sábado, 29 de setembro de 2012

Chávez vendendo ouro venezuelano?Tá sinistro isso!!!

HÁVEZ JÁ VENDEU 10,93 TONELADAS DO OURO DA VENEZUELA E GERA DESCONFIANÇA SOBRE SITUAÇÃO ECONÔMICA DO PAÍS

Boneco de Chávez no centro de Caracas (Foto O Globo)
Um ano depois do desfile de caminhões blindados que marcou a chegada a Caracas do ouro repatriado pelo presidente Hugo Chávez, o país decidiu se desfazer de parte de suas “joias da coroa” pouco antes das eleições de 7 de outubro. Um relatório do FMI, divulgado pela Reuters, mostra que, neste ano, já foram vendidas 10,93 toneladas do metal. Deste total, somente em agosto foram 3,2 toneladas, equivalentes a cerca de 1% do estoque. A medida é considerada atípica num cenário de incerteza na economia global, em que a maior parte dos países opta por acumular reservas no lugar de vendê-las. 

Especialistas ouvidos pelo GLOBO afirmam que a decisão do Banco Central da Venezuela (BCV) reflete a falta de liquidez. A venda de ouro, ainda que pontual, ressalta, segundo economistas, um quadro de aumento de gastos em ano eleitoral, gestão inadequada das receitas do petróleo, alta de importações e imperícia no manejo das reservas.

A venda foi confirmada por Ricardo Sanguino, presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional. Simpatizantes do governo dizem que a medida é uma ação normal e atribuem as críticas a uma “operação da oposição para prejudicar o governo na campanha”.

- Não houve perda para o país, não existe uma estratégia de venda de ouro - disse o ex-ministro de Finanças do governo Chávez e membro da diretoria do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Rodrigo Cabezas.
Para outros economistas, no entanto, o gesto reforça que a própria decisão de repatriar o metal foi equivocada. Na prática, ela teria dificultado o acesso a crédito, segundo Efraín Velázquez, presidente do Conselho Nacional de Economia.

- Foi um sinal da inconsistência da política econômica. A maioria dos países mantém suas reservas em ouro no exterior. E a partir disso realiza operações de crédito em que o metal serve como garantia. Agora, tivemos que vender.
O presidente da consultoria Econométrica, Angel García Banchs, tem avaliação similar:

- Quando um Banco Central vende ouro, é como se começasse a vender as joias da coroa. Isso manda um mau sinal para os investidores.
Câmbio controlado

Segundo Banchs, as reservas internacionais do país somam US$ 25 bilhões. O economista calcula que, para operar com tranquilidade, a Venezuela necessitaria do triplo. O objetivo seria contar com uma espécie de colchão ou blindagem contra variações do preço do petróleo, que responde por 60% da entrada de divisas. ---> Leia MAIS

ESTA MESMA INFORMAÇÃO TAMBÉM ESTÁ NO JORNAL ABC DA ESPANHA, EM REPORTAGEM DE LUDMILA VINOGRADOFF. TRANSCREVO NO ORIGINAL EM ESPANHOL:

EM ESPAÑOL - Las joyas de la abuela es lo último que se toca en caso de extrema urgencia y es lo que parece estar sucediendo en Venezuela con sus reservas de oro. El Gobierno de Hugo Chávez ha vendido en los últimos días 5,6 toneladas de oro por falta de liquidez en sus reservas monetarias para cubrir la demanda en dólares del mercado local, lo que ha pasado inadvertido por la campaña de las elecciones presidenciales.
La información la suministró el Fondo Monetario Internacional, afirmando que en agosto pasado el Banco Central de Venezuela (BCV) redujo en 3,8 toneladas para situar el nivel en 362,05 toneladas de oro. Pero hace 10 días también vendió otro pequeño lote de 1,8 toneladas. La venta de los dos lotes del metal habría producido un ingreso de 326,16 millones de dólares, según el cálculo del BCV.
Lo que destaca el Fondo Monetario es que mientras otros países como Corea del Sur, Turquía, Ucrania, Mongolia, Rusia y Serbia compran oro para mejorar sus ahorros, Venezuela hace todo lo contrario disminuyendo sus reservas internacionales, con lo cual debilita el bolívar, su moneda nacional.
Los lingotes de oro constituyen cerca del 80 % de las reservas venezolanas. Según cifras oficiales del BCV las reservas internacionales totales se ubican al cierre de 24 de septiembre en 24.440 millones de dólares, lo que representa un descenso de 18,9 % en lo que va de año pues su nivel «optimo» era de 26.800 millones de dólares.
Por la campaña electoral el presidente Chávez ha incrementado el gasto público y la brecha entre ingresos y gastos, que se sitúa en 11 % del PIB, cubierta con emisión de deuda. 
Devaluación de la moneda - Los analistas financieros estiman que Venezuela se dirige hacia una inminente devaluación pero Chávez ya culpa al candidato opositor Henrique Capriles Radonski de que devaluaría la moneda en caso de ganar el 7 de octubre y que también subiría el precio de la gasolina.
El economista José Guerra, ex director del banco central, dijo que «el BCV no tiene caja, está urgido de liquidez. Desde hace dos años empezaron a liquidar todos los bonos y ahora están liquidando el oro. Esto responde a un mal manejo de las reservas, no había necesidad de llegar a esto».
Pero el analista político e historiador Antonio Sánchez califica de «saqueo» la venta de oro. «El tirano ha hecho desaparecer seis toneladas de oro de nuestras reservas internacionales. ¿Dónde fueron a parar? ¿Quién cargó los lingotes? ¿Lo hicieron desparecer en las tinieblas de la noche o a plena luz del día? ¿Está en La Habana, en Pekín, en Rusia o en algún banco especializado en negocios turbios? ¿Ha servido al financiamiento de la campaña más ilusoria e inútil de la historia, filtrada con gordas comisiones en los voraces bolsillos de los izarritas, maduros y rodríguez de la banda?». Do site do jornal ABC

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