quinta-feira, 15 de março de 2012

A grama do vizinho é natural ou sintética?

Com vocês os nossos vizinhos os paraguaios!!!






Paraguai convoca embaixadora dos
EUA, após revelação no WikiLeaks

Informações sobre telegramas diplomáticos americanos contêm dados referentes

O governo do Paraguai disse nesta segunda-feira (29) que convidou a embaixadora dos EUA para uma reunião para obter informações sobre telegramas diplomáticos de Washington, revelados pelo site WikiLeaks, que contêm dados referentes ao Paraguai.
Veja os principais pontos mais polêmicos dos documentos
O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Héctor Lacognata, disse a jornalistas que, se as informações se confirmarem, será uma intromissão em assuntos internos de outro país e um fato grave.
- Se for confirmado, será um fato que poderá ser considerado grave. Mas estamos falando de suposições, e precisamos avançar na investigação e falar com os principais envolvidos. É uma questão delicada, que requer prudência.
Órgãos da imprensa local disseram, citando dados do site de vazamento de dados classificados WikiLeaks, que os EUA investigaram um possível apoio financeiro do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao presidente paraguaio, Fernando Lugo, durante a campanha que levou Lugo ao governo em 2008, além de pedir informações sobre candidatos presidenciais.
Os EUA também teriam pedido à sua embaixada em Assunção que investigasse a eventual presença de grupos terroristas islâmicos na região da Tríplice Fronteira, no leste do país, entre Paraguai, Brasil e Argentina.
Casa Branca condena vazamento
A Casa Branca condenou neste domingo (28) o vazamento de documentos secretos da diplomacia dos Estados Unidos, chamando a ação de "negligente e perigosa”. O Pentágono - que representa o Departamento de Defesa americano - anunciou que já tomou medidas para evitar que a "divulgação ilegal" de arquivos volte a ocorrer.
O Reino Unido já havia se posicionado antes mesmo da publicação dos documentos, ao afirmar que as informações contidas nesse material "podem colocar vidas em risco".
A divulgação de cerca de 250 mil documentos confidenciais foi promovida pelo site WikiLeaks, uma organização dedicada a expor os segredos oficiais, conduzida supostamente por um ex-analista de inteligência que explorou uma brecha de segurança.
Jornais como o espanhol El País, o inglês The Guardian, o americano The New York Times, o francês Le Monde, além da revista alemã Der Spiegel, expuseram em suas manchetes dados sobre as relações dos Estados Unidos com outros países

WikiLeaks: Ex-ministra do Paraguai queria que EUA se opusessem “à ambição brasileira”

Além da Colômbia que, conforme revelou despacho de 2004 vazado pelo Wikileaks, reclamou com os Estados Unidos sobre um suposto “imperialismo brasileiro” na América do Sul, a ex-ministra de Relações Exteriores do Paraguai, Leila Rachid, foi outra autoridade que buscou auxílio da diplomacia norte-americana contra a política externa brasileira, em uma reunião com o embaixador dos EUA em Assunção, em 21 de abril de 2005.
Leila Rachid foi chanceler entre 2003 e 2006, durante o governo do colorado Nicanor Duarte Frutos. Duarte foi o último presidente do Partido Conservador, que dominou a política paraguaia por seis décadas, até a vitória eleitoral do progressista Fernando Lugo, em 2008. Considerado um aliado próximo dos EUA, o paraguaio chegou a permitir a presença de tropas norte-americanas no país até 2006, como parte de um acordo de cooperação militar com os EUA.
Na época da reunião descrita no documento, o Paraguai estava atuando como presidente do Mercosul, e por isso havia emitido um comunicado conclamando o Equador a “preservar a democracia” diante do caos. No dia 20 de abril, o presidente equatoriano Lucio Gutierrez fora destituído pelo Congresso após ter perdido o apoio das Forças Armadas em meio a protestos populares.
O comunicado do Mercosul evocava as diretrizes da recém-criada Comunidade Sul-Americana de Nações (que depois se tornaria a atual Unasul – União de Nações Sul-Americanas). Segundo disse Leila Rachid ao embaixador norte-americano, a observação foi resultado da insistência do ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, que preferiu a Unasul em vez da Carta Democrática Interamericana.
Ela explicou que se opôs à ideia porque a Comunidade Sul-Americana de Nações “é meramente um brilhozinho nos olhos a essa altura; foi anunciada como uma proposta no ano passado, mas falta estrutura, um conjunto de princípios acordados pelos membros e outras características normais de ‘institucionalização’”. Segundo o despacho, Amorim teria dito que citar a carta Interamericana seria um convite aos EUA para “interferir” em questões regionais, que, para o Brasil, deveriam ser cuidadas apenas pelos países sul-americanos.
O documento prossegue: “Ela fez um comentário pessoal [dizendo] que Amorim está empurrando uma agenda para minimizar a influência dos EUA na América do Sul e afirmar o domínio brasileiro, uma direção que ela se opõe fortemente porque se traduz em controle irrestrito do Brasil sobre o destino do Paraguai”, diz o despacho.
Um mês depois, em 13 de maio, Leila seria ainda mais explícita. Ela compareceu a outra reunião com o embaixador norte-americano John F. Keane para tratar do congresso ministerial da OEA (Organização dos Estados Americanos) e a possibilidade de assinar o Artigo 98 – segundo o qual o Paraguai se comprometeria a não extraditar cidadãos norte-americanos ao Tribunal Penal Internacional.
Nessa reunião, Rachid não poderia ser mais clara: pediu um encontro com a secretária de Estado Condolezza Rice sobre a atitude comercial brasileira e a política externa. “Ela reclamou que o Brasil havia cortado cotas de exportações paraguaias”, relata o documento. “Ela também estava preocupada com a ambição brasileira de se tornar a maior liderança política na região e instou que os EUA se afirmassem para se opor ao Brasil”.

WikiLeaks: Paraguai e Panamá pedem ajuda aos EUA para grampos

Novos documentos "secretos" dos Estados Unidos vazaram do site WikiLeaks e foram divulgados pelo jornal "New York Times", neste domingo. A informação revelada sugere que governos pressionaram a agência antidrogas americana para interceptarem ligações telefônicas, até mesmo de concorrentes políticos.

Os governos do Panamá e do Paraguai foram citados no documento. Segundo o WikiLeaks, o presidente do Panamá teria enviado uma mensagem através do celular para a embaixadora americana no país pedindo "ajuda para grampear telefones", no ano passado.

Para esclarecer o pedido do presidente, o governo panamenho disse, em nota, que o fato foi mal interpretado.

"O pedido de ajuda era para a luta contra o crime, o tráfico de drogas e o crime organizado". E ainda: "Nunca pedimos ajuda para grampear políticos", revelou o comunicado.
Sobre o Paraguai, a agência antidrogas teria resistido a supostos pedidos do governo do país para espionar o grupo guerrilheiro EPP (Exército do Povo Paraguaio), que é apontado com autor de assassinatos e sequestros no Paraguai.

Com a recusa, o ministro do Interior paraguaio chegou a ameaçar fechar a suspender as operações da agência no país. Um telegrama revelou que os diplomatas acabaram concordando em liberar os grampos para investigar os crimes do grupo, já que não tinham "outra opção viável".

Brasil deu US$ 1,7 milhão para Paraguai treinar
militares e reparar veículos, revela WikiLeaks

Dinheiro teria sido doado para que o vizinho atuasse no Haiti; governo brasileiro nega

O Ministério da Defesa brasileiro desembolsou em 2004 US$ 1,7 milhão (R$ 2,6 milhões, na cotação atual) para que o Paraguai passasse a integrar as forças de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, lideradas pelo Brasil. A revelação foi feita em um documento obtido pelo site WikiLeaks e divulgado pela agência Pública de jornalismo investigativo.
Segundo o documento, elaborado pela embaixada americana em Assunção, “os fundos são destinados a reparar 40 veículos armados, fornecer equipamentos de apoio e treinamento para um pelotão de paz paraguaio, que atuará juntamente com o contingente brasileiro” no Haiti.
Desse total, revela o documento, US$ 1 milhão (1,55 milhão na cotação atual) seriam destinados a reparar veículos que permaneceriam no Paraguai. O restante, seria usado para a aquisição de equipamentos e treinamento das tropas paraguaias.
Ao todo, continua o despacho diplomático, o Paraguai enviaria cinco oficiais e 25 militares. O Brasil, a princípio, queria que os paraguaios fossem treinados em Campo Grande (MS), mas depois concordou em enviar seu pessoal para treiná-los no país vizinho.
Procurado pelo R7, o Ministério da Defesa brasileiro disse que não confirma a informação. Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministério afirma que o Brasil repassa um total de R$ 120 mil por ano para custear a participação do contingente paraguaio no Haiti.
Esse dinheiro, continua o ministério, vem sendo empregado desde 2007 e chega aos paraguaios via Embaixada do Brasil em Assunção, por meio do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores).
Para fazer paraguaios felizes”
O documento afirma também que, segundo uma fonte militar cujo nome foi protegido, o Brasil decidiu pelo apoio financeiro “porque políticos do Paraguai aumentaram as queixas relacionadas ao Mercosul e à usina de Itaipu”.
O diplomata americano responsável pelo despacho afirma na nota que, “sempre que o Paraguai reclama e/ou ameaça deixar os acordos do Mercosul e da usina de Itaipu, o Brasil rotineiramente oferece aos paraguaios alguns financiamentos para outros programas para fazer os paraguaios felizes”.
A fonte militar paraguaia disse ao diplomata americano ter ficado sabendo “verbalmente” da ajuda brasileira, mas que ele não viu nenhum documento que confirme esse apoio financeiro.
O WikiLeaks ficou mundialmente famoso por revelar milhares de documentos secretos da diplomacia americana. Seu criador, Julian Assange, está atualmente em prisão domiciliar na Inglaterra, acusado de estupro de duas mulheres na Suécia, que pede a sua extradição.
Muitos, no entanto, veem na prisão de Assange um complô para calar o criador do polêmico site. Assange nega as acusações.


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