Quem tem medo de ser conservador?
A direita de hoje, acuada, é vítima do preconceito e enfrenta discriminação.
“A direita é a verdadeira minoria discriminada, e pior, sem nenhuma ONG pra defender”. É assim que a publicitária Paula (nome fictício) vê a rotina da direita brasileira. Depois de décadas enfrentando forte hostilidade, o pensamento de direita (ou liberal, ou conservador) no Brasil se vê em uma situação singular na história das sociedades democráticas: precisa lutar contra o preconceito e a intolerância, dos outros.
Seja na vida profissional, na acadêmica e até mesmo na pessoal, ser de direta é aprender a pisar em ovos. “Já perdi amigos, já quebrei muitos pratos com ex-colegas de trabalho. Hoje, dependendo de quem está por perto, e se sei de antemão como pensam, evito falar em política”, diz Paula, lembrando-se dos casos desagradáveis provocados por diferenças políticas.
O universitário D.V., que também pediu para não ter seu nome divulgado, tirou satisfação com um professor de esquerda na sua faculdade: “Ele insinuou que George W. Bush estava por trás dos atentados de 11 de Setembro, o que não faz o menor sentido”. A discussão terminou na coordenação do curso, mas os dois acabaram se entendendo. “Esses professores estão tão acostumados a dizer qualquer disparate impunemente que, quando confrontados, reagem surpresos”, afirma D.V..
Ao contrário de outras democracias pelo mundo, a direita brasileira foi expulsa do debate da sociedade. A má-interpretação da ideologia conservadora, o desconhecimento das definições políticas e a falta de estudo seriam os fatores responsáveis para esse paradoxo, que não tem semelhança em nenhum outro país onde a democracia já é uma tradição.
“O termo ‘direita’ é quase sempre interpretado como sendo um tipo de desinteresse pelo social, uma tendência oligárquica egoísta”, explica o advogado Douglas Donin, “o país cresceu sem ter contato com um modelo verdadeiramente liberal, cresceram sempre à sombra de um estado paternalista, onipresente. Eles não trabalham com a hipótese de haver bem, justiça e oportunidade que não seja dada pelo Estado”.
A solução para o problema passa pela educação, de acordo com Paula: “A direita corre o risco de permanecer eternamente nessa posição se os valores que defendemos não forem inseridos didaticamente na sociedade brasileira”.
Link:
http://www.overmundo.com.br/overblog/quem-tem-medo-de-ser-conservador
“A direita é a verdadeira minoria discriminada, e pior, sem nenhuma ONG pra defender”. É assim que a publicitária Paula (nome fictício) vê a rotina da direita brasileira. Depois de décadas enfrentando forte hostilidade, o pensamento de direita (ou liberal, ou conservador) no Brasil se vê em uma situação singular na história das sociedades democráticas: precisa lutar contra o preconceito e a intolerância, dos outros.
Seja na vida profissional, na acadêmica e até mesmo na pessoal, ser de direta é aprender a pisar em ovos. “Já perdi amigos, já quebrei muitos pratos com ex-colegas de trabalho. Hoje, dependendo de quem está por perto, e se sei de antemão como pensam, evito falar em política”, diz Paula, lembrando-se dos casos desagradáveis provocados por diferenças políticas.
O universitário D.V., que também pediu para não ter seu nome divulgado, tirou satisfação com um professor de esquerda na sua faculdade: “Ele insinuou que George W. Bush estava por trás dos atentados de 11 de Setembro, o que não faz o menor sentido”. A discussão terminou na coordenação do curso, mas os dois acabaram se entendendo. “Esses professores estão tão acostumados a dizer qualquer disparate impunemente que, quando confrontados, reagem surpresos”, afirma D.V..
Ao contrário de outras democracias pelo mundo, a direita brasileira foi expulsa do debate da sociedade. A má-interpretação da ideologia conservadora, o desconhecimento das definições políticas e a falta de estudo seriam os fatores responsáveis para esse paradoxo, que não tem semelhança em nenhum outro país onde a democracia já é uma tradição.
“O termo ‘direita’ é quase sempre interpretado como sendo um tipo de desinteresse pelo social, uma tendência oligárquica egoísta”, explica o advogado Douglas Donin, “o país cresceu sem ter contato com um modelo verdadeiramente liberal, cresceram sempre à sombra de um estado paternalista, onipresente. Eles não trabalham com a hipótese de haver bem, justiça e oportunidade que não seja dada pelo Estado”.
A solução para o problema passa pela educação, de acordo com Paula: “A direita corre o risco de permanecer eternamente nessa posição se os valores que defendemos não forem inseridos didaticamente na sociedade brasileira”.
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