sábado, 18 de maio de 2013

Barbarie e Civilização


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Maria Lucia Victor Barbosa

O brutal atentado de 11 de setembro, de 2001, expôs uma das faces mais temidas da violência globalizada: o terror. E assim, ao susto e à dor provocados pelo ataque às torres do World Trade Center e ao prédio do Pentágono seguiram-se o medo e a insegurança do povo norte-americano, justamente os dois sentimentos sobre os quais o terror lança seus tentáculos para produzir a dominação de determinados grupos ou de todo um povo.

Viver com medo é tornar-se escravo e foi esta escravidão psicológica que Osama Bin Laden, misto de fanático e psicopata prometeu aos Estados Unidos depois de ter assumido a autoria dos atentados.

Bin Laden já foi despachado deste mundo pela ação espetacular dos Estados Unidos sob o comando do presidente Barack Obama, mas de certo modo sua figura sinistra paira sobre intenções hediondas onde se misturam perigosamente religião e ideologia da dominação.

Lembremo-nos que terror significa a espera de um inimigo sem face, que ataca sem se fazer anunciar e em lugares inesperados e, assim, outras tentativas de morticínio indiscriminado foram feitas.  No Natal de 2009, um nigeriano convertido ao islamismo radical tentou explodir um avião que ia para Detroit, Felizmente o explosivo falhou. Em maio, de 2010, a polícia impediu que um carro-bomba, armado por um paquistanês treinado no terrorismo, causasse tremendo estrago seguido de mortes em Time Square, no coração de Nova York.

Infelizmente, no dia 15 deste abril, em Boston, durante a maratona que sempre ocorre no Dia do Patriota, bombas explodiram matando duas jovens, uma chinesa, uma norte-americana e um menino norte-americano de apenas oito anos, mutilando pessoas que perderam pernas e braços.

O atendimento às vitimas foi rápido e eficiente através de médicos, enfermeiros e ambulâncias, coisa que dificilmente aconteceria no Brasil, como foi célere a identificação dos autores do brutal atentado. Eram eles os irmãos de origem chechena, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, morto em tiroteio com a polícia e Dzhokhar Tsarnaev, 19 anos, capturado e hospitalizado com ferimentos dos quais já está se recuperando.

Os irmãos foram cooptados, e aqui me permito usar expressão de Gilles Lapouge, pela “quintessência do islamismo mais enlouquecido”, que faz a cabeça de jovens em qualquer parte do mundo os convertendo em terroristas cuja missão é destruir o “Grande Satã Branco”. Note-se que Dzhokhar afirmou que “ele e o irmão foram motivados pelas guerras no Iraque e no Afeganistão e por crenças religiosas que deveriam abraçar numa guerra santa contra os Estados Unidos”. (Folha de S. Paulo, 24/04/2012).

Como os terroristas e sua família emigraram para os Estados Unidos passando a usufruir de todos os benefícios da maior democracia mundial, há de se convir que como eles outros bárbaros estão intramuros e pretendem minar por dentro a civilização ocidental, cuja maior expressão é o país norte-americano.
Certamente, como em setembro de 2001, quando a esquerda brasileira se regozijou com o brutal atentado às torres gêmeas e ao Pentágono, houve por aqui aplausos ao ato terrorista perpetrado em Boston. Atitude que certamente pode ser classificada como imbecilidade ideológica, a menos que o PT e seus seguidores sejam coerentes e se convertam ao Islamismo radical. Entretanto, não vislumbro Dilma Rousseff e suas ministras usando burca.

Também deve causar euforia aos nossos imbecis ideológicos a crítica da imprensa norte-americana ao FBI, que não deu ouvidos ao alerta russo de que Tamerlan, apesar de ter cidadania norte-americana seria perigoso por suas ligações com o islamismo radical. Agora o FBI está sendo chamado ao Congresso dos Estados Unidos para dar explicações sobre sua falha.

Maria Lucia Victor Barbosa é Socióloga. 

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