Governo argentino convence supermercados a congelar preços por 2 meses
BUENOS AIRES, 4 Fev (Reuters) - O governo argentino e as principais redes de supermercados do país selaram nesta segunda-feira um acordo para que os preços no varejo fiquem congelados durante dois meses como forma de combater a inflação, segundo autoridades.
O anúncio ocorre num momento em que consultorias privadas, como a M&S, do economista Carlos Melconián, divulgam cálculos de que a inflação em janeiro ficou entre 2,6 e 2,9 por cento, numa forte aceleração em relação à cifra de 1,6 a 1,9 por cento registrada nos meses anteriores.A Argentina tem uma das maiores inflações mundiais na atualidade, chegando a cerca de 25 por cento ao ano, segundo economistas independentes.
O governo, que faz medições questionadas por economistas, oposicionistas, órgãos de defesa do consumidor e até por empregados do departamento oficial de estatísticas, considera que os preços subiram 10,8 por cento no ano passado.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu na sexta-feira uma "declaração de censura" contra a Argentina por preocupação com a qualidade dos dados oficiais de inflação e crescimento econômico e deu prazo até 29 de setembro para que o governo adote medidas corretivas.
A Secretaria de Comércio Interior informou que o acordo de congelamento que ficará vigente até 1 de abril foi selado com as redes varejistas Coto, Jumbo, Carrefour, Vea, Disco, WalMart e La Anónima, entre outras.
(Reportagem de Guido Nejamkis)
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