sábado, 4 de maio de 2013

Argentina critica campanha brasileira contra a dengue

Ministro diz que imagem não reflete a realidade
EFE

campanha dengue, Barretos, TLDivulgação/Prefeitura de Barretos

O ministro de Saúde argentino, Juan Manzur, questionou nesta quarta-feira (26) uma publicidade contra a dengue feita pela cidade de Barretos na qual o mosquito transmissor da doença usa uma camisa da Argentina.
- Vamos falar com os colegas e as autoridades sanitárias do Brasil, obviamente, porque é uma situação que não tem nada a ver com a realidade.
Com o título "Vamos vencer este jogo", a propaganda mostra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, com a camisa da Argentina. O Brasil notificou até outubro do ano passado 936 mil casos de dengue no país e 598 mortes suspeitas. Embora os números ainda não estejam fechados, eles indicam um ano recorde de casos e mortes.
- O Brasil tem uma quantidade realmente grande de casos, a tal ponto que a informação fornecida por eles mesmos está superando 1 milhão de pacientes. Há um velho ditado que diz que saúde não tem fronteiras.
Argentina em alerta
Manzur deu as declarações enquanto fazia uma visita à localidade argentina de Aguas Blancas, fronteiriça com a Bolívia, no marco de uma campanha contra a dengue. O ministro viajou ao extremo norte do país para realizar tarefas de prevenção contra a doença depois que a Bolívia declarou na semana passada alerta sanitário no país devido à morte nas últimas semanas de oito pessoas com dengue e a infecção de outras 1.200 na região amazônica de Beni, fronteira com o Brasil.
Após manter uma reunião com equipes sanitárias da Bolívia, Manzur admitiu em comunicado que "a situação da dengue na região é delicada", por isso o governo argentino redobrou os esforços nas tarefas de prevenção.
Apesar de ter indicado que "até o momento não há circulação viral da dengue" na Argentina, o ministro advertiu que "a migração ajuda a fazer com que a dengue se propague".
A Argentina também pediu que os Governos provinciais "fortaleçam a vigilância epidemiológica" já que a doença se prolifera na Bolívia, Brasil e Paraguai.
 
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