domingo, 23 de setembro de 2012

Uma mensagem complicada aos militares!

Uma dura mensagem aos Generais!

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Wesley Pruden

Por que Barack Obama é olhado com tanta desconfiança nas fileiras militares? Trata-se de intuição. Há algo nele que não se encaixa. As abelhas detectam qualquer intruso na colméia pelo faro. Soldados, marinheiros, fuzileiros e pilotos têm o mesmo instinto.

Muitos militares sentem que seus superiores os traem e abandonam, a começar pelo Comandante Supremo. Os antigos costumes e tradições, que preservaram as FFAA na guerra e na paz, têm sido emporcalhados e ridicularizados. Em seu lugar, gente estranha às fileiras, com apoio de cima, tenta atochar nas Forças Armadas regulamentos e atitudes “politicamente corretas”, cuja finalidade é anular a hombridade militar.

Qualquer oficial que reclame contra essa campanha de desmoralização pode dar sua carreira por encerrada. Vendo seus superiores assim manietados, a tropa se sente desorientada e sem comando.

O Centro de Liderança Militar do Exército em Fort Leavenworth, Kansas, enviou questionários a 16.800 oficiais de carreira e praças, para conhecer sua opinião sobre se “o Exército está na direção certa na preparação para os desafios dos próximos 10 anos.” As respostas deveriam assustar qualquer comandante com mínimo de consciência profissional. Deveriam preocupar seus superiores em Washington. Mas não terão nenhum efeito, porque esses comandantes e superiores são exatamente os responsáveis pelo que as fileiras apontam como errado.

Apenas 26% dos entrevistados – ¼ do total – acha que o Exército está no rumo correto para assegurar a defesa da Nação. Outros 40% acham que está perdido. E os restantes 36% dizem que não sabem responder. É claro que sabem. Afinal, são oficiais do Exército. Mas aprenderam a lição: se quiserem seguir carreira, é melhor não ter opinião sobre nada.

Os 40% que acham que o Exército está no mau caminho citam duas razões para a sua apreensão. A primeira é o esvaziamento da profissão militar por um Presidente alienado, um saído-do-nada, como é Obama. A segunda é o efeito desmoralizante da “correção política”.

Os descontentes não entendem como seus comandantes podem ser tão subservientes aos absurdos inventados pela Casa Branca. Não lhes passa pela cabeça que esses comandantes estão onde estão exatamente porque são invertebrados capazes de tudo para permanecer nos cargos.

Tanto o Presidente Obama como o Secretário da Defesa Leon Panetta continuam a empurrar sua agenda de reformas, sem que ninguém saiba aonde e até que ponto pretendem chegar. Obama assinou um decreto que torna obrigatória a celebração, nas unidades militares, do “Mês do Orgulho Veado, Sapatão e Traveco”. E o senhor Panetta orgulhosamente baixa uma Ordem do Dia: “Não apenas no Mês do Orgulho Veado, mas todos os meses, devemos celebrar nossa rica diversidade e renovar nosso compromisso de garantir igualdade para todos.”

O argumento para forçar o Orgulho Gay aos militares é simples. Como podem os que se opõem saber se é ou não prejudicial ao moral militar, sem colocá-lo em prática? O problema é que nem Panetta, nem Obama, esclarecem de que modo obrigar a tropa a tolerar veados pode aumentar sua capacidade de enfrentar o inimigo em combate.

Além disso, se homossexuais merecem um mês de comemorações em nome da diversidade, então seria necessário, para garantir a igualdade, um mês para os negros, outro mês para os índios, outro para os mexicanos, mais um para as mulheres e, caso ainda sobre algum mês no calendário, que tal lembrar também dos descendentes de europeus, que fundaram os Estados Unidos, constituíram suas Forças Armadas, contribuíram com seu sangue, forneceram mais de 95% dos heróis registrados na História, e representam mais de 2/3 da população do País?

O problema não é apenas de homossexualidade. É de compostura. Demonstrações públicas de carinho de qualquer natureza sempre foram desencorajadas na tradição militar. As Forças Armadas sempre tiveram rígidas normas de conduta. Houve época em que até adultério era punido mediante corte marcial, quando mexia com hierarquia e disciplina.

Carícias e beijos, por doces que sejam, não combinam com campos de tiro, locais de serviço ou comportamento público de homens fardados. Disciplina, dignidade e auto-controle sempre foram reconhecidos como fatores essenciais da boa ordem militar. Agora, porém, soldados são encorajados a participar, uniformizados, de paradas de “orgulho guêi”, exibindo bandeirolas, fitas ou até mesmo grandes pênis de papelão, tão populares nas rodas homossexuais de São Francisco. Será que os generais Patton, Sheridan ou Pershing reconheceriam o seu Exército?

Barack Obama, que vive a dizer que sua “visão de estadista” se desenvolve cada vez mais, provavelmente não liga a mínima para os militares, exceto nas ocasiões em que posar como herói lhe rende alguma publicidade, como aconteceu recentemente, quando recebeu o grupo de fuzileiros que liquidou bin Laden no Afeganistão. Nos Estados Unidos, aliás, essa é a tendência geral da política.

Tipos como Dick Cheney e Bill Clinton, por exemplo, adoravam provocar guerras e intervenções militares. Mas estava na cara que para eles, como indivíduos, aquilo era brinquedo fascinante, nada mais. Clinton, por exemplo, apesar de instruido por assessores, nunca aprendeu como comportar-se em cerimônias militares, nas quais sempre parecia peixe fora d'água. Isso não o impedia, porém, de aproveitar cada oportunidade para convidar heróis condecorados e posar para fotos ao seu lado, procurando parecer enturmado e à vontade.

Os militares de hoje continuam, como seus antecessores, prontos a lutar e a morrer em defesa dos Estados Unidos da América. Mas precisam de líderes patrióticos e dedicados. Não adianta desenvolver armas de enésima geração. Elas não substituem lideranças capazes e respeitadas.

Quando os chefes de Estado se empenham em destruir o moral das FFAA, submetendo-as a experimentos sociológicos aberrantes, contrários a tudo o que a História tem ensinado, de fato estão minando as defesas da Nação.

O aviso dado pelos militares na pesquisa do Exército será, sem dúvida, inútil para Obama. Mas é bom que Mitt Romney preste atenção.

Wesley Pruden é Editor Emérito do The Washington Times. Originalmente publicado em 11 de setembro de 2012. http://www.washingtontimes.com/news/2012/sep/11/pruden-a-grim-message-for-the-generals/#ixzz26RIoPhCv

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