Ex-"Pussy Riot" querem tirar Putin da presidência
Nadejda Tolokonnikowa e Maria Aliochina, ambas presas e recém-libertadas, deram uma conferência de imprensa e apresentaram um plano político articulado: querem concentrar-se sobre o tema da luta por condições prisionais correctas, querem aliar-se com Chodorkowski mas sem serem financiadas por ele, e querem, sobretudo, expulsar da presidência Vladimir Putin e tudo o que ele representa.
As duas mulheres, membros da banda musical "Pussy Riot", anunciaram que "não somos neste momento 'Pussy Riot'" e que "decidimos separar-nos da marca 'Pussy Riot'". Da música passam para o activismo social, e começam pelo tema que recentemente mais as tocou: o das condições prisionais.
Dizem a esse respeito que a sua greve de fome foi útil, principalmente para as outras reclusas que ficaram na cadeia e agora já não serão obrigadas a trabalhar até 16 horas por dia, em condições próximas da escravatura.
Para esse projecto de activismo social, tencionam obter dinheiro através de um crowdfunding, e não do apoio de um qualquer mecenas. Concretamente, dizem que "admiramos Chodorkowski [o milionário e opositor de Putin agora libertado também, após 10 anos de prisão], mas não precisamos de ajuda financeira dele".
Tolokonnikowa e Aliochina têm também uma política de alianças já pensada: gostariam de colocar Chodorkowski no lugar de Putin, mas sabem que o milionário recusou apresentar-se como alternativa presidencial. As "Pussy Riot" querem no entanto discutir com ele o seu projecto e ganhá-lo para algum tipo de associação ao mesmo. E dizem-se favoráveis a uma convergência com o candidato oposicionista à presidência da Câmara de Moscovo, Alexei Nawalny.
Apesar da sua própria libertação e de outras - a de Chodorkowski, a dos activistas da Greenpeace -, as duas ex-"Pussy Riot" mostram-se reservadas sobre a euforia que têm causado tais gestos de Putin: "Não temos aqui nenhum degelo. Venham aos Jogos Olímpicos [de Inverno], não como acontecimento desportivo ou cultural, mas como acontecimento político".
Segundo as duas ex-presas, a vaga de libertações visou criar um ambiente favorável a esses Jogos Olímpicos de Inverno, agendados para as semanas entre 7 e 23 de Fevereiro na cidade russa de Sotschi, junto ao Mar Negro. Mas, na opinião de ambas, a repressão voltará em força logo que terminem os Jogos. E apelam a que estes sejam boicotados.
Dizem a esse respeito que a sua greve de fome foi útil, principalmente para as outras reclusas que ficaram na cadeia e agora já não serão obrigadas a trabalhar até 16 horas por dia, em condições próximas da escravatura.
Para esse projecto de activismo social, tencionam obter dinheiro através de um crowdfunding, e não do apoio de um qualquer mecenas. Concretamente, dizem que "admiramos Chodorkowski [o milionário e opositor de Putin agora libertado também, após 10 anos de prisão], mas não precisamos de ajuda financeira dele".
Tolokonnikowa e Aliochina têm também uma política de alianças já pensada: gostariam de colocar Chodorkowski no lugar de Putin, mas sabem que o milionário recusou apresentar-se como alternativa presidencial. As "Pussy Riot" querem no entanto discutir com ele o seu projecto e ganhá-lo para algum tipo de associação ao mesmo. E dizem-se favoráveis a uma convergência com o candidato oposicionista à presidência da Câmara de Moscovo, Alexei Nawalny.
Apesar da sua própria libertação e de outras - a de Chodorkowski, a dos activistas da Greenpeace -, as duas ex-"Pussy Riot" mostram-se reservadas sobre a euforia que têm causado tais gestos de Putin: "Não temos aqui nenhum degelo. Venham aos Jogos Olímpicos [de Inverno], não como acontecimento desportivo ou cultural, mas como acontecimento político".
Segundo as duas ex-presas, a vaga de libertações visou criar um ambiente favorável a esses Jogos Olímpicos de Inverno, agendados para as semanas entre 7 e 23 de Fevereiro na cidade russa de Sotschi, junto ao Mar Negro. Mas, na opinião de ambas, a repressão voltará em força logo que terminem os Jogos. E apelam a que estes sejam boicotados.
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