O pedido de perdão das Organizações Globo
Por Valmir Fonseca
Nos últimos anos, tornou - se habitual alguém ou alguma entidade de cabeça baixa e denotando doloroso arrependimento pedir perdão por seus atos do passado.
A própria Igreja Católica publicamente reconheceu que durante centenas de anos havia tratado de modo imperdoável alguns de seus clérigos que se tornaram contumazes molestadores de crianças.
Este foi apenas um dos muitos exemplos de arrependimentos expostos ao público.
Para o infrator ou a sua entidade “o mea culpa”, por ser um ato de coragem ou de admissão que errara, o gesto parece ser de altíssima dignidade, e espera contar com a boa vontade de seu público pelo seu desprendimento.
Em geral, na maioria dos casos, o criminoso, o ladrão, o safado tende a demonstrar arrependimento quando pilhado em delito. Se não fosse, ficaria amoitado com as suas culpas.
Em 1964, o Brasil estava prestes a ser dominado pelos adeptos do regime comunista. Não era o desejo da população, que em geral nem sabe o que quer, mas que era repudiado pelos democratas e cidadãos esclarecidos, que acompanhavam o avanço do marxismo através do Movimento Comunista Internacional (MCI).
As Forças Armadas por sua missão na defesa externa do País acompanhavam os terríveis passos do comunismo pelo mundo.
Onde adentrava o marxismo, a tirania era implantada e o País passava a ser subordinado a uma nomenclatura, uma penca de indivíduos que se proclamavam os grandes gurus do novo território.
Neste contexto, algumas organizações eram favoráveis à nova subordinação nacional. As entidades infiltradas, os sindicatos, as agremiações estudantis e outras similares, ligadas à imprensa, e aos meios de comunicação, agressivamente apoiavam e até participavam dos atos que conduziriam à queda do governo democrático para a ascensão do comunismo
Por outro lado, outras pressentiam o caos que se aproximava e reverberaram contra o mal, e muitas empresas de jornalismo, revistas e jornais apoiavam as reações contra o perigo comunista.
Ao deter o marxismo, as Forças Armadas foram aplaudidas pelo seu corajoso gesto pelos mais respeitados meios de comunicação.
O jornal “O Globo” foi uma deles.
Talvez na época os seus responsáveis até abominassem a Contrarrevolução de 31 de março, porém para se darem bem com a situação vitoriosa da atitude militar, trataram de publicar artigos e editoriais favoráveis.
Hoje, como muitos casos de arrependimento, a Rede Globo, diz - se arrependida por ter “O Globo” aplaudido a Contrarrevolução. Um espanto.
Nunca saberemos a verdade. Na época, a sua posição de fato seria a de repudiar? Seu apoio foi forçado?
Hoje, após décadas, declara - se envergonhada de ter apoiado no citado Editorial do jornal “O Globo” a Contrarrevolução.
Por que será? O gesto é de foro interno? Um drama de consciência? É forçado? É econômico?
Nunca saberemos. Contudo, uma certeza nos atinge, a Rede Globo é conivente e deseja que o Brasil seja dominado por uma nomenclatura que a torne o seu porta - voz.
Ou seja, a Rede Globo aspira a ser a grande anunciadora do regime que invadiu a nossa pobre terra.
Lamentavelmente, é um nefasto tiro no pé, pois é um meio de comunicação que deveria preservar a sua credibilidade, e ao declarar o seu arrependimento de ter louvado a Contrarrevolução, demonstra claramente que sua linha de procedimento está subordinada aos ventos de ocasião.
Sem dúvida, seus atuais traiçoeiros e perjuros Diretores contam com a lassidão da população nativa, que não está preocupada com a sua credibilidade. Mas que estão prontos para vender ou alugar sua falta de dignidade para os atuais detentores do poder.
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, General de Brigada na reserva, é Presidente do Ternuma.
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