Joaquim e o Congresso
Por Luiz Sérgio Silveira Costa
As suas excelências congressistas ficaram amuadas e reagiram, com deselegância, às palavras do ministro Joaquim Barbosa, criticando o Legislativo brasileiro. Disse apenas a verdade, o que todos dizemos nas colunas de leitores nos jornais e revistas, ou nas conversas familiares e entre amigos.
O Congresso e os políticos brasileiros são uma vergonha! A grande maioria está respondendo a algum processo na Justiça; coloca seus interesses muito à frente das necessidades do país; há um abaixo-assinado de milhões de brasileiros para que o notório presidente do Senado saia, e nada acontece.
Não passa um dia em que não apareça um escândalo: são os atos secretos, senador suplente sem voto, dinheiro nas cuecas, aloprados, sanguessugas, mensaleiros, funcionários fantasmas, a farra das passagens aéreas, voto secreto, 20 mil funcionários com salários nababescos, especialmente os garçons, verbas indenizatórias e de gabinete, plano de saúde vitalício para senadores, ex-senadores e seus familiares, mesmo que tenham exercido o cargo por poucos dias; João Paulo Cunha e José Genoino, condenados na Justiça, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; pagamento de horas extras não trabalhadas a funcionários; partidos de aluguel, uso de verbas de representação em despesas pessoais; trabalho só em meia semana, aposentadorias por invalidez de quem continua a trabalhar, as PECs da discórdia...
Houvesse um plebiscito, o Congresso fecharia. É a prova de que o ministro Joaquim está coberto de razões. Mas não disse nada que não se saiba.
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante Reformado.
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