A importância dos militares
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Gerhard Erich Boehme
Tenho recebido inúmeras mensagens que trazem ofensas aos nossos militares. Muitas, a grande maioria, se devem a uma falsa e falha interpretação dos fatos que tivemos ao longo da história do Brasil e protagonizada pelos brasileiros.
O erro recorrente se dá devido desconsiderarem a conjuntura da época, quando de forma leviana e irresponsável analisam fatos passados, muitas vezes falseados, sob a realidade atual, ou melhor sob a ilusão atual, seja ela devido estarem entorpecidos pela ilusão de um bolivarianismo que nos seria solução ou sedentos em auferir privilégios, seja aposentadorias ou indenizações indevidas, bem como a notoriedade através de livros, artigos, filmes, peças ou novelas.
A questão é que temos nossa Constituição, seja ela inexequível ou não, nela estão previstas as atribuições dos militares.
Toda nação para ser livre e soberana deve saber valorizar as suas Forças Armadas, pois se assim não fizer estará fatalmente se subjugando a outras nações. Este foi sem dúvida o grande legado que os militares souberam nos deixar com a Contrarrevolução de 1964, pois se os militares de então não se tivessem posicionado, isso em um mundo dividido, com inúmeras nações subjugadas aos dois grandes impérios de então, um dele seguramente defendendo a liberdade, mas também seus interesses.
Não fossem os militares o Brasil seria palco de um grave conflito interno, onde os que defendem a liberdade se colocariam contra os que queriam nos subjugar a uma ideologia que nos era e é (ainda) exótica. Não fossem os militares o Brasil estaria dividido, tal qual a Coréia, Cuba, Alemanha e tantas outras nações, quando não subjugado completamente à URSS. Teríamos seguramente milhões de mortes, diásporas, etc.. Basta ver o que se sucedeu na Colômbia, ainda hoje dividida, com parte de seu território ocupado por uma força que se diz revolucionária, mas que na realidade se mantém através do narcotráfico. Ou em Cuba, igualmente dividida pelas suas diásporas e mortes, onde os paredóns eram uma constante.
Somente ingênuos acreditam que os Estados Unidos da América deixariam que o Brasil se tornasse subjugado a Moscou, ainda mais próximo ao seu quintal. Ou como muitos dizem, no seu quintal.
Os militares evitaram que os norte-americanos viessem a intervir no Brasil, os militares também evitaram que as forças públicas e muitas milícias ligadas a Adhemar de Barros, Carlos Lacerda e a governadores de outros estados viessem a intervir, sem contar que tínhamos inúmeros grupos de direita, também fortemente armados e que seguramente se armariam com uma rapidez muito maior face aos interesses econômicos ameaçados.
Felizmente, considerando o cenário da época, tivemos os militares intervindo.
Pessoas que hoje, sem considerar inúmeros fatores se posicionam a favor de uma ideologia que prega a ilusão, que se mostrou inviável onde quer que tenha sido adotada.
E temos uma questão que é grave, os que analisam o Regime Militar o consideram como uma coisa única, o que leva a uma análise errada e superficial, pois o período de exceção deve ser analisado em suas diversas fases, em especial o breakpoint que tivemos em 1967.
Basta ver que como a esquerda revanchista hoje se posiciona, omite ou desconsidera a mudança havida na trajetória da Revolução de 31 de Março, esta que teve um “breakpoint”, sendo identificadas por historiadores e jornalistas como o marco da mudança duas datas significativas, o dia 19 de março de 1967, domingo, com o discurso com que o presidente Castelo Branco se despediu do País em reunião ministerial — a última reunião de seu governo, que terminou no dia 15 de março (de 1967) quando se encerrou a fase dir-se-ia risonha do processo contrarrevolucionário brasileiro.
Os aplausos múltiplos endereçados ao Marechal Costa e Silva e o silêncio que cercou a saída do Marechal Castelo Branco traduziam a esperança de largas camadas da população em que dias melhores viriam. Mas a esperança não pode ser confundida com a realidade dos fatos, nem os aplausos tomados como determinantes de uma conduta governamental. É que, embora a esperança e os aplausos tenham dado o conteúdo humano à pompa e circunstância que cercaram a posse do Marechal-Presidente, pairava no ar uma angústia indefinida e indefinível. O que de fato ocorria, se decidiu editar o Ato Institucional nº 5.
Neste cenário Castelo Branco assegurou que se fizesse uma nova Constituição (que entrou em vigor no dia em que transmitiu o poder a Costa e Silva). Essa Constituição foi elaborada pelo Congresso sem qualquer pressão do Executivo; diria mesmo que até desafiando, em alguns de seus artigos aprovados (os que definiam as garantias e direitos individuais), o pensamento de muitos dos que cercavam o presidente no Planalto.
Quanto ao cenário mundial, muitos, principalmente os ideologicamente estressados, não analisam o que de fato levou a construção do Muro de Berlin e finalmente em 1989 a sua queda, quando o socialismo mostrou ao mundo a sua verdadeira face e se deu a queda do socialismo. Foi quando o mundo, menos a América Latina, muito bem analisada pelos escritores Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa em seus best-sellers (Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano e A Volta do Idiota, caiu na real. Estes dois livros são de leitura obrigatória de todos os brasileiros.
O mundo nos anos 60 e 70 estava polarizado, sabia-se que em termos mundiais se travava então uma contraofensiva, posta em prática com múltiplas frentes pelos governos da União Soviética, da China e da Albânia, quando se intensificaram as ações terroristas e desestabilizadoras levadas a termo, principalmente com vastos recursos disponibilizados por estes países a grupos que atuavam no Brasil. A esta contraofensiva, muitos países da América Latina, liderados pelo Brasil, principalmente pela liderança que o nosso país conquistou no Império e manteve em razão de sua história e de seu tamanho, contando com o apoio de países como os Estados Unidos, que de certa forma temiam também na América Latina se desenvolvessem movimentos guerrilheiros similares aos que ocorriam no Sudeste Asiático.
A radicalização ou a necessidade de se por em prática um pulso forte se deu, no meu entender, devido ao fato do Brasil e outros países da América Latina serem alvo da disputa entre os dois grandes blocos em confronto latente, no período em que o império soviético ainda se mantinha forte graças à exploração de seus satélites e a tecnologia ainda poderia ser disputada com os Estado Unidos.
Vejo que tais fatos são de certa forma desconsiderados, em especial pela esquerda que desta forma sustenta que a Revolução de 31 de Março foi uma ação única, desconsiderando todos os fatos que ocorreram entre 1961 e 1964, de como a sociedade brasileira estava sendo manipulada por forças políticas que tinham o objetivo de tomar o poder e submeter o Brasil ao controle soviético. Hoje posam como hipócritas ou vítimas, ou os dois.
Gerhard Erich Boehme é engenheiro químico (UFRJ), administrador (UFPR), especialista em Engenharia da Qualidade (PUC/PR), pós-graduado em Engenharia de processos (UFRJ/PETROBRAS), Engenharia de Segurança e Saúde no Trabalho (Fundacentro) e Gestão Ambiental (TÜV Rheinland/Alemanha). É consultor, auditor e professor em cursos de pós-graduação na área da criatividade e sistemas gestão normalizados (qualidade, ambiental, segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social e segurança alimentar), na área de gestão de energia (conservação de energia), prêmios de excelência e Agenda 21.
Por Gerhard Erich Boehme
Tenho recebido inúmeras mensagens que trazem ofensas aos nossos militares. Muitas, a grande maioria, se devem a uma falsa e falha interpretação dos fatos que tivemos ao longo da história do Brasil e protagonizada pelos brasileiros.
O erro recorrente se dá devido desconsiderarem a conjuntura da época, quando de forma leviana e irresponsável analisam fatos passados, muitas vezes falseados, sob a realidade atual, ou melhor sob a ilusão atual, seja ela devido estarem entorpecidos pela ilusão de um bolivarianismo que nos seria solução ou sedentos em auferir privilégios, seja aposentadorias ou indenizações indevidas, bem como a notoriedade através de livros, artigos, filmes, peças ou novelas.
A questão é que temos nossa Constituição, seja ela inexequível ou não, nela estão previstas as atribuições dos militares.
Toda nação para ser livre e soberana deve saber valorizar as suas Forças Armadas, pois se assim não fizer estará fatalmente se subjugando a outras nações. Este foi sem dúvida o grande legado que os militares souberam nos deixar com a Contrarrevolução de 1964, pois se os militares de então não se tivessem posicionado, isso em um mundo dividido, com inúmeras nações subjugadas aos dois grandes impérios de então, um dele seguramente defendendo a liberdade, mas também seus interesses.
Não fossem os militares o Brasil seria palco de um grave conflito interno, onde os que defendem a liberdade se colocariam contra os que queriam nos subjugar a uma ideologia que nos era e é (ainda) exótica. Não fossem os militares o Brasil estaria dividido, tal qual a Coréia, Cuba, Alemanha e tantas outras nações, quando não subjugado completamente à URSS. Teríamos seguramente milhões de mortes, diásporas, etc.. Basta ver o que se sucedeu na Colômbia, ainda hoje dividida, com parte de seu território ocupado por uma força que se diz revolucionária, mas que na realidade se mantém através do narcotráfico. Ou em Cuba, igualmente dividida pelas suas diásporas e mortes, onde os paredóns eram uma constante.
Somente ingênuos acreditam que os Estados Unidos da América deixariam que o Brasil se tornasse subjugado a Moscou, ainda mais próximo ao seu quintal. Ou como muitos dizem, no seu quintal.
Os militares evitaram que os norte-americanos viessem a intervir no Brasil, os militares também evitaram que as forças públicas e muitas milícias ligadas a Adhemar de Barros, Carlos Lacerda e a governadores de outros estados viessem a intervir, sem contar que tínhamos inúmeros grupos de direita, também fortemente armados e que seguramente se armariam com uma rapidez muito maior face aos interesses econômicos ameaçados.
Felizmente, considerando o cenário da época, tivemos os militares intervindo.
Pessoas que hoje, sem considerar inúmeros fatores se posicionam a favor de uma ideologia que prega a ilusão, que se mostrou inviável onde quer que tenha sido adotada.
E temos uma questão que é grave, os que analisam o Regime Militar o consideram como uma coisa única, o que leva a uma análise errada e superficial, pois o período de exceção deve ser analisado em suas diversas fases, em especial o breakpoint que tivemos em 1967.
Basta ver que como a esquerda revanchista hoje se posiciona, omite ou desconsidera a mudança havida na trajetória da Revolução de 31 de Março, esta que teve um “breakpoint”, sendo identificadas por historiadores e jornalistas como o marco da mudança duas datas significativas, o dia 19 de março de 1967, domingo, com o discurso com que o presidente Castelo Branco se despediu do País em reunião ministerial — a última reunião de seu governo, que terminou no dia 15 de março (de 1967) quando se encerrou a fase dir-se-ia risonha do processo contrarrevolucionário brasileiro.
Os aplausos múltiplos endereçados ao Marechal Costa e Silva e o silêncio que cercou a saída do Marechal Castelo Branco traduziam a esperança de largas camadas da população em que dias melhores viriam. Mas a esperança não pode ser confundida com a realidade dos fatos, nem os aplausos tomados como determinantes de uma conduta governamental. É que, embora a esperança e os aplausos tenham dado o conteúdo humano à pompa e circunstância que cercaram a posse do Marechal-Presidente, pairava no ar uma angústia indefinida e indefinível. O que de fato ocorria, se decidiu editar o Ato Institucional nº 5.
Neste cenário Castelo Branco assegurou que se fizesse uma nova Constituição (que entrou em vigor no dia em que transmitiu o poder a Costa e Silva). Essa Constituição foi elaborada pelo Congresso sem qualquer pressão do Executivo; diria mesmo que até desafiando, em alguns de seus artigos aprovados (os que definiam as garantias e direitos individuais), o pensamento de muitos dos que cercavam o presidente no Planalto.
Quanto ao cenário mundial, muitos, principalmente os ideologicamente estressados, não analisam o que de fato levou a construção do Muro de Berlin e finalmente em 1989 a sua queda, quando o socialismo mostrou ao mundo a sua verdadeira face e se deu a queda do socialismo. Foi quando o mundo, menos a América Latina, muito bem analisada pelos escritores Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa em seus best-sellers (Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano e A Volta do Idiota, caiu na real. Estes dois livros são de leitura obrigatória de todos os brasileiros.
O mundo nos anos 60 e 70 estava polarizado, sabia-se que em termos mundiais se travava então uma contraofensiva, posta em prática com múltiplas frentes pelos governos da União Soviética, da China e da Albânia, quando se intensificaram as ações terroristas e desestabilizadoras levadas a termo, principalmente com vastos recursos disponibilizados por estes países a grupos que atuavam no Brasil. A esta contraofensiva, muitos países da América Latina, liderados pelo Brasil, principalmente pela liderança que o nosso país conquistou no Império e manteve em razão de sua história e de seu tamanho, contando com o apoio de países como os Estados Unidos, que de certa forma temiam também na América Latina se desenvolvessem movimentos guerrilheiros similares aos que ocorriam no Sudeste Asiático.
A radicalização ou a necessidade de se por em prática um pulso forte se deu, no meu entender, devido ao fato do Brasil e outros países da América Latina serem alvo da disputa entre os dois grandes blocos em confronto latente, no período em que o império soviético ainda se mantinha forte graças à exploração de seus satélites e a tecnologia ainda poderia ser disputada com os Estado Unidos.
Vejo que tais fatos são de certa forma desconsiderados, em especial pela esquerda que desta forma sustenta que a Revolução de 31 de Março foi uma ação única, desconsiderando todos os fatos que ocorreram entre 1961 e 1964, de como a sociedade brasileira estava sendo manipulada por forças políticas que tinham o objetivo de tomar o poder e submeter o Brasil ao controle soviético. Hoje posam como hipócritas ou vítimas, ou os dois.
Gerhard Erich Boehme é engenheiro químico (UFRJ), administrador (UFPR), especialista em Engenharia da Qualidade (PUC/PR), pós-graduado em Engenharia de processos (UFRJ/PETROBRAS), Engenharia de Segurança e Saúde no Trabalho (Fundacentro) e Gestão Ambiental (TÜV Rheinland/Alemanha). É consultor, auditor e professor em cursos de pós-graduação na área da criatividade e sistemas gestão normalizados (qualidade, ambiental, segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social e segurança alimentar), na área de gestão de energia (conservação de energia), prêmios de excelência e Agenda 21.
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