Carta Aberta ao General Enzo Peri
"A farda não abafa no peito o coração do Soldado!" (Osorio, o Legendário)
Por Mário Monteiro
Diante do sofrimento continuado do Cel Art QEMA Ref Carlos Alberto Brilhante USTRA e de D. Joseíta, sua guerreira esposa, chamado em todos os recantos do País à mercê do atual fracionamento da Justiça, às mais das vezes em São Paulo, para responder na condição de proto-mártir, de atos e ações dos desdobramentos da Contra-Revolução Democrática de 31 de março de 1964 em seu curso até 1985, quando houve a passagem do bastão desgraçadamente aos civís, para degringolar no atual status quo, mormente após a ascensão dos esbirros do PT à suprema magistratura do País.
Ustra e alguns escolhidos sofrem na pele no seio da comunidade em que vivam, atingindo todos que os cerquem, como. por exemplo, na ação das claques que se amontoam à frente de residências de companheiros, pichando seus imóveis e aos gritos de TORTURADOR; na morte não resolvida do Cel MOLINARI, me parece, em Porto Alegre-RS, em ação de rua e abatido com tiros de alto poder.
Naquele episódio de comemoração da data de 31 de março de 1964 que queiram ou não os inimigos de outrora (será?), o necessário e indelével evento, revivido por pessoal dito INATIVO e nas dependências do Clube Militar no Rio de Janeiro, em que a cambada comuno-petista, além de causar distúrbios, culminou por ter um ex-Combatente da FEB, nonagenário, sido agredido por um indivíduo conhecido que cruelmente lhe cuspiu na face. E não contamos com a cobertura de Operação Presença do Btl de PE, ficando protegidos pela PMRJ.
O antecessor de V Excia, Gen ALBUQUERQUE, de tristes lembranças, chegou ao cúmulo de declarar em um desses tristemente famosos episódios contra militares da Reserva que o EXÉRCITO NADA FARIA. Parece-me que não há declarações que tais nas convocações atuais, inclusive para a tal "Comissão da Verdade" que apesar de urdida na mente suja dos empoleirados no Poder, que impõem esses desvarios e nos enfiam goela adentro, uma comissão da verdade que não quer investigar e reaver atos criminosos, de terrorismo, capitulados como HEDIONDOS.
Como a morte do Soldado MARIO KOZEL FILHO, e ferimentos e mutilações em outros militares, pelo arremessamento de um carro-bomba ao QG em SP; a bomba no Aeroporto dos Guararapes, engendrada por um ex-padre e que matou 3 pessoas, dentre estas um Almirante da Reserva e um Jornalista, mutilando vários cidadãos, como o Gen Div Ref SYLVIO FERREIRA DA SILVA, residente no DF, que nem ao menos a Força o promoveu ao último Posto, nem qualquer indenização; a amputação da perna de um futuro aviador, por um petardo colocado no Consulado Americano em SP, cujo autor vive "livre, leve e solto" e aproveitado em sinecuras, além de indenizado e recebendo pensão.
O fuzilamento do Capitão CHANDLER, do Ex Americano, que estudava em SP, em frente ao seu filho e de sua esposa, pelo crime de ser americano e tantos outros, cujo número de beneficiados com polpudas indenizações e pensões, já ascende ao de militantes e os bilhões de reais do Erário, dentre os beneficiados, até a Sra. Presidente (terminado em ente como manda o vernáculo), que foi veiculado que receberia por estes dias, etc.
Minha explanação desses fatos, Sr. Comandante, visa perguntar a V Excia que considerando que o Cel USTRA, era um agente do Estado, designado para a Chefia daquele Órgão - o DOI/CODI de São Paulo - como outros em todo o Brasil, cumprindo ordens e diretrizes daquele momento, NÃO MERECERIA AO MENOS O ACOMPANHAMENTO DE UM OFICIAL DO HOJE EXISTENTE QUADRO DE ADVOGADOS DO QCO, QUE NO DF EXISTEM A LARGA MANU, para demonstrar que não estão órfãos da Força, como se presume.Acredito que se assim fosse, desencorajaria que os jobins e amorins da vida, assestassem suas agressões gratuitas aos integrantes das FFAA, como foram ditas agressivamente num passado recente.
Em 1964, no dia 31 de março, servia na então 17ª CR, em Salvador, sendo, ainda, 2º. Sgt Bur-CAS. Pouco depois, fui designado para Escrivão do IPM da Refinaria Landulpho Alves, Mataripe-BA, sob a Presidência do Cel Art "T" Com FREDERICO FRANCO DE ALMEIDA, um gentleman e virtuose de violão que estudava há 40 anos, assessorado pelo Bel Dr. ANTONIO CARLOS DE ANDRADE SOUZA, Delegado de Polícia da SSP-BA, Ass. Jurídico e do 1º. Ten Com LINO DE BARROS RODRIGUES e durante as longas jornadas, em plenas inquirições, serviam-nos as refeições no canteiro de trabalho e os inquiridos, normalmente militantes de esquerda, comiam junto a nós e diga-se de passagem, a mesma comida, ao que o Cel FRANCO perguntava-lhes: "Será que se a vitória tivesse sido de sua parte, nós estaríamos comendo a mesma comida e juntos?" E, ao invés de agressões , xingamentos ou atos de tortura, vi, vários deles, dizerem-se arrependidos de se imiscuirem naqueles desatinos e planejamentos, muitos deles, chorando e se maldizendo.
Já ouvi muitas vezes se dizer que os militares, oficiais, admitidos após aquele tempo, nada tinham para se envolver, mas não é bem assim, pois seu antecessor era de 1958 e esteve na Ativa até Capitão em 1985. Acho data venia ser um descrédito para os subordinados que se sentem desvalidos, sem ao menos um acompanhamento jurídico e que a Força dispõe.
Sem mais para o ensejo, disciplinar e respeitosamente, subscrevo-me,
Mário Monteiro Campos - Coronel Dentista Ref EB.
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