terça-feira, 31 de julho de 2012

Voltando ao tema: Educação!

Por Miguel Nagib *

Propaganda eleitoral em sala de aula!
 Quando o ex-presidente Lula compareceu ao programa do Ratinho para promover a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, os demais candidatos protestaram contra a violação escancarada ao calendário eleitoral. E com razão. Mas o fato é que episódios como esse são apenas a parte visível do imenso iceberg da propaganda eleitoral ilícita realizada pelo PT. O grosso dessa propaganda não aparece na tevê e não é captado pelo radar da Justiça Eleitoral.
Refiro-me ao trabalho de formiguinha gramsciana realizado todos os dias, ano após ano, à margem da lei, pelo exército de professores militantes ou simpatizantes dos partidos de esquerda – PT à frente – em milhares de salas de aula em todo o país. Para esses professores, não existe calendário eleitoral: toda hora é hora, todo dia é dia de falar de política e de enxovalhar os adversários do PT. No ambiente fechado das salas de aula, com o terreno devidamente preparado pela doutrinação ideológica, a propaganda eleitoral corre solta.
Os professores dizem que não se trata de doutrinação e propaganda, mas de “despertar a consciência crítica dos alunos”, visando à “construção de uma sociedade mais justa”. Mas isso é simplesmente mentira.
O que fazem os despertadores de consciência crítica é martelar ideias de esquerda na cabeça dos alunos. Como se sabe, a visão crítica dos estudantes é direcionada invariavelmente para os mesmos alvos: a civilização e os valores judaico-cristãos, a Igreja Católica, a “burguesia”, a família tradicional, a propriedade privada, o capitalismo, o livre mercado, o agronegócio, o regime militar, os Estados Unidos. “Pensar criticamente”, na concepção de tais professores – e, infelizmente, não se trata de uma minoria –, significa odiar tudo o que não se identifique com a mitologia, com os valores e com o discurso da esquerda.
Logo, só é possível “construir uma sociedade mais justa” seguindo o receituário e votando nos candidatos da esquerda.
Ninguém ignora esses fatos. Além do enorme volume de provas reunidas no site www.escolasempartido.org, a rea­­lidade de que ora se cuida é conhecida por experiência direta de todos os que passaram pelo sistema de ensino nos últimos 35 anos. A situação, entretanto, piorou formidavelmente na última década. Não só porque o petismo chegou ao poder (embora a máquina do ensino já estivesse aparelhada pela militância esquerdista muito antes do governo FHC), mas porque a doutrinação ideológica, como o vampirismo, se propaga por contágio: a vítima se transforma em agente-transmissor das mensagens que lhe foram inculcadas. Resultado: o número de “despertadores de consciência crítica” determinados a ensinar seus alunos a votar nos “políticos certos” aumenta a cada dia.
De tão generalizadas, a doutrinação e a propaganda política nas escolas já não escandalizam: de acordo com uma pesquisa do Instituto Sensus, 61% dos pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em suas aulas. Resta saber se o Ministério Público – responsável pela defesa dos interesses das crianças e dos adolescentes e guardião do regime democrático – também acha “normal” essa prática que cerceia a liberdade de aprender dos estudantes e ameaça a liberdade política de milhões de futuros eleitores.


Miguel Nagib, advogado, é coordenador do ESP
Fonte:http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1266259&tit=Propaganda-eleitoral-em-sala-de-aula


Idealismo é com os liberais comunista gosta mesmo de dinheiro e do outros!
Ou os  desdentados financiam as cachaças dos comunas?
A UNE (União Nacional dos Estudantes) há muito se tornou um ajuntamento de pelegos, mera repartição pública financiada pelo erário. Reportagem de Demétrio Weber e Regina Alvarez, no Globo, revela mais uma lambança da turma envolvendo dinheiro público. Nota-se a semelhança entre os métodos empregados pela entidade e aqueles que vigiam no Ministério dos Esportes. A UNE, a exemplo do ministério, é comandada pelos “camaradas” do PCdoB. Leiam trechos da reportagem. Volto para arrematar.
TCU investiga convênios da UNE com o governo federal
Por Demétrio Weber e Regina Alvarez:
Investigação do Ministério Público aponta indícios de irregularidades graves em convênios do governo federal com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de São Paulo. Entre 2006 e 2010, essas entidades receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos destinados à capacitação de estudantes e promoção de eventos culturais e esportivos. No caso da UNE, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico identificou o uso de notas fiscais frias para comprovar gastos. E detectou que parte dos recursos liberados pelo governo federal foi usada na compra de bebidas alcoólicas e outras despesas sem vínculo aparente com o objeto conveniado.
Ao analisar as prestações de contas do convênio do Ministério da Cultura com a UNE para apoio ao projeto Atividades de Cultura e Arte da UNE, o procurador Marsico constatou gastos com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, compra de búzios, velas, celular, freezer, ventilador e tanquinho, pagamento de faturas de energia elétrica, dedetização da sede da entidade, limpeza de cisterna e impressão do jornal da UNE. Além disso, encontrou diversas notas emitidas por bares em que há apenas a expressão “despesas” na descrição do gasto.
No fim de maio, o procurador formalizou representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a Corte investigue o uso dos recursos federais repassados à UNE e à UMES, entre 2006 e 2010. O alvo da representação são 11 convênios, seis da UNE e cinco da UMES, celebrados com os seguintes ministérios: Cultura, Saúde, Esporte e Turismo. O valor total desses convênios é de R$ 8 milhões, destinados a projetos variados que vão desde a capacitação de estudantes de ensino médio até a realização de duas edições da Bienal de Artes, Ciência e Cultura da UNE. Marsico deu destaque a sete convênios — seis da UNE e um da UMES — no valor de R$ 6,5 milhões, que, segundo ele, concentram os “principais achados”.
Esporte demora a cobrar contas
As notas fiscais frias foram localizadas na prestação de contas que a UNE entregou ao Ministério da Saúde, referente ao convênio de número 623789, de R$ 2,8 milhões, encerrado em 2009. Esse convênio bancou a Caravana Estudantil da Saúde, em que universitários percorreram as 27 unidades da Federação para discutir saúde pública, com a oferta de testes rápidos de HIV e conscientização sobre a importância de doar sangue.
Marsico informa na representação que quatro notas da empresa WK Produções Cinematográficas Ltda. são “inidôneas”, com base em informações da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo, que não reconheceu a autenticidade dos documentos. Há suspeita de que outras oito notas emitidas por diferentes empresas também não sejam válidas, o que estaria sob apuração da secretaria municipal, de acordo com o procurador. Ele menciona ainda o caso de uma nota fiscal de R$ 91.500, da gráfica e editora Salum&Proença, de Jandira (SP), que teria sido cancelada pela empresa, embora os serviços constem na prestação de contas da UNE.
Outro indício de irregularidade apontado pelo procurador nesse mesmo convênio é a elevação dos gastos previstos com assessoria jurídica de R$ 20 mil para R$ 200 mil, sem justificativa nos autos. Marsico aponta ainda duplicidade de pagamentos, imprecisão do objeto do convênio e a transferência dos recursos da conta oficial para contas bancárias dos produtores da caravana. Para Marsico, os dados sugerem “possíveis atentados aos princípios da moralidade, da legalidade, da legitimidade e da economicidade, além de evidenciarem possíveis danos ao Erário Público”, segundo destacou na representação ao TCU. “É lamentável, especialmente pela história de lutas dessas entidades. Elas teriam que ser as primeiras a dar o exemplo à sociedade de zelo no uso do dinheiro público”, afirmou o procurador.
Ele chama a atenção para a demora do Ministério do Esporte em cobrar a prestação de contas da UNE no convênio de número 702422, de 2008, no valor de R$ 250 mil. A pasta comandada pelo PCdoB, mesmo partido que controla a UNE, fomentou a “implantação de atividades esportivas e debates” na 6ª Bienal de Artes, Ciência e Cultura. “Quase dois anos após o fim do prazo para a prestação de contas, os documentos ainda não haviam sido encaminhados”, observou Marsico na representação ao TCU, registrando que, “somente após receber o ofício enviado pelo MP/TCU, o órgão (Ministério do Esporte) notificou a UNE sobre a omissão”. “Há erro dos dois lados. De quem recebeu os recursos e dos órgãos que liberaram. Se não fosse eu requerer, em alguns casos não haveria sequer a prestação de contas”, disse o procurador do MP.”
No caso dos convênios com a UMES, o procurador destacou o que trata do auxílio ao Projeto Cine Clube UMES da Saúde, concluído em março de 2010, no valor de R$ 234, 8 mil. De acordo com Marciso, as quantias previstas no plano de trabalho eram as mesmas posteriormente contratadas. “Como era possível saber o valor exato das propostas vencedoras nas licitações?”, questionou. Ele observou também a falta da relação de escolas beneficiadas e de cópias dos processos licitatórios ou justificativas para a dispensa de licitação. “Algumas das impropriedades apuradas, como a utilização de recursos públicos para a compra de bebidas alcoólicas, são de extrema gravidade e parecem-nos capazes de justificar a atuação dessa Corte de Contas”, disse Marsico na representação.
Entidade reafirma zelo com recursos
Procurada pelo GLOBO para se manifestar sobre as irregularidades, a UNE respondeu, em nota da assessoria de imprensa, que “reafirma seu compromisso de zelo com os recursos públicos e, se comprovado qualquer tipo de irregularidade, compromete-se a saná-las de acordo com o que a lei determina, inclusive, se for o caso, com a devolução de recursos”.
(…)
Voltei
O mais encantador nesses caras é que eles se dizem “socialistas” porque consideram que o capitalismo é, entre outras coisas, um sistema muito pouco ético… O fato não é novo na história brasileira. Se vocês estão atrás de idealismo, de pessoas apegadas a princípios, a valores, convém falar com os liberais. Comunistas são muito práticos: gostam mesmo é de dinheiro! E necessariamente do dinheiro alheio, já que eles consideram que produzir é coisa de burguês.
Vejam lá! Há muito tempo os desdentados financiam a cachaça comunista!

Publicado no blog do autor em 8 de junho de 2012

Quando fui contratado pela UNICAMP em Julho de 1974, tive de elaborar um Plano de Pesquisa que justificaria minha permanência na universidade em tempo integral e dedicação exclusiva. Meu plano de pesquisa foi sobre Educação e Doutrinação.

Não consigo encontrar, no momento (posto que estou separado de meus arquivos e de meus livros), o texto daquele plano. Mas encontrei um artigo, que originalmente escrevi em 1976 (“A Filosofia da Educação e a Análise de Conceitos Educacionais”, publicado no livro Introdução Teórica e Prática às Ciências da Educação, organizado por Antonio Muniz de Rezende, Editora Vozes, Petrópolis, 1977), que que resumiu parte de minha pesquisa. O material apresentado a seguir consta de uma segunda versão, expandida desse artigo, versão que publiquei na Internet. Introduzo nessa segunda versão, agora, algumas pequenas alterações editoriais:
Quem doutrina, ao contrário de quem educa, está interessado em que seus alunos simplesmente venham a aceitar (acreditar em) os pontos de vista que ele adota e esposa. Ele é, acima de tudo, um partidário, um mercador de pontos de vista.

Quem educa, ao contrário de quem doutrina, está interessado em que seus alunos venham a examinar os fundamentos dos diferentes pontos de vista sobre um determinado assunto, e, assim, venham, em conseqüência desse exame, a compreender o assunto – só tomando a decisão de aceitar ou rejeitar os diferentes pontos de vista (acreditar ou não acreditar neles) em decorrência do exercício livre de seu julgamento das credenciais dos fundamentos epistêmicos (em termos de evidências e argumentos) desses pontos de vista.
Procurei a seguir esclarecer um dilema que aflige muitos pais e educadores bem intencionados.
A possibilidade da doutrinação faz com que aqueles que se preocupam com a educação, de seus filhos ou de seus alunos, se confrontem com um sério dilema. Este dilema, embora possa surgir em qualquer área, aparece mais freqüentemente naquelas áreas em que a evidência parece ser mais inconcludente mas em que, por ironia do destino, se encontram algumas das questões mais básicas e importantes com que tem de se defrontar o ser humano: a moralidade, a política, e a religião.

Por um lado, nós, como pais e educadores, em geral acreditamos (por exemplo) ser necessário apresentar a nossos filhos e alunos o ponto de vista moral, o lado moral das coisas, para que venham a ser seres morais.

Por outro lado, acreditamos (se somos bem intencionados) que temos de evitar a doutrinação, se queremos realmente educar nossos filhos e alunos, isto é, se queremos que eles se tornem indivíduos livres para pensar, escolher e agir, liberdade esta que é pré-condição para que eles venham a ser seres morais.

É diante desse dilema que temos de procurar as melhores maneiras de prosseguir, sabendo, de antemão, que a tarefa é difícil e que muitos, antes deles, optaram, OU por não oferecer nenhum ensino nessas áreas, OU, então, pela doutrinação pura e simples como única outra alternativa viável.

É em confronto com esse dilema que muitos têm optado pela alternativa da chamada "educação negativa", que não é nem educação nem negativa, devendo, talvez, ser descrita como "não educação neutra", por pardoxal que essa expressão possa parecer. Eles afirmam que o ensino da moralidade, da política, e da religião não deve ser ministrado até que a criança atinja maturidade suficiente para analisar a evidência e tirar suas próprias conclusões.

Outros têm se desesperado e concluído que a única outra alternativa, apesar dos pesares, é doutrinar – estes são os doutrinadores contra sua própria vontade. [Estes são os pais e educadores bem intencionados, que prefeririam não doutrinar mas concluem que, em algumas áreas, em especial na área da moralidade, da política e da religião, é impossível não doutrinar. Eles diferem dos pais e educadores mal intencionados que não respeitam a liberdade dos filhos e alunos desejam doutriná-los, para que venham a pensar como eles, pais e professores, pensam.]

Tanto os defensores da "educação negativa" como os que, contra a vontade, optam pela doutrinação, não vêem uma terceira alternativa, não vêem uma solução realmente educacional para o problema. Embora não seja fácil promover essa alternativa,,desenvolvimentos recentes no campo da educação moral, da educação política e da educação religiosa, têm nos indicado o caminho a seguir na direção de uma educação moral, política e religiosa viável e digna do nome. Mas ainda há muito por fazer nessa área.
Concluindo aquele artigo de 1976, procurei resumir por que a doutrinação é indesejável.
Fica claro, do que foi dito, porque a doutrinação é indesejável e moralmente censurável.

Quem doutrina não respeita a liberdade de pensamento e de escolha de seus filhos e alunos, procurando incutir crenças em suas mentes e não lhes dando condições de analisar e examinar a evidência, decidindo, então, por si próprios.

Quem doutrina desrespeita os cânones de racionalidade e objetividade, tratando questões abertas como se fossem fechadas, questões incertas como se fossem certas, enunciados falsos ou não demonstrados como verdadeiros como se fossem verdades acima de qualquer suspeita.

É verdade que essa tomada de posição contra à doutrinação já implica, ao mesmo tempo, um comprometimento com certos valores e ideais básicos, como o da liberdade de pensamento e de escolha dos alunos (e de qualquer pessoa), o da racionalidade, etc. É importante que se reconheça isso para que não se incorra no erro de pensar que a adoção desses valores e ideais não precisa ser defensável, e, mais que isto, defendida, através da argumentação. Argumentos contra a adoção desses valores e ideais precisam ser cuidadosamente analisados para que, ao propor a tese da indesejabilidade e falta de apoio moral da doutrinação, não o façamos de modo a imitar os doutrinadores, isto é, tratando como fechada uma questão que é realmente aberta. Cremos não ser esta a ocasião de fazer esta defesa dos valores e ideais da liberdade de pensamento e escolha, nem da racionalidade. Mas isto não significa que estes valores e ideais não precisem ser defendidos.

Com estas observações concluímos esta seção sobre doutrinação. Cremos que a análise desse conceito, além de valiosa em si mesma, nos ajuda a compreender melhor, por contraste, o que seja a educação. Uma análise mais completa deveria incluir um exame das semelhanças e diferenças existentes entre doutrinação, treinamento, condicionamento, lavagem cerebral, etc. Há importantes diferenças, bem como semelhanças, entre esses conceitos. Isto, porém, precisará ficar para um outro trabalho.
Em 1974, em que acabava de retornar ao Brasil depois de sete anos nos Estados Unidos, preocupava-me principalmente a doutrinação religiosa, da qual eu havia sido, em parte, vítima. Mas me preocupava, também, naquela época, a infeliz iniciativa dos militares de tornar obrigatória em nossas escolas a “Educação Moral e Cívica” – destinada a incutir “bom mocismo”, patriotismo e, naturalmente, lealdade ao governo dos alunos. (Comecei a me preocupar com isso quando, no final da década de sessenta, quando eu morava nos Estados Unidos, minhas irmãs, nascidas em 1957 e 1959, começaram a me enviar cartas em que as palavras vinham escritas, alternadamente, nas cores verde, amarela e azul (em um papel branco).

Não tinha, naquela ocasião, idéia do que estava por vir com o fim do regime militar e a implantação, a partir de 1984, de uma república que se pretendia nova. A odiosidade do regime militar permitiu que esquerdistas (especialmente comunistas e socialistas) tivessem condições de difundir o ponto de vista de que fora a esquerda que havia derrubado o regime militar e reimplantado o estado de direito e a democracia no país.

Esse ponto de vista, além de mentiroso, por ignorar o papel dos liberais na luta pela liberdade (afinal de contas, Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Franco Montoro, etc. não eram esquerdistas), é especialmente odiosa porque os comunistas e a boa parte dos socialistas não queriam a reimplantação do estado de direito e da democracia no país. Queriam, isto sim, substituir a ditadura militar por uma ditadura de esquerda, supostamente do proletariado ou dos trabalhadores, liderados por uma vanguarda intelectual, política, e sempre ativista, composta de esquerdistas de carteirinha.

Esse ponto de vista gerou também um trabalho de “formiguinha” dessa vanguarda de esquerda que, antes de assumir controle da máquina política (agora em grande parte controlada), aparelhou a máquina acadêmica, em especial os mecanismos de formação de professores, doutrinando os futuros professores na cartilha (“vulgata”) marxista.

O resultado está aí, vinte e poucos anos depois: um sistema educacional que, até mesmo na rede privada, vomita o tempo todo em cima dos alunos um lixo esquerdizante horrível, com o objetivo de doutrinar esses alunos, tornando-os sensíveis às campanhas políticas e às manobras eleitoreiras da esquerda.

O sucesso desse empreendimento pode ser julgado em muitas frentes.

Uma frente é, naturalmente, a política.

Depois de dezesseis anos de governo de viés esquerdizante no governo federal, temos, agora, em 2010, uma campanha presidencial em que todos os principais candidatos são nitidamente de viés esquerdista: um ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, uma ex-terrorista, uma militante ambiental, e um ex-governador metido a radical de esquerda, que foi ministro do governo Lulla durante as duas gestões.

Não nos deixemos enganar pelas manobras da esquerda. O PT tenta descaracterizar o PSDB como esquerda, procurando colar nele o rótulo de neo-liberal (apesar de o partido se rotular de “Partido da SOCIAL-Democracia Brasileira” e se comportar, consistentemente, como social-democrata. Lulla tenta descaracterizar FHC como esquerda. No entanto, todos comemoraram, juntos, em 1994, a “eleição [de FHC] como o primeiro presidente de esquerda do Brasil”. O PT e os partidos mais à esquerda comemoraram, de novo, em 2002, oito anos depois, a “eleição [agora de Lulla] como o primeiro presidente de esquerda do Brasil”. Os partidos mais à esquerda de Lulla, e mesmo parte do PT, não hesitam agora em rotular Lulla como neo-liberal. Para eles, Serra é de direita…

A outra frente, mais importante no longo prazo, porque viabiliza a frente política, é a educacional. Seguindo a orientação de Gramsci, a esquerda assumiu controle de todos os espaços formadores de opinião, dos quais a educação (seguida da mídia e das editoras) é o principal.
O resultado, nessa frente, é descrito e denunciado muito bem no excelente site: “Escolas sem Partido” – que tem o lema “Educação sem Doutrinação”.
Recomendo que visitem o site e leiam o que ali está descrito e denunciado.

O Coordenador do site está sendo processado, com grande alarde, pelo COC (Curso Oswaldo Cruz), com sede em Ribeirão Preto, por ter denunciado o fato de que um livro de História daquela rede de ensino está cheio de lixo esquerdista.

* Eduardo Chaves é escritor, consultor, empresário, professor de Filosofia (aposentado na UNICAMP e em atuação no UNISAL-Americana)

Post publicado no blog do autor em 10 de abril de 2010.


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