sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Venezuela

Ex-chefe da guarda de Chávez é detido por conspiração

O general venezuelano da reserva José Vietri foi chefe da Casa Militar e cuidava da guarda presidencial. Ele está preso desde sexta-feira, disse seu advogado

O presidente venezuelano Nicolás Maduro
O presidente venezuelano Nicolás Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
O general da reserva José Vietri, chefe da guarda presidencial venezuelana em 2002, durante o governo de Hugo Chávez (1999 – 2013), foi detido para ser investigado pela Procuradoria Militar sob as acusações de conspirar contra o governo e organizar uma rebelião, informou seu advogado nesta terça-feira. "Ontem [segunda], um tribunal militar ratificou a detenção do general Vietri, que foi preso na sexta-feira passada", disse seu advogado, Alonso Medina Roa.
O general, de 61 anos, na reserva há oito, "foi acusado por um oficial de querer cooptá-lo para participar de uma rebelião militar", anunciou o advogado, acrescentando que esse testemunho "é a única prova contra ele". Além disso, o advogado comentou que Vietri explicou que "houve uma reunião entre eles", os dois militares, na qual "o oficial superior manifestou seu descontentamento com algumas personalidades do governo por não ter sido promovido”.
Leia também
Diplomata venezuelano indiciado pelos EUA é libertado de Aruba

Começa julgamento do opositor Leopoldo López
Na Venezuela, 1,7 milhão de jovens não estudam nem trabalham


O general, preso na sexta em sua casa em Caracas, foi apresentado nesta segunda a um tribunal militar. A Corte ratificou a privação de liberdade por um prazo de 45 dias, durante o qual a Procuradoria deve apresentar provas contra ele para iniciar um processo formal. O advogado disse que a investigação contra Vietri "é diferente" das causas abertas contra outros três generais acusados em março passado pelo presidente Nicolás Maduro de conspirar contra seu governo. O nome desses generais ainda não foi divulgado, assim como os detalhes do processo contra eles.
O governo venezuelano e as Forças Armadas não se pronunciaram sobre a detenção de Vietri. Durante o governo de Maduro, que começou em 19 de abril de 2013, outras tentativas de golpe foram denunciadas, mas seus detalhes tampouco foram divulgados. Uma dessas denúncias foi feita no final de maio passado, quando dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que governa o país, asseguraram que um grupo de opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, planejava o "magnicídio" (assassinato do presidente) e o golpe de Estado contra Maduro.
Foto 1 / 7
Ampliar Fotos
Muro é pichado em Caracas como forma de protesto contra o governo de Maduro, na Venezuela
Muro é pichado em Caracas como forma de protesto contra o governo de Maduro, na Venezuela - Diego Braga Norte/Veja.com/VEJA
Vietri foi chefe da Casa Militar e cuidava da guarda presidencial em 2002. Depois disso, também teve outros cargos, entre eles, o de chefe do Estado-Maior do Exército, inspetor-geral do Exército, diretor-geral da Academia Militar e adido militar em Washington.
Outro passarinho – Maduro, disse nesta segunda que "outra vez um passarinho" surgiu para ele e que nesta ocasião o animal "disse" que Hugo Chávez "está feliz e cheio de amor da lealdade de seu povo". Maduro fez a declaração em uma festa organizada em Barinas, estado natal de Chávez. Durante o ato foi inaugurada uma estátua de Chávez financiada pela companhia petrolífera russa Rosfnet.
Em abril de 2013, Maduro afirmou que Chávez apareceu para ele em uma pequena capela católica, também em Barinas, "na forma de um passarinho”, que o abençoou antes do início da campanha para as eleições presidenciais.
(Com agências France-Presse e EFE)


link:

 http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/ex-chefe-da-guarda-de-chavez-e-detido-por-conspiracao

Nenhum comentário:

Postar um comentário