sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


DILMA ENVIA ASSESSOR A CUBA PARA SABER DA SAÚDE DE CHÁVEZ. EMBAIXADA VENEZUELANA EM BRASÍLIA DIZ QUE MADURO NÃO ASSUME AUTOMATICAMENTE SE CHÁVEZ MORRER.

Marco Aurélio Garcia em Cuba para verificar situação de Chávez
HERRAMIENTA DE TRADUCCIÓN EN LA COLUMNA DE LA DERECHA -->
Interessada em monitorar o estado de saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a presidente Dilma Rousseff enviou o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, a Havana, onde o venezuelano está internado para tratar um câncer. Garcia é o principal interlocutor de Dilma com o governo de Chávez, e agora mantém Dilma informada dos desdobramentos da doença do venezuelano enquanto ela passa férias na Base Naval de Aratu (BA).

Garcia é bastante próximo do vice de Chávez, Nicolás Maduro. Na última campanha presidencial, que reelegeu Chávez em outubro para um mandato de mais seis anos, o assessor de Dilma era constantemente procurado por Maduro como conselheiro informal.

Reservadamente, integrantes do governo Dilma afirmam que não haveria mudança nas relações entre Brasil e Venezuela caso Maduro tivesse que substituir o atual presidente definitivamente no poder — o vice foi apontado diretamente por Chávez como seu candidato em eventuais eleições.

Governo não antecipa desfecho
No momento, o governo brasileiro avalia que ainda não é possível antecipar o que pode acontecer na Venezuela. Isso porque, caso Chávez renuncie antes do dia 10 ou não tenha condições de tomar posse nessa data, quem assume interinamente o governo é o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

Segundo a Embaixada da Venezuela em Brasília, Maduro não assume automaticamente se Chávez renunciar porque na Venezuela o vice não é eleito, mas indicado pelo presidente. A Constituição venezuelana determina que, em caso de ausência absoluta (morte, renúncia, destituição) do mandatário, assume o presidente da Assembleia Nacional e ele deve convocar eleições em 30 dias.

“É importante deixar claro que ainda não existe nenhuma discussão por parte do governo sobre a possibilidade de adiamento da data da posse”, diz a assessoria da embaixada, segundo a qual as discussões sobre o tema são expressões extraoficiais de opiniões pessoais de políticos.
 Do site do jornal O Globo

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