Advogado de Assange acusa os EUA de o vigiarem em segredo
Baltasar Garzón diz temer que seu cliente seja enviado aos norte-americanosNa última quinta-feira, 30, o advogado de Julian Assange disse acreditar que os Estados Unidos mantêm uma investigação sigilosa sobre seu cliente, que está asilado na Embaixada equatoriana em Londres. À agência EFE, o espanhol Baltasar Garzón, que atende o criador do Wikileaks, afirmou que “está claro” que há essa investigação, “que preocupa muito”.
“Julian Assange tem de se apresentar perante à Justiça sueca, e desde o início pretende fazer isso, só que exige uma série de garantias mínimas que evitem sua extradição ou a possibilidade de entrega a um terceiro país, neste caso, os EUA”, comentou o advogado, na Nicarágua, onde foi para se encontrar com o presidente Daniel Ortega.
Até agora, os norte-americanos não se pronunciaram sobre a situação, fato que também preocupa o Equador. Mesmo assim, Garzón pensa que Assange pode ser enviado para lá, onde pode ser tratado como o soldado Bradley Manning, que teria vazado documentos de seu país para o Wikileaks no ano passado.
David Coombs, um dos advogados de Manning, denunciou que seu cliente está preso em uma cela de 1m x 2m, onde dorme nu sob vigilância constante, e que só tem 20 minutos por dia para ficar ao ar livre.
O advogado espanhol disse que, se Assange for mandado aos EUA, eles o acusarão por “uma ação que não tem como motivo uma atividade delitiva, mas o exercício da profissão e da liberdade de expressão, no sentido de ter publicado uma série de documentos que afetam um país ou que afetam determinadas instituições”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário