A Verdadeira História da Comissão da Verdade
Por José Carlos Leite Filho
A “Comissão Nacional da Verdade” (CNV) foi criada pela Lei nr 12.528, de 18/11/11, com a finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período de 18/09/46 a 05/10/88 a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional. Vale dizer: no período atingido pela anistia de que trata o Art. 8º. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
É triste, vergonhoso e revoltante constatar que o caminho que vem sendo trilhado pela citada Comissão zomba da memória, ignora a verdade e nada faz pela reconciliação nacional, mostrando-se tendenciosa e parcial ao só se interessar pelas ações de um dos lados, aquele das instituições militares, que são criminalizadas, embora tenham salvo o Brasil das garras comunistas, ao mesmo tempo em que procuram beatificar os terroristas.
Alguns hão de dizer que foram aqueles os que, pela tortura, violentaram os direitos humanos...
E as ações terroristas da esquerda armada, não foram também graves violações dos direitos humanos? A resposta positiva é óbvia. E onde está a “promoção da reconciliação nacional”? Não interessa porque o verdadeiro objetivo é a revanche mediante o uso sistemático da mentira. É estranho que tal desiderato esteja a cargo de sete (número da mentira) membros nomeados pela Presidente da República com salário de R$11.179,36, além de passagens e diárias.
Para exemplificar a violência dos pretensos beatos, já que a obviedade da mentira dispensa alongamentos de escrita, serão citados a seguir apenas algumas de um rol superior a cem vítimas dos militantes de esquerda. Ei-las a seguir:
1. Em 25/07/66: dois mortos, sendo um jornalista e o outro um almirante, e dezessete feridos em atentado à bomba no aeroporto dos Guararapes, em Recife (PE), cujo alvo era o Presidente Costa e Silva;
2. Em 24/11/67: tortura e morte do fazendeiro José Gonçalves Conceição, “Zé Dico”, cujo filho foi baleado ao tentar socorrer o pai, durante invasão de fazenda em Presidente Epitácio;
3. Em 26/06/68: assassinato do soldado Mário Kozel Filho com a explosão de uma bomba no atentado terrorista contra o Quartel-General do II Exército, em São Paulo, em ação da Vanguarda Popular Revolucionária chefiada pelo desertor Carlos Lamarca;
4. Em 01/07/68: assassinato do Major do Exército alemão Edward Von Westernhagen na Gávea (RJ) por ter sido confundido com o Major boliviano Gary Prado, suposto algoz do Che Guevara;
5. Em 12/10/68: assassinato do Capitão Charles Rodney Chandler, do Exército norte-americano, então aluno da Fundação Álvares Penteado (SP), metralhado na porta de sua residência, por decisão de um “tribunal revolucionário” da Vanguarda Popular Revolucionária porque “seria um agente da CIA” e
6. Em 10/12/70: morte do Agente da Polícia Federal Hélio de Carvalho Araújo, alvejado pelo terrorista Carlos Lamarca durante o seqüestro do Embaixador da Suiça Giovanni E. Bucher....
Caberá aos leitores julgar o procedimento da tão falada CNV a soldo oficial e concluir pela honestidade dos seus propósitos! Onde está a credibilidade dos que se propuseram “efetivar o direito à memória e à verdade histórica”?
Para finalizar, nada melhor do que saudar o 31 de março de 1964 e exaltar os que deram a vida em defesa da democracia!
José Carlos Leite Filho é General de Exército na reserva – linsleite@supercabo.com.br – 23/03/13) Originalmente publicado em “O Jornal de Hoje”, de 30/31-03-13-Natal/RN.
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