POLÍCIA INVESTIGARÁ AGORA QUEM FINANCIA E ORGANIZA O TERRORISMO COMUNISTA QUE ATUA NO BRASIL SOB O RÓTULO DE 'BLACK BLOC'
Black blocs, o terrorismo comunista: quem organiza e financia? |
A
prisão e o indiciamento dos dois acusados de matar o cinegrafista
Santiago Ilídio Andrade pode levar a Polícia Civil a identificar o
mecanismo que sustenta e financia ações terroristas e ataques de
mascarados em manifestações. Em entrevista coletiva na manhã desta
quarta-feira, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, e o delegado
titular da 17ª DP (São Cristóvão), Maurício Luciano, afirmaram que a
investigação da morte de Andrade está concluída, e que outros
inquéritos, em seguida, tratarão das conexões do grupo e de quem
financia e alicia jovens para esse tipo de ação. Os dois delegados
revelaram detalhes da prisão de Caio Silva de Souza, identificado como o
homem que acendeu o rojão que matou o cinegrafista.
“O
inquérito está acabado. Vamos juntar peças técnicas e, na sexta-feira,
os réus serão encaminhados ao judiciário”, disse Luciano. Também está
preso e indiciado o tatuador Rafael Raposo Barbosa, que confessou ter
passado o artefato explosivo para Souza. “Posteriormente vamos
investigar outras questões, como financiamento, outros crimes ligados às
manifestações e quem alicia”, afirmou o delegado.
Segundo Luciano, Souza não confessou. No entanto, uma imagem exibida pela TV Globo,
afirma que acendeu o rojão que vitimou Andrade. Oficialmente, Souza
optou por só falar em juízo e não deu declarações sobre o crime. Ele não
ofereceu resistência à prisão.
O advogado Jonas Tadeu Nunes afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan,
pela manhã, que tem informações de que Souza, assim como outros jovens
que atuam mascarados em protestos, são “aliciados”. “Esses jovens… Esse
Caio, por exemplo, é miserável. Esses jovens são aliciados por grupos.
Eles recebem até uma espécie de ajuda financeira, de mesada, para
participar dessas manifestações, com o intuito de terrorismo social”,
disse, sem dar detalhes sobre o aliciamento.Leia a íntegra da entrevista à Jovem Pan.
“São
jovens de preferência revoltados, que têm uma certa ideologia, pobres,
são aliciados para participar das manifestações. São jovens que não têm
dinheiro para comprar máscaras, não tem dinheiro para comprar fogos",
disse. Nunes cita "diretórios de partidos", mas não revela quais são.
“Sim, são agrupamentos, movimentos… Tem até diretórios [de partidos
políticos], segundo informações que eu tenho. Eu não posso divulgar
porque tenho que preservar vidas. É papel da imprensa, da Polícia
Federal, investigar diretórios regionais de partidos, investigar esses
movimentos sociais, que aliciam esses jovens, que patrocinam, que
fomentam financeiramente essas manifestações", afirmou.
Prisão -
A captura foi possível, segundo os delegados, a partir da ação do
advogado Jonas Tadeu Nunes, que também havia levado à Polícia Civil a
identificação do acusado. Souza pretendia fugir para a casa dos avós
paternos, no noroeste do Ceará, na cidade de Ipu. A partir de contatos
telefônicos de Nunes e da namorada do rapaz, segundo contou o advogado,
Souza foi convencido a interromper a viagem e se hospedar em Feira de
Santana.
“O
destino inicial dele era Ipu. Eu, o advogado e a namorada fomos até
Feira de Santana, onde ele estava. A namorada o encontrou. Ele estava
extremamente assustado, faminto, sem dormir. Depois de uma conversa dela
com ele, me apresentei como delegado responsável pelo caso, disse que
os direitos dele estavam garantidos. Chegaram as equipes da Polícia
Civil do Rio e foi feita a transferência, com apoio logístico da Polícia
Civil da Bahia”, contou Luciano.
Pobreza – O
delegado do caso afirmou que Souza mora em um local miserável em
Nilópolis, na Baixada Fluminense. “(Souza) não falou em arrependimento,
nem que praticou. Mostrou idealismo, falou muito de sua condição social.
Atenuou dificuldades financeiras que enfrenta com a família. Ele está
firme em dizer que não vai declarar absolutamente nada. Esta confissão,
no entanto, não interfere no indiciamento, só serviria para corroborar.
As provas que temos são contundentes e não deixam margens para dúvidas”,
disse Luciano. Do site da revista Veja
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