quarta-feira, 25 de julho de 2012

A violência cresce mais e mais!

Homicídios crescem 9% no Estado de São Paulo; roubos de carros aumentam 21%
Dados divulgados nesta quarta-feira (25) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostram que o número de crimes violentos, entre eles homicídios dolosos e roubos de veículos, aumentou no Estado, na comparação entre o segundo trimestre de 2012 com o mesmo período de 2011.

 

Entre abril e junho deste ano, ocorreram 1.104 ocorrências de homicídio doloso (com intenção de matar) contra 1.010 em 2011, o que representa um aumento de 9,3%. O número de vítimas nestas ocorrências foi de 1.166, contra 1.069 no segundo trimestre de 2011 –variação de 9%.
Os dados invertem uma tendência registrada nos últimos 12 anos no Estado, de queda dos homicídios dolosos.
Já os roubos de veículos subiram 21,4% na comparação do segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2011, saltando de 19.042 para 23.117 casos.
O total de crimes violentos (homicídios doloso, roubo, latrocínio, estupro e sequestro) somados também aumentou: no segundo trimestre de 2011 foram 82.786 casos, contra 91.764 do mesmo período deste ano, uma variação de 10,8%.
Em 13 de junho teve inicio uma onda de violência no Estado, com registro de ataques a ônibus e bases da polícia, chacinas e confrontos entre policiais e suspeitos.

Violência maior na capital

Na capital paulista, o aumento da violência foi maior. O número de ocorrências de homicídios dolosos aumentou 27,2% na no segundo trimestre de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado.
No segundo semestre de 2011, foram 257 casos, contra 327 registrados entre abril e junho deste ano. Já o número de vítimas nas ocorrências de homicídio subiu de 277 para 347, variação de 25,3%, de acordo com os dados divulgados.
Também aumentaram na capital paulista os casos de roubos de veículos (22,7%) e roubos em geral, exceto de veículos (10,7%). Quanto aos latrocínios (roubo seguido de morte), foram 33 casos na capital no segundo trimestre de 2012, contra 26 do mesmo período em 2011, o que representa uma alta de 26,9%.
O total de crimes violentos (homicídios dolosos, estupros, sequestros, roubos e latrocínios) na capital paulista subiu 14,2%, saltando de 38.089 para 43.484 ocorrências.
Morte de italiano é mais uma na escalada da violência, diz secretário



Para Ferreira Pinto, da Segurança, assassinato de bancário é parte do aumento da criminalidade
Pais estão no Brasil para levar corpo; São Paulo era a 'cidade dos sonhos' para a vítima, segundo jornal italiano

O secretário de Segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, disse ontem que a morte do italiano Tomasso Lotto, 26, ocorrida no sábado no Itaim Bibi (zona oeste), é mais um crime dos vários que ocorrem na cidade.
"É um a mais que ocorre na capital. A gente lamenta, o DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa] e o Deic [Departamento de Investigações Contra o Crime Organizado] estão fazendo todas as investigações para elucidar esse crime. Mas isso ocorre lá [no Itaim Bibi], ocorre na Cidade Tiradentes, ocorre em Itaquera. Lamentavelmente é a escalada da violência."
Lotto chegou ao Brasil na sexta-feira. No sábado, estava no carro de um amigo -um advogado espanhol que vive em São Paulo (leia texto nesta página)- quando eles foram atacados por dois homens numa moto no cruzamento das avenidas 9 de Julho e São Gabriel.
Eles bateram no vidro e anunciaram o assalto. Lotto, que não entendia português, tentou sair do veículo e foi baleado no tórax. Os dois criminosos fugiram. A polícia ainda não tem pistas deles.
O corpo de Lotto será enviado até o final da semana para a Itália. Os pais dele chegaram ontem a São Paulo. Eles estiveram de manhã no consulado italiano, mas não quiseram falar com a imprensa.
A vítima era de Vicenza, cidade no Norte da Itália.
'LUGAR DOS SONHOS'
O lugar dos seus sonhos. É assim que Lotto descrevia São Paulo, segundo relata o "Il Giornale di Vicenza", periódico da cidade natal do italiano.
Bancário, ele conheceu a cidade há três meses e decidiu estabelecer-se na capital paulista. Voltou na sexta após duas semanas de férias na região da Puglia, no sul da Itália.
Além de já estar estudando português, ele já tinha feito amigos na cidade, de acordo com o jornal.
Formado em economia no prestigiado instituto milanês Bocconi (cujo semestre acadêmico chega a custar mais de € 10 mil, ou cerca de R$ 25,5 mil), Lotto trabalhou no BNP Paribas e, depois, no banco de investimentos japonês Nomura, em Londres.
Tanto "Il Giornale di Vicenza" quanto o jornal "Corriere della Sera" destacaram que os assaltantes que abordaram o carro em que ele estava conseguiram fugir de moto em meio ao "labirinto" formado pelo trânsito "caótico" da cidade.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO

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