terça-feira, 11 de dezembro de 2012


E agora, Marco Maia? Os companheiros vão cercar o Supremo?


O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP) (Foto: Marcelo Mora/G1)
 
Por Reinaldo Azevedo

Marco Maia (PT-RS), na reta final de seu mandato como presidente da Casa, decidiu ver crise institucional onde não existe e, repetindo procedimento padrão dos petistas, achou que poderia intimidar o Supremo.

Anteviu que, se o tribunal decidisse contra a sua pretensão – segundo ele, mandatos só podem ser cassados pelas respectivas casas do Congresso –, haveria um choque de Poderes ou algo assim.

Pois é…

Então ele terá agora um choque.

E como vai administrar?

Pedirá a seus partidários que cerquem o Supremo?

Maia se esqueceu de que os Poderes, numa República, são independentes e harmônicos, mas quem tem a última palavra em matéria constitucional é o Supremo, não a Câmara dos deputados.

E era disto que se cuidava e se cuida: de interpretar a Constituição.

Sim, a Carta carrega ambiguidades no que diz respeito à cassação de mandatos, mas também apontava, como destaquei aqui, a solução.

E agora?

De que modo Maia pretende descumprir uma decisão do Supremo?

10/12/2012

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