Venezuela
Ministros dão carta branca para Maduro mudar o governo
O vice-presidente Jorge Arreaza afirmou que o gesto 'revolucionário' vai ajudar na reorganização do país que atravessa grave crise política e econômica
O presidente venezuelano Nicolás Maduro gesticula em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas
(Jorge Silva/Reuters/VEJA)
De acordo com o jornal El Nacional, o vice-presidente também explicou que a decisão foi tomada em comum acordo com Maduro e faz parte de um programa para tornar o Estado mais eficiente, especialmente para atender o cidadão e combater a corrupção em todos os níveis do governo. Em janeiro passado, os membros do gabinete também puseram seus cargos à disposição de Maduro, mas não ocorreram maiores alterações.
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Arreaza descreveu a decisão do gabinete como um "gesto revolucionário", realizado com "absoluto desprendimento" para que Maduro "faça todas as mudanças necessárias para obter uma gestão de governo mais eficiente do ponto de vista socialista". Este programa de reorganização governamental tem sido descrito por Maduro como uma "revolução dentro da revolução" e tem o objetivo de eliminar a burocracia e acelerar trâmites governamentais via informática.
Na Venezuela, a burocracia para se tirar passaporte, identidade e certidão de casamento, entre outros documentos, exige semanas e a disposição para se enfrentar longas filas. País com a maior reserva de petróleo comprovada do planeta, a Venezuela atravessa uma severa crise econômica, com escassez de produtos básicos, inflação de mais de 60% ao ano, entre outros problemas. Maduro acusa setores ligados à oposição venezuelana e conservadores dos Estados Unidos e Colômbia de promover uma "guerra econômica" contra seu governo.
O país atravessou uma violenta onda de protestos entre fevereiro e final de maio devido à inflação, à falta de produtos básicos – como papel higiênico, açúcar, farinha ou leite – e à altíssima violência que provoca em média 65 mortes por dia no país. Os protestos foram repreendidos e resultaram na morte de mais de 40 pessoas, além de mais de 700 feridos.
Estudante é detido pela Guarda Nacional Venezuelana durante protesto anti-governo em Caracas - Juan Barreto/AFP/VEJA
link:
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/ministros-colocam-cargos-a-disposicao-de-maduro
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