da teoria da evolução desafia os dogmas religiosos e comprova o naturalismo da vida na terra e seu desenvolvimento gradual ao longo dos milhões de anos. Eu tive a oportunidade de ir a exposição de Darwin no museu do Masp em São Paulo, e que apesar de toda as evidências da sua teoria demonstradas na exposição o que mais me chamou a atenção é a batalha contra o pensamento da época dominado pela igreja e inclusive na sua vida particular com a sua esposa que era muito religiosa e não aceitava bem o ateísmo de Darwin. Atualmente o zoólogo Dawkins faz uma exposição brilhante e atual do perido do crescimento das religiões para a compreensão do conhecimento científico, podendo sinalizar um retrocesso, demonstrando que a disputa entre a ciência e a religião é uma disputa entre a razão e a ignorancia.
O antropólogo e filósofo Ludwig Feuerbach aponta através do método genético crítico que a religião é uma projeção da vontade de ser infinito do homem onde deus é criado pelo próprio homem de maneira a falar de si mesmo. Com isso Feuerbach sustenta que a maturidade do homem só é conseguida com o amadurecimento do homem ao deixar essa infantilidade, palavras por ele usadas.
O Barão de Holbach é um outro ateu militante e materialista que se destacou por ter uma vida ética e reta, sendo citado por Rousseau como um modelo virtuoso de não crente. O materialismo de Holbach teve influência no pensamento de Lavoisier contribuindo para o avanço da química, expondo assim o realismo do ateísmo. Sartre através do existêncialismo argumenta que as crenças religiosas e em deus, que ele denomina de má fé, pois retiram a responsabilidade do homem perante a sua existência corroborando com o pensamente de Feuerbach.
Dennett com sua filosofia da mente teoriza o monismo contrário ao pensamento filosófico de dualismo e que é um dos dogmas religiosos, um mundo natural e um mundo eterno e sobrenatural. O secularismo é a prática do monismo, um comportamento social sem a influência religiosa do sobrenatural. Sam Harris também é mais um defensor do fim da religião.
Os agnósticos são críticos do ateísmo militante pois o consireram mais uma crença, mas não sabem que todo o conhecimento humano é uma crença mas corroborada com o método científico. Além de serem apegados ao conceito de deus e assuntos religioso como sendo incognoscível, contrariando a atual busca científica no estudo da religião, e contrariando assim filosofia da ciência de Karl Popper, o racionalismo crítico. O conhecimento científico do ateísmo tem destaque na antropologia de Feuerbach.
Enfim deixo o meu desabafo pessoal pela exclusão que sinto pelas religiões que não permitem um diálogo adequado com alguém que seja ateu, pois não respeitam essa posição e criticam de forma emocional e com questionamentos quanto a minha ética apenas por ser contrária. Por isso que decidi que não posso ser intolerantes com a religião que é intolerante comigo. Assim deixo o ateísmo "religioso" e passo para o ateísmo científico.
E o melhor de tudo é poder como disse Popper, fazer batalhas das idéias, das teorias, e assim a guerra dos argumentos onde quem pode se ferir e morrer são as teorias proporcionando o progresso do conhecimento científico. Espero isso mesmo, pois o meu maior medo é o de represálias violentas e religiosas daqueles que pregam que a religião é o bem. O que me garante uma certa tranquilidade é que apesar de ser ateu militante sou um desconhecido, anônimo na multidão do ciberespaço. Mas o caso do frances Michel Onfray que escreveu o tratado de ateologia criticando os tres monoteísmos reinantes dos quais recebeu ameaças de mortes demonstra o despreparo religioso quanto a crítica. Mas uma boa notícia é o deputado Peter Stark, da Califórnia que se declarou ateu num ato inédito nos Estados Unidos onde o preconceito maior existente é contra os ateus.
Este artigo participando do debate interblogues promovido pelo blog Penso, logo, sou ateu com o tema “Será a Religião Eterna e Inevitável?“
Proselitismo...
Proselitismo ateísta
O proselitismo ateísta consiste na doutrinação através dos já batidos argumentos ateus, que não necessitam de reflexão e já trazem a verdade em si.
Um desses argumentos se refere a amoralidade do ateísmo, considerando o ateísmo isento de qualquer responsabilidade sobre os atos dos ateus, pois estes fazem o que quer e como quizerem, o que eu vejo como sendo o pensamento individualista no ateísmo.
E o aspecto fundamental das condutas de ateus, sejam ateus históricos ou atuais é poder relacionar com uma ética ateísta, mas isso vai de encontro com o "dogma" da amoralidade ateísta, pois ateu é amoral, um ser acima do bem e do mal. Justifica-se essa amoralidade do atéismo com a heterogeneidade dos ateus devido a diversidade de personalidades e pensamentos.
Umas das possibilidades desse meu blog foi justamente poder reunir textos de ateus e não ateus, sobre o ateísmo, com suas opiniões e julgamentos morais acerca dessa doutrina. Mas sei que me é caro o uso da palavra doutrina pois em muitas discussões em fóruns sou alertado da definição de ateísmo, que significa "apenas" não acreditar em deus.
Mas o proselitismo ateu não para por ai, pois como ateus devemos falar na grande maioria dos casos que não acreditamos em deus, pois se algúem falar que acredita que não existe deus, o que em termos linguísticos e para um leigo no assunto não muda nada, veremos nos fóruns ateístas, orkuts, blogs e internet em geral, a reação na tentativa de explicar as diferenças entre não acreditar em deus e não acreditar na existência de deus.
Com isso vemos que a palavra "apenas" perde o seu sentido na tentativa de explicar o complexo pensamento ateísta que carece de muito estudo ainda.
Um desses argumentos se refere a amoralidade do ateísmo, considerando o ateísmo isento de qualquer responsabilidade sobre os atos dos ateus, pois estes fazem o que quer e como quizerem, o que eu vejo como sendo o pensamento individualista no ateísmo.
E o aspecto fundamental das condutas de ateus, sejam ateus históricos ou atuais é poder relacionar com uma ética ateísta, mas isso vai de encontro com o "dogma" da amoralidade ateísta, pois ateu é amoral, um ser acima do bem e do mal. Justifica-se essa amoralidade do atéismo com a heterogeneidade dos ateus devido a diversidade de personalidades e pensamentos.
Umas das possibilidades desse meu blog foi justamente poder reunir textos de ateus e não ateus, sobre o ateísmo, com suas opiniões e julgamentos morais acerca dessa doutrina. Mas sei que me é caro o uso da palavra doutrina pois em muitas discussões em fóruns sou alertado da definição de ateísmo, que significa "apenas" não acreditar em deus.
Mas o proselitismo ateu não para por ai, pois como ateus devemos falar na grande maioria dos casos que não acreditamos em deus, pois se algúem falar que acredita que não existe deus, o que em termos linguísticos e para um leigo no assunto não muda nada, veremos nos fóruns ateístas, orkuts, blogs e internet em geral, a reação na tentativa de explicar as diferenças entre não acreditar em deus e não acreditar na existência de deus.
Com isso vemos que a palavra "apenas" perde o seu sentido na tentativa de explicar o complexo pensamento ateísta que carece de muito estudo ainda.
Deixo aqui uma resposta minha num fórum de discussão e que contribui com o texto:
Embora não seja difícil ateus divulgarem os famosos ateus que fizeram grandes avanços para a humanidade, o que é de fato motivo de orgulho, mas quando ocorre o inverso, a questão nos torna ofensiva? Onde está a racionalidade? Não se pode fechar os olhos para os ateus perversos e simplesmente ficar na já batida tese do indivudualismo ateu, que cada um faz o que quer e como quer, isso só já não basta, é uma superficialidade.
Mas enfim, essa é minha opinião, pois colocando dessa forma, está dentro das normas atéias de pensamento individual ateu e de não responsabilidade com um pensamento maior do ateismo.
Convição atéia!
Ateísmo como convicção pessoal
Ateísmo é Religião?
Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino
“A religião é inteiramente subjetiva e depende exclusivamente da concepção única que cada um tem dela.” (Humboldt)
Algumas pessoas gostam de repetir que existe uma religião ateísta, que o ateu tem fé no seu ateísmo e acaba criando toda uma doutrina em volta dele. Será que isso faz algum sentido? Minha resposta é um enfático “não”, e pretendo explicar meu ponto a seguir.
Em primeiro lugar, o ateísmo parte de uma negação, por isso o prefixo “a” na palavra. Não é um sistema de valores, um conjunto de crenças. Pelo contrário. É tão somente a negação de uma determinada crença – no caso a existência de deus. O ateísmo não pode ser uma doutrina, pois não possui axiomas básicos nem preceitos que lhe sirvam de base. Como alguns já disseram, o ateísmo é uma religião assim como careca é uma cor de cabelo.
Na verdade, o ateísmo configura-se como um apanhado de objeções que não necessariamente estão ligadas entre si. Podem existir ateus por inúmeros motivos diferentes. Alguns podem sustentar sua postura com base em sólidos argumentos filosóficos, outros podem simplesmente negar a existência divina com base em emoções. Existem ateus de todos os diferentes tipos, para todos os gostos. O rótulo de ateu responde somente a um critério – que é a crença numa divindade – e nada mais diz sobre o restante. Um ateu pode ser um relativista moral ou não, um comunista ou um liberal, um sujeito pérfido ou honesto, e por aí vai.
Mas por que é importante explicar algo tão óbvio? Justamente porque alguns, principalmente os conservadores religiosos, pegam esta característica – ser ateu – e jogam todos que a possuem no mesmo saco, como se o ateísmo fosse algo monolítico. O motivo para fazerem algo tão sem cabimento parece evidente: desqualificar os liberais que são ateus, misturando-os com os comunistas. Tentam misturar o joio e o trigo para transformar tudo em joio, e restarem isolados como os bastiões da liberdade e da moralidade. É uma típica atitude de rebanhos, onde todos os “de fora” precisam ser desqualificados, para que os “de dentro” sintam-se mais seguros e moralmente superiores.
Assim, colocam no mesmo barco pessoas diametralmente opostas como Marx e Ayn Rand. Acusam todo o Iluminismo pela desgraça da Revolução Francesa, ignorando que o mesmo Iluminismo exerceu profunda influência na bem sucedida Revolução Americana. Por esta “brilhante lógica”, de que todo ateu é igual, e naturalmente comunista, teríamos uma lista muito interessante de “comunistas”, como a já citada Ayn Rand, John Stuart Mill, Humboldt, Hayek, Mises, Milton Friedman e outros. Todos seriam “agentes de Gramsci”, trabalhando pela destruição dos valores morais da civilização “judaico-cristã”, pensam os mais paranóicos. Considerei os agnósticos como sendo ateus também, pois para os religiosos fanáticos faz pouca diferença afirmar que deus não existe ou que não sabemos se existe. Afinal, eles “sabem”, têm certeza absoluta, e desfrutam inclusive da “Verdade” revelada. Quem não enxergou isso ainda é um infiel, provavelmente imoral e niilista.
Ora, usando a mesma “lógica” desses conservadores, eu posso afirmar que existe um dragão invisível na minha garagem, indetectável por qualquer método humano conhecido. Se o conservador falar que estou maluco e que o dragão não existe, ele passa a ser um “ateu” em relação ao meu dragão. Ele nega a minha crença, ele é um descrente. Basta que um comunista pense do mesmo jeito, e poderei então jogá-los no mesmo saco, afirmando que ambos são “ateus” em relação ao meu dragão invisível, e, portanto, são iguais. Nada mais estapafúrdio! Está certo que muitos conservadores são mesmo parecidos com socialistas, mas por vários outros motivos, e não por desacreditarem no dragão invisível.
De fato, o ateísmo é tão monolítico quanto a crença em deus. Afinal, quantos tipos distintos de crentes existem? Por acaso católicos, protestantes, judeus, budistas, muçulmanos, e todos os outros infinitos tipos de crentes numa divindade qualquer são iguais, compartilham da mesma fé e dos mesmos valores? Algumas religiões podem inclusive estar mais próximas daquilo que pensam alguns ateus do que de outras religiões. Os budistas, por exemplo, não compartilham de quase nada do que acreditam os seguidores da Opus Dei. A religião chamada Unitarian Universalism, da qual o criador da World Wide Web Tim Bernes-Lee é adepto, conta com grande número de ateus e agnósticos entre seus seguidores. Não precisamos ir muito longe: entre aqueles mesmos que se dizem cristãos, há uma gama enorme de tipos, muitos conflitantes entre si. E não custa lembrar que os conservadores repetem muito a expressão “civilização judaico-cristã”, como se judeus e cristãos fossem unha e carne desde os primórdios, criando uma civilização única, em vez de água e óleo, que não se misturam.
Em resumo, espero ter deixado bem claro que quando um conservador mistura liberais ateus com comunistas, apenas por conta do ateísmo em comum, é porque não tem argumentos para debater honestamente, e precisa apelar para uma falácia patética. Tamanha perfídia só pode ser resultado de muito desespero mesmo. Seria cômico, não fosse trágico.
Algumas pessoas gostam de repetir que existe uma religião ateísta, que o ateu tem fé no seu ateísmo e acaba criando toda uma doutrina em volta dele. Será que isso faz algum sentido? Minha resposta é um enfático “não”, e pretendo explicar meu ponto a seguir.
Em primeiro lugar, o ateísmo parte de uma negação, por isso o prefixo “a” na palavra. Não é um sistema de valores, um conjunto de crenças. Pelo contrário. É tão somente a negação de uma determinada crença – no caso a existência de deus. O ateísmo não pode ser uma doutrina, pois não possui axiomas básicos nem preceitos que lhe sirvam de base. Como alguns já disseram, o ateísmo é uma religião assim como careca é uma cor de cabelo.
Na verdade, o ateísmo configura-se como um apanhado de objeções que não necessariamente estão ligadas entre si. Podem existir ateus por inúmeros motivos diferentes. Alguns podem sustentar sua postura com base em sólidos argumentos filosóficos, outros podem simplesmente negar a existência divina com base em emoções. Existem ateus de todos os diferentes tipos, para todos os gostos. O rótulo de ateu responde somente a um critério – que é a crença numa divindade – e nada mais diz sobre o restante. Um ateu pode ser um relativista moral ou não, um comunista ou um liberal, um sujeito pérfido ou honesto, e por aí vai.
Mas por que é importante explicar algo tão óbvio? Justamente porque alguns, principalmente os conservadores religiosos, pegam esta característica – ser ateu – e jogam todos que a possuem no mesmo saco, como se o ateísmo fosse algo monolítico. O motivo para fazerem algo tão sem cabimento parece evidente: desqualificar os liberais que são ateus, misturando-os com os comunistas. Tentam misturar o joio e o trigo para transformar tudo em joio, e restarem isolados como os bastiões da liberdade e da moralidade. É uma típica atitude de rebanhos, onde todos os “de fora” precisam ser desqualificados, para que os “de dentro” sintam-se mais seguros e moralmente superiores.
Assim, colocam no mesmo barco pessoas diametralmente opostas como Marx e Ayn Rand. Acusam todo o Iluminismo pela desgraça da Revolução Francesa, ignorando que o mesmo Iluminismo exerceu profunda influência na bem sucedida Revolução Americana. Por esta “brilhante lógica”, de que todo ateu é igual, e naturalmente comunista, teríamos uma lista muito interessante de “comunistas”, como a já citada Ayn Rand, John Stuart Mill, Humboldt, Hayek, Mises, Milton Friedman e outros. Todos seriam “agentes de Gramsci”, trabalhando pela destruição dos valores morais da civilização “judaico-cristã”, pensam os mais paranóicos. Considerei os agnósticos como sendo ateus também, pois para os religiosos fanáticos faz pouca diferença afirmar que deus não existe ou que não sabemos se existe. Afinal, eles “sabem”, têm certeza absoluta, e desfrutam inclusive da “Verdade” revelada. Quem não enxergou isso ainda é um infiel, provavelmente imoral e niilista.
Ora, usando a mesma “lógica” desses conservadores, eu posso afirmar que existe um dragão invisível na minha garagem, indetectável por qualquer método humano conhecido. Se o conservador falar que estou maluco e que o dragão não existe, ele passa a ser um “ateu” em relação ao meu dragão. Ele nega a minha crença, ele é um descrente. Basta que um comunista pense do mesmo jeito, e poderei então jogá-los no mesmo saco, afirmando que ambos são “ateus” em relação ao meu dragão invisível, e, portanto, são iguais. Nada mais estapafúrdio! Está certo que muitos conservadores são mesmo parecidos com socialistas, mas por vários outros motivos, e não por desacreditarem no dragão invisível.
De fato, o ateísmo é tão monolítico quanto a crença em deus. Afinal, quantos tipos distintos de crentes existem? Por acaso católicos, protestantes, judeus, budistas, muçulmanos, e todos os outros infinitos tipos de crentes numa divindade qualquer são iguais, compartilham da mesma fé e dos mesmos valores? Algumas religiões podem inclusive estar mais próximas daquilo que pensam alguns ateus do que de outras religiões. Os budistas, por exemplo, não compartilham de quase nada do que acreditam os seguidores da Opus Dei. A religião chamada Unitarian Universalism, da qual o criador da World Wide Web Tim Bernes-Lee é adepto, conta com grande número de ateus e agnósticos entre seus seguidores. Não precisamos ir muito longe: entre aqueles mesmos que se dizem cristãos, há uma gama enorme de tipos, muitos conflitantes entre si. E não custa lembrar que os conservadores repetem muito a expressão “civilização judaico-cristã”, como se judeus e cristãos fossem unha e carne desde os primórdios, criando uma civilização única, em vez de água e óleo, que não se misturam.
Em resumo, espero ter deixado bem claro que quando um conservador mistura liberais ateus com comunistas, apenas por conta do ateísmo em comum, é porque não tem argumentos para debater honestamente, e precisa apelar para uma falácia patética. Tamanha perfídia só pode ser resultado de muito desespero mesmo. Seria cômico, não fosse trágico.
Símbolos....
Símbolo do ateísmo
O ateísmo atómico
Palmira F. da Silva
«...a natureza é sempre a mesma, e sempre única e igual em eficácia e poder de acção; i.e., a ordem e as leis da natureza, dentro de todas as passagens e mudanças de uma forma para outra, é em todo lugar sempre a mesma; sendo assim, deveria existir um método unico para compreender a natureza de todas as coisas, ou seja, através das leis e regras universais da natureza.» Baruch Spinoza (Ética, parte III)
O símbolo do ateísmo, o modelo do átomo de Rutherford, poderá a um observador mais incauto parecer despropositado ou uma escolha casuística. Na realidade, a concepção atomista do Universo corresponde à primeira filosofia ateista de que há registo histórico e é indissociável dos movimentos intelectuais que culminaram no libertar da Humanidade do obscurantismo imposto pela religião. Durante séculos, esta teve a primazia da verdade, que afirmava ser global, inultrapassável e indispensável, tanto no que respeita à natureza como ao homem. O reafirmar do pensamento proscrito dos primeiros atomistas entrou em confito com a pretensão tridentina da verdade «científica» ditada por uma Igreja total e absolutamente incompetente na matéria, mas a longo prazo (e muitos processos e fogueiras inquisitoriais) permitiu à ciência uma autonomia de pensamento face à Igreja.
A constituição da matéria e a elaboração de teorias para explicar a natureza do mundo e as nossas relações com ele surgem na Antiguidade clássica a partir da análise do movimento. O movimento e a constante mutabilidade da matéria constituem a questão central que irá orientar a filosofia grega; isto é, o movimento levanta o problema da continuidade da matéria, ou seja, como conceber que exista uma identidade entre o momento anterior e o posterior?
Era necessário, portanto, algo que permanecesse imutável no processo de transformação. Esse algo foi originalmente concebido através da redução da multiplicidade a uma unidade fundamental, identificada com um elemento da natureza, a matéria básica para a formação dos demais materiais, e na qual todos se reduziriam. Esse elemento primordial, ou "princípio" (arqué), assumiria a forma de uma substância concreta, sendo identificado com a água (Thales 640-546 A.C.), depois o ar (Anaximenes 560-500 A.C.), o fogo (Herakleitos 536-470 A.C.) e a terra (Xenophanes).
Mais tarde, Empedokles (490-430 A.C.) identificou as quatro substâncias supracitadas - água, ar, terra e fogo - como os elementos fundamentais a partir das quais tudo seria formado.
Por volta de 475 BC, Parmenides no seu poema filosófico On Nature esboçava os rudimentos do que seria explorado dentro de poucos anos pelos primeiros atomistas:
«Considerem quão semelhante é um fogo de outro fogo.
Mas reparem quão opostas em natureza são todas as noites escuras do fogo.»
Parmenides afirma que, não obstante diferentes aparências, tudo é formado do mesmo ser, solitário, nunca criado e eterno, aquele que é «sem princípio e sem fim». Parmenides não especula sobre a natureza do «ser eterno» mas fornece dois dados fundamentais que as teorias atomistas retomam: todos os objectos do mundo físico são constituídos por uma substância elusiva e constante, que não é criada e nunca acaba, devendo-se as diferenças entre objectos a diferentes configurações dessa substância.
átomos de EpicurusAo conciliar a concepção da permanência e da unidade, em aparente contradição com as evidências de mudança e de diversidade observadas, fundamenta-se então a unidade da matéria e a sua conservação. Mas até aqui a dualidade foi expressa em termos do móvel em oposição ao imóvel. A partir de Democritus e especialmente de Epicurus esse dualismo inscreve-se como «matéria»/«vácuo» com base na concepção da unidade fundamental: os átomos. Estes seriam indivisíveis e em si mesmos imutáveis, embora a alteração da sua posição relativa produzisse uma grande diversidade de fenómenos. Estes átomos difeririam em tamanho e em forma, e apresentariam uma constituição interna sólida e homogénea.
Leucippus de Miletus (?-480 BC) e o seu discípulo Democritus de Abdera (460-340 BC) são os pais reconhecidos do atomismo, uma explicação filosófica do mundo físico absolutamente inovadora, que, na linha sugerida por Heráclito, afirma que tudo flui na natureza mas que subjacente a esta mutabilidade há algo de eterno e de imutável: o átomo (a= prefixo de negação, tomo= divisão). Nesta explicação do mundo natural o calor, cor e sabor não são em si entidades mas meras consequências dos átomos que as formam. Para avaliarmos a inovação e arrojo desta visão, puramente empírica, da natureza, basta pensarmos que o calor foi considerado um fluído até meados do século XIX, o calórico de John Dalton (1766-1844), o pai do atomismo moderno.
Epicurus (341-270 BC) reformulou o atomismo de Leucippus e Democritus e o epicurismo, não muito popular entre os filósofos gregos, nomeadamente Aristóteles e Platão, que adoptaram os quatro elementos fundamentais de Empedokles, teve entre os romanos os seus principais seguidores, alguns tão influentes como o orador Cícero e o poeta Horácio. A insistência epicurista em causas materiais para todos os aspectos da natureza foi incompatível com a influência crescente do cristianismo e no século V o epicurismo já era uma filosofia marginal.
De facto, o cristianismo condenou primeiro e proibiu depois esta filosofia ateísta que, para além de refutar a transubstanciação do pão e do vinho, negava a intervenção de qualquer força, inteligência ou entidade divina nos processos naturais. Não havia intenção no movimento (aleatório) dos átomos, o que não implica que tudo o que acontece é um acaso, pois tudo é regido pelas inalteráveis leis da natureza. Os atomistas acreditavam que todos os fenómenos têm uma causa natural, ou seja, negavam o argumento teleológico.
Os movimentos espontâneos e aleatórios dos átomos para além de serem a origem do livre arbítrio explicam ainda as percepções sensoriais. De tudo o que existe emanam átomos que, ao chocarem com o corpo humano, tornam a realidade inteiramente apreensível pelos sentidos.
Epicurus propõe ainda que a alma é composta por átomos especiais, particularmente arredondados e lisos, os átomos da alma espalhados por todo o corpo. Quando alguém morre, os átomos de sua alma dispersam-se e eventualmente agregar-se-ão (devido aos movimentos aleatórios) noutra ou noutras almas, ou seja, o epicurismo afirmava a mortalidade da alma.
É impossível referir o epicurismo sem mencionar Lucrecius, o poeta romano e autor do épico filosófico De Rerum Natura (Da natureza das coisas), uma exposição exaustiva do epicurismo, que afirma os deuses como fabricação dos homens. Redescoberto no século XVII, o poema é a base intelectual de virtualmente todas as ciências modernas, da física (apresenta, entre outros, a lei da inércia, a relatividade, a universalidade das leis físicas, o movimento browniano, o som como onda de pressão no ar) à química (prevendo átomos e moléculas e que, por exemplo, o cheiro se deve à forma das moléculas que se ligariam a receptores no nariz) passando pela biologia, incluindo o evolucionismo (Lamarck, Herbert Spencer ou Darwin eram epicuristas), já que Epicurus foi o primeiro a propor a selecção natural e a evolução das espécies.
O símbolo do ateísmo, o modelo do átomo de Rutherford, poderá a um observador mais incauto parecer despropositado ou uma escolha casuística. Na realidade, a concepção atomista do Universo corresponde à primeira filosofia ateista de que há registo histórico e é indissociável dos movimentos intelectuais que culminaram no libertar da Humanidade do obscurantismo imposto pela religião. Durante séculos, esta teve a primazia da verdade, que afirmava ser global, inultrapassável e indispensável, tanto no que respeita à natureza como ao homem. O reafirmar do pensamento proscrito dos primeiros atomistas entrou em confito com a pretensão tridentina da verdade «científica» ditada por uma Igreja total e absolutamente incompetente na matéria, mas a longo prazo (e muitos processos e fogueiras inquisitoriais) permitiu à ciência uma autonomia de pensamento face à Igreja.
A constituição da matéria e a elaboração de teorias para explicar a natureza do mundo e as nossas relações com ele surgem na Antiguidade clássica a partir da análise do movimento. O movimento e a constante mutabilidade da matéria constituem a questão central que irá orientar a filosofia grega; isto é, o movimento levanta o problema da continuidade da matéria, ou seja, como conceber que exista uma identidade entre o momento anterior e o posterior?
Era necessário, portanto, algo que permanecesse imutável no processo de transformação. Esse algo foi originalmente concebido através da redução da multiplicidade a uma unidade fundamental, identificada com um elemento da natureza, a matéria básica para a formação dos demais materiais, e na qual todos se reduziriam. Esse elemento primordial, ou "princípio" (arqué), assumiria a forma de uma substância concreta, sendo identificado com a água (Thales 640-546 A.C.), depois o ar (Anaximenes 560-500 A.C.), o fogo (Herakleitos 536-470 A.C.) e a terra (Xenophanes).
Mais tarde, Empedokles (490-430 A.C.) identificou as quatro substâncias supracitadas - água, ar, terra e fogo - como os elementos fundamentais a partir das quais tudo seria formado.
Por volta de 475 BC, Parmenides no seu poema filosófico On Nature esboçava os rudimentos do que seria explorado dentro de poucos anos pelos primeiros atomistas:
«Considerem quão semelhante é um fogo de outro fogo.
Mas reparem quão opostas em natureza são todas as noites escuras do fogo.»
Parmenides afirma que, não obstante diferentes aparências, tudo é formado do mesmo ser, solitário, nunca criado e eterno, aquele que é «sem princípio e sem fim». Parmenides não especula sobre a natureza do «ser eterno» mas fornece dois dados fundamentais que as teorias atomistas retomam: todos os objectos do mundo físico são constituídos por uma substância elusiva e constante, que não é criada e nunca acaba, devendo-se as diferenças entre objectos a diferentes configurações dessa substância.
átomos de EpicurusAo conciliar a concepção da permanência e da unidade, em aparente contradição com as evidências de mudança e de diversidade observadas, fundamenta-se então a unidade da matéria e a sua conservação. Mas até aqui a dualidade foi expressa em termos do móvel em oposição ao imóvel. A partir de Democritus e especialmente de Epicurus esse dualismo inscreve-se como «matéria»/«vácuo» com base na concepção da unidade fundamental: os átomos. Estes seriam indivisíveis e em si mesmos imutáveis, embora a alteração da sua posição relativa produzisse uma grande diversidade de fenómenos. Estes átomos difeririam em tamanho e em forma, e apresentariam uma constituição interna sólida e homogénea.
Leucippus de Miletus (?-480 BC) e o seu discípulo Democritus de Abdera (460-340 BC) são os pais reconhecidos do atomismo, uma explicação filosófica do mundo físico absolutamente inovadora, que, na linha sugerida por Heráclito, afirma que tudo flui na natureza mas que subjacente a esta mutabilidade há algo de eterno e de imutável: o átomo (a= prefixo de negação, tomo= divisão). Nesta explicação do mundo natural o calor, cor e sabor não são em si entidades mas meras consequências dos átomos que as formam. Para avaliarmos a inovação e arrojo desta visão, puramente empírica, da natureza, basta pensarmos que o calor foi considerado um fluído até meados do século XIX, o calórico de John Dalton (1766-1844), o pai do atomismo moderno.
Epicurus (341-270 BC) reformulou o atomismo de Leucippus e Democritus e o epicurismo, não muito popular entre os filósofos gregos, nomeadamente Aristóteles e Platão, que adoptaram os quatro elementos fundamentais de Empedokles, teve entre os romanos os seus principais seguidores, alguns tão influentes como o orador Cícero e o poeta Horácio. A insistência epicurista em causas materiais para todos os aspectos da natureza foi incompatível com a influência crescente do cristianismo e no século V o epicurismo já era uma filosofia marginal.
De facto, o cristianismo condenou primeiro e proibiu depois esta filosofia ateísta que, para além de refutar a transubstanciação do pão e do vinho, negava a intervenção de qualquer força, inteligência ou entidade divina nos processos naturais. Não havia intenção no movimento (aleatório) dos átomos, o que não implica que tudo o que acontece é um acaso, pois tudo é regido pelas inalteráveis leis da natureza. Os atomistas acreditavam que todos os fenómenos têm uma causa natural, ou seja, negavam o argumento teleológico.
Os movimentos espontâneos e aleatórios dos átomos para além de serem a origem do livre arbítrio explicam ainda as percepções sensoriais. De tudo o que existe emanam átomos que, ao chocarem com o corpo humano, tornam a realidade inteiramente apreensível pelos sentidos.
Epicurus propõe ainda que a alma é composta por átomos especiais, particularmente arredondados e lisos, os átomos da alma espalhados por todo o corpo. Quando alguém morre, os átomos de sua alma dispersam-se e eventualmente agregar-se-ão (devido aos movimentos aleatórios) noutra ou noutras almas, ou seja, o epicurismo afirmava a mortalidade da alma.
É impossível referir o epicurismo sem mencionar Lucrecius, o poeta romano e autor do épico filosófico De Rerum Natura (Da natureza das coisas), uma exposição exaustiva do epicurismo, que afirma os deuses como fabricação dos homens. Redescoberto no século XVII, o poema é a base intelectual de virtualmente todas as ciências modernas, da física (apresenta, entre outros, a lei da inércia, a relatividade, a universalidade das leis físicas, o movimento browniano, o som como onda de pressão no ar) à química (prevendo átomos e moléculas e que, por exemplo, o cheiro se deve à forma das moléculas que se ligariam a receptores no nariz) passando pela biologia, incluindo o evolucionismo (Lamarck, Herbert Spencer ou Darwin eram epicuristas), já que Epicurus foi o primeiro a propor a selecção natural e a evolução das espécies.
Palmira F. da Silva
A construção ateísta!
A construção do estado ateísta
“Era uma vez um casal de ateus que tinha uma filha de seis anos. Um dia, durante uma briga,
o marido matou a mulher e depois se matou com um tiro na cabeça, tudo na frente da criança...”
o marido matou a mulher e depois se matou com um tiro na cabeça, tudo na frente da criança...”
Não importa como continua a história. Nós, ateus, conhecemos a sua moral. Fomos criados sob esses preconceitos. A maior parte de nós não nasceu ateísta nem teve pais ateus, ao contrário da infeliz historinha acima. Nascemos na maior nação cristã do mundo, somos batizados e sabemos o pai-nosso (com minúscula mesmo) de cor.
A moral cristã é impiedosa com os ateus. Nossa imagem não goza de status social e, invariavelmente, somos considerados estranhos e pecaminosos. É a nossa herança. Revoltadas, legiões de ateus se formam para proclamar sua aversão aos preceitos cristãos e da Igreja. O que é isso? Guerra?
A crença no além está enraizada na sociedade. Não podemos odiar aqueles que crêem. Estaremos odiando nossos pais e irmãos. “Mas como vamos combater esse preconceito com a nossa filosofia?” perguntarão alguns. Não vamos. Em vez disso, vamos encarar o problema de frente e mostrar a eles que nossa filosofia é, antes de tudo, baseada na humildade.
É difícil ser ateu. Encaramos a morte com olhos aterrorizados. A despeito de todos saberem que ela é inevitável, nós a encaramos como o fim de tudo. Não esperamos nada do além-túmulo. Não estamos indo ao encontro a deus ou a eternidade. Quando nos apaixonamos, não esperamos viver no paraíso ao lado de nossas esposas ou maridos. Tornar-se-á célebre a frase de Ann Druyan, viúva de Carl Sagan, um dos ateus mais respeitáveis dessa geração, ao falar da despedida do marido, no leito de morte: “Nenhum apelo a Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós-morte, nenhuma pretensão que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo adeus para sempre.” São palavras terríveis, mas sabemos que são verdade. Sabemos. A consciência ateísta, quando surge, nos eleva a uma percepção única. Passamos a enxergar a vida como a areia da ampulheta, que escorre inexoravelmente pela fenda. Não importa o quão correta tenha sido sua vida, no fim, a morte reina absoluta.
“Pessimista!”, gritam alguns frente a estas verdades. Já estamos acostumados. Somos ateus, percebemos nossa limitação. Somos feitos de carne e osso. Dúvidas quanto a isso? Cientistas já decifraram o código genético, não temos mais segredos. Até agora, nem sinal de um espírito. Estamos vazios.
Ora, retire do cristão a promessa da vida eterna. De que adiantaria, então, seguir os passos do Senhor? A religião está impregnada da relação oferta-procura: “Eu sou bonzinho, o Senhor me dá a vida eterna. Sou humilde, por isso viverei para sempre”. Se a promessa da vida eterna fosse arrancada do Homem, este se revoltaria contra deus. Viveríamos num universo burlesco e trágico, onde os crentes tornar-se-iam os ateus da historinha acima. Ainda assim, é difícil afirmar que a crença em Deus está associada à ignorância. Conheço pessoas bastante inteligentes de todas as religiões. A questão é mais profunda do que isso. Está ligada ao resto de instinto de sobrevivência que temos.
Nossos ancestrais hominídeos eram caçados por animais maiores. Quase sempre, a morte era sangrenta e violenta. Desenvolvemos um medo natural por ela. Tínhamos medo de muitas coisas. Tínhamos medo da escuridão quando o Sol morria no horizonte ou quando as montanhas rugiam, soltando fumaça. Divinizamos aqueles fenômenos, não podíamos explicá-los, pois éramos pouco mais que macacos enormes e desengonçados, aprendendo a explorar suas potencialidades. Chorávamos quando tínhamos que abandonar um membro doente na migração do inverno ou quando nossos velhos eram expulsos da aldeia por não servirem mais ao trabalho. Não havia enterros e, talvez, nem piedade.
Estabelecemos morada para os deuses no alto das montanhas e no fundo do mar. Quando subimos ao cume das montanhas e cruzamos o oceano em toscos barcos de junco, empurramos os deuses para outras esferas. Nossos aviões nunca atropelaram um anjo, nunca encontramos um par de chifres enterrados no quintal de casa. Arrebatados para o “céu” ou o inferno, os deuses nunca mais foram acessíveis. Hoje, são vistos apenas em igrejas, por um número seletíssimo de escolhidos que têm a sorte de ver, mas nunca a chance de registrar.
Com o surgimento da tecnologia, tornaram-se fontes de luz ou sombras, receberam explicações espirituais complicadas e teorias esotéricas profundas e claras como um bueiro. Não precisamos disso. A humanidade tem criado seus pesadelos, mas também tem realizado sonhos sociais, materiais, divinos. Cientistas, no século XX, fizeram mais pela Humanidade (esta sim, com maiúscula) que deus fez em toda sua história. Empurramos a presença de deus cada vez mais para o fundo do poço. Não rezamos mais para curar as doenças. O papel de deus diminui a olhos vistos. Aprendemos a creditar nossos problemas à nossa incompetência ou ignorância, já não existem demônios a assombrar nossos feitos.
Essa é a verdadeira essência da humildade. Sabermos nosso papel na história do desenvolvimento humano, a consciência do fim cada vez mais próximo. A semelhança entre o Homem e o peixinho que ele cria no aquário é de 98% em ordem genética. Não há divindade no nosso nascimento, não há milagres no cotidiano.
A revelação da humildade chega ao ateu quando este encara, pela primeira vez, a inigualável sensação de livrar-se da culpa da religião, do pecado natural. Não precisamos de religião para aprender a humildade. Quando encaramos nossas limitações, ela surge naturalmente. Ficamos assombrados pela nossa ignorância e pela impotência frente a todo conhecimento. Aprendemos que até o matuto tem a nos ensinar.
Talvez a religião ainda seja um mal necessário. Quando deixarmos de ser julgados pelos crentes, talvez possamos expor nossas idéias com clareza. Neste dia, a humildade poderá florescer entre os homens, fundamentada em princípios humanos, e não em fantasias envolvendo deuses e demônios. Será um tempo, então, onde todos poderão considerar-se irmãos, pois ninguém esperará mais da vida do que seu semelhante.
A moral cristã é impiedosa com os ateus. Nossa imagem não goza de status social e, invariavelmente, somos considerados estranhos e pecaminosos. É a nossa herança. Revoltadas, legiões de ateus se formam para proclamar sua aversão aos preceitos cristãos e da Igreja. O que é isso? Guerra?
A crença no além está enraizada na sociedade. Não podemos odiar aqueles que crêem. Estaremos odiando nossos pais e irmãos. “Mas como vamos combater esse preconceito com a nossa filosofia?” perguntarão alguns. Não vamos. Em vez disso, vamos encarar o problema de frente e mostrar a eles que nossa filosofia é, antes de tudo, baseada na humildade.
É difícil ser ateu. Encaramos a morte com olhos aterrorizados. A despeito de todos saberem que ela é inevitável, nós a encaramos como o fim de tudo. Não esperamos nada do além-túmulo. Não estamos indo ao encontro a deus ou a eternidade. Quando nos apaixonamos, não esperamos viver no paraíso ao lado de nossas esposas ou maridos. Tornar-se-á célebre a frase de Ann Druyan, viúva de Carl Sagan, um dos ateus mais respeitáveis dessa geração, ao falar da despedida do marido, no leito de morte: “Nenhum apelo a Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós-morte, nenhuma pretensão que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo adeus para sempre.” São palavras terríveis, mas sabemos que são verdade. Sabemos. A consciência ateísta, quando surge, nos eleva a uma percepção única. Passamos a enxergar a vida como a areia da ampulheta, que escorre inexoravelmente pela fenda. Não importa o quão correta tenha sido sua vida, no fim, a morte reina absoluta.
“Pessimista!”, gritam alguns frente a estas verdades. Já estamos acostumados. Somos ateus, percebemos nossa limitação. Somos feitos de carne e osso. Dúvidas quanto a isso? Cientistas já decifraram o código genético, não temos mais segredos. Até agora, nem sinal de um espírito. Estamos vazios.
Ora, retire do cristão a promessa da vida eterna. De que adiantaria, então, seguir os passos do Senhor? A religião está impregnada da relação oferta-procura: “Eu sou bonzinho, o Senhor me dá a vida eterna. Sou humilde, por isso viverei para sempre”. Se a promessa da vida eterna fosse arrancada do Homem, este se revoltaria contra deus. Viveríamos num universo burlesco e trágico, onde os crentes tornar-se-iam os ateus da historinha acima. Ainda assim, é difícil afirmar que a crença em Deus está associada à ignorância. Conheço pessoas bastante inteligentes de todas as religiões. A questão é mais profunda do que isso. Está ligada ao resto de instinto de sobrevivência que temos.
Nossos ancestrais hominídeos eram caçados por animais maiores. Quase sempre, a morte era sangrenta e violenta. Desenvolvemos um medo natural por ela. Tínhamos medo de muitas coisas. Tínhamos medo da escuridão quando o Sol morria no horizonte ou quando as montanhas rugiam, soltando fumaça. Divinizamos aqueles fenômenos, não podíamos explicá-los, pois éramos pouco mais que macacos enormes e desengonçados, aprendendo a explorar suas potencialidades. Chorávamos quando tínhamos que abandonar um membro doente na migração do inverno ou quando nossos velhos eram expulsos da aldeia por não servirem mais ao trabalho. Não havia enterros e, talvez, nem piedade.
Estabelecemos morada para os deuses no alto das montanhas e no fundo do mar. Quando subimos ao cume das montanhas e cruzamos o oceano em toscos barcos de junco, empurramos os deuses para outras esferas. Nossos aviões nunca atropelaram um anjo, nunca encontramos um par de chifres enterrados no quintal de casa. Arrebatados para o “céu” ou o inferno, os deuses nunca mais foram acessíveis. Hoje, são vistos apenas em igrejas, por um número seletíssimo de escolhidos que têm a sorte de ver, mas nunca a chance de registrar.
Com o surgimento da tecnologia, tornaram-se fontes de luz ou sombras, receberam explicações espirituais complicadas e teorias esotéricas profundas e claras como um bueiro. Não precisamos disso. A humanidade tem criado seus pesadelos, mas também tem realizado sonhos sociais, materiais, divinos. Cientistas, no século XX, fizeram mais pela Humanidade (esta sim, com maiúscula) que deus fez em toda sua história. Empurramos a presença de deus cada vez mais para o fundo do poço. Não rezamos mais para curar as doenças. O papel de deus diminui a olhos vistos. Aprendemos a creditar nossos problemas à nossa incompetência ou ignorância, já não existem demônios a assombrar nossos feitos.
Essa é a verdadeira essência da humildade. Sabermos nosso papel na história do desenvolvimento humano, a consciência do fim cada vez mais próximo. A semelhança entre o Homem e o peixinho que ele cria no aquário é de 98% em ordem genética. Não há divindade no nosso nascimento, não há milagres no cotidiano.
A revelação da humildade chega ao ateu quando este encara, pela primeira vez, a inigualável sensação de livrar-se da culpa da religião, do pecado natural. Não precisamos de religião para aprender a humildade. Quando encaramos nossas limitações, ela surge naturalmente. Ficamos assombrados pela nossa ignorância e pela impotência frente a todo conhecimento. Aprendemos que até o matuto tem a nos ensinar.
Talvez a religião ainda seja um mal necessário. Quando deixarmos de ser julgados pelos crentes, talvez possamos expor nossas idéias com clareza. Neste dia, a humildade poderá florescer entre os homens, fundamentada em princípios humanos, e não em fantasias envolvendo deuses e demônios. Será um tempo, então, onde todos poderão considerar-se irmãos, pois ninguém esperará mais da vida do que seu semelhante.
Marx e o ateísmo !
Ateísmo marxista
O MATERIALISMO DE MARX
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
* Professor no Seminário de Mariana - MG
Arquidiocese de Mariana
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Muitos, ainda hoje, defendem o marxismo, o qual é essencialmente ateu. Toma-se, por vezes, ateu como sinônimo de marxista ou vice-versa. Todo marxista é ateu, mas nem todo ateu é marxista. Por isto os demais ateus, que se opõem, política e socialmente aos adeptos de Marx, até renunciam, em certas circunstâncias, a agressividade com relação à religião. Chegam mesmo a transigir com ela, na esperança de terem um aliado na oposição aos marxistas. Além disto, o marxismo não se contentou em litigar contra as religiões. Ele sempre quis exercer na vida pública e individual o papel tirado às Igrejas. É precisamente sua constituição atéia que explica a virulência inata ao ateísmo do marxismo comunista.
Este julga-se depositário da exclusiva e total verdade. Torna-se, assim, um ferrenho opositor a qualquer tipo de teologia. Donde o ateísmo não lhe ter um caráter acidental e contingente. Ele se insere numa visão geral do cosmo. Deus é positivamente banido. Há uma incompatibilidade filosófica e psicológica entre esta ideologia e um Criador. Nunca se conseguiu, apesar das ingênuas tentativas de muitos, a conciliação entre marxismo e o sobrenatural. A Teologia da Libertação que se alicerçava em princípios marxistas foi condenada pelos papa exatamente por isto. Desde 1841, Karl Marx fez profissão do mais indecomponível ateísmo. “Eu tenho ódio a todos os deuses!”, exclamava ele, antes de descobrir sua vocação de reformador da sociedade. Reconhecia uma deidade: a “consciência humana”.
A recusa ao cristianismo em Marx, como em Freud, se faz em nome da consciência, mas há um repúdio passional neste modo de ser. Interessantes as reações de ambos. Um e outro, judeu no seio do mundo que se diz cristão, mas no qual se sabe e se percebe estrangeiro. Marx humilhado pela conversão oportunista de seu pai, também judeu, para o luteranismo, por uma reação íntima, se identifica com a superestrutura tendenciosa de certas evoluções econômicas. Esperava, pois, que abolindo o capitalismo, a revolução proletária traria simultaneamente um golpe de morte ao cristianismo. O ateísmo marxista, progressivamente, de modo mais explícito, tomará uma feição partidária e se pretenderá dotado de um arcabouço perfeito. Marx é seguidor de Hegel, Strauss, Bauer e, sobretudo, de Feuerbach. Neste ele haure o leit motiv de seu humanismo.
Estes pensadores o ajudarão a motivar e a formular racionalmente sua revolta contra os deuses, mormente, contra o Deus bíblico. Indignação, cujas raízes se ocultam além do subconsciente do filho de um judeu liberal, que se fez cristão por conveniência na convicção falaciosa de se arrancar, assim, à condição de judeu. As circunstâncias históricas e sociais, além disto, são a explicação do surto ateu, principalmente, de Feuerbach. A Prússia, depois das guerras napoleônicas, nos mostra uma conjuntura na qual as elites suportavam dificilmente o que consideravam obscurantismo da contra-revolução e, conseqüentemente, exaltando a Revolução Francesa, símbolo da liberdade e das luzes.
Dado que os tiranos se reclamavam o “direito divino”, é todo o divino que era mister abater para livrar o homem da tirania. Libertar o homem de Deus, que é uma criação ilusória do espírito humano, seria o novo objetivo da humanidade. Feuerbach é o primeiro a usar a expressão que se difundiria rapidamente: “alienação religiosa”. Esta fizera surgir o Deus cristão e os outros deuses. Agora, o homem estava, segundo ele, adulto para colocar fim à transferência e recuperar a totalidade de seu ser.
São estes aspectos que precisam ser firmados para que ingenuamente não caiam nas ciladas materialistas destes autores.
Este julga-se depositário da exclusiva e total verdade. Torna-se, assim, um ferrenho opositor a qualquer tipo de teologia. Donde o ateísmo não lhe ter um caráter acidental e contingente. Ele se insere numa visão geral do cosmo. Deus é positivamente banido. Há uma incompatibilidade filosófica e psicológica entre esta ideologia e um Criador. Nunca se conseguiu, apesar das ingênuas tentativas de muitos, a conciliação entre marxismo e o sobrenatural. A Teologia da Libertação que se alicerçava em princípios marxistas foi condenada pelos papa exatamente por isto. Desde 1841, Karl Marx fez profissão do mais indecomponível ateísmo. “Eu tenho ódio a todos os deuses!”, exclamava ele, antes de descobrir sua vocação de reformador da sociedade. Reconhecia uma deidade: a “consciência humana”.
A recusa ao cristianismo em Marx, como em Freud, se faz em nome da consciência, mas há um repúdio passional neste modo de ser. Interessantes as reações de ambos. Um e outro, judeu no seio do mundo que se diz cristão, mas no qual se sabe e se percebe estrangeiro. Marx humilhado pela conversão oportunista de seu pai, também judeu, para o luteranismo, por uma reação íntima, se identifica com a superestrutura tendenciosa de certas evoluções econômicas. Esperava, pois, que abolindo o capitalismo, a revolução proletária traria simultaneamente um golpe de morte ao cristianismo. O ateísmo marxista, progressivamente, de modo mais explícito, tomará uma feição partidária e se pretenderá dotado de um arcabouço perfeito. Marx é seguidor de Hegel, Strauss, Bauer e, sobretudo, de Feuerbach. Neste ele haure o leit motiv de seu humanismo.
Estes pensadores o ajudarão a motivar e a formular racionalmente sua revolta contra os deuses, mormente, contra o Deus bíblico. Indignação, cujas raízes se ocultam além do subconsciente do filho de um judeu liberal, que se fez cristão por conveniência na convicção falaciosa de se arrancar, assim, à condição de judeu. As circunstâncias históricas e sociais, além disto, são a explicação do surto ateu, principalmente, de Feuerbach. A Prússia, depois das guerras napoleônicas, nos mostra uma conjuntura na qual as elites suportavam dificilmente o que consideravam obscurantismo da contra-revolução e, conseqüentemente, exaltando a Revolução Francesa, símbolo da liberdade e das luzes.
Dado que os tiranos se reclamavam o “direito divino”, é todo o divino que era mister abater para livrar o homem da tirania. Libertar o homem de Deus, que é uma criação ilusória do espírito humano, seria o novo objetivo da humanidade. Feuerbach é o primeiro a usar a expressão que se difundiria rapidamente: “alienação religiosa”. Esta fizera surgir o Deus cristão e os outros deuses. Agora, o homem estava, segundo ele, adulto para colocar fim à transferência e recuperar a totalidade de seu ser.
São estes aspectos que precisam ser firmados para que ingenuamente não caiam nas ciladas materialistas destes autores.
* Professor no Seminário de Mariana - MG
Arquidiocese de Mariana
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