Tuma Júnior conta reação de Tarso frente a Dias Toffoli, no caso Battisti: "Covarde, covarde filho da puta !"
Tarso Genro, ao saber que Dias Toffoli (à esquerda)
julgou-se impedido e não votou a seu favor no julgamento do recurso contra o
refúgio concedido pelo então ministro da Justiça:
- Covarde, covarde filho da puta !
O então ministro da Justiça, Tarso Genro, depois de ver
repelida pelo mais novo ministro do STF, Dias Toffoli, a investida dos seus
enviados especiais, José Eduardo Cardozo, na época deputado, mais Luiz Paulo
Barroso e Sigmaringa Seixas, que queriam seu voto para coonestar o refúgio
concedido ao assassino italiano Cezare Battisti:
- Covarde, covarde filho da puta ! Um covarde
!
. Esta reação intempestiva de Tarso Genro diante de um
ministro que até há pouco era seu companheirinho de governo e de PT, deixou
perplexo seu auxiliar, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. É o
que ele conta na página 327 do seu livro "Assassinato de
Reputação".
. O ex-secretário narra em 20 páginas como é que Lula e
Tarso decidiram afrontar a lei, o governo italiano e até o STF, concedendo
abrigo a um patife assassino, condenado à prisão perpétua em Roma.
. Por trás de todas as tramóias feitas pelo então
ministro da Justiça, hoje governador do RS, e por Lula, esteve sempre o desejo
pessoal de Lula, que queria porque queria atender um pedido pessoal do seu
antigo advogado, pessoal e do PT, Luiz Eduardo Greenghald.
. Tuma Júnior não conta o caso como quem apenas ouviu
falar. Leia o que ele explica (página 313):
- Quem conhece a questão sou eu, porque eu vivi todos
esses caso.
. Ele deixa bem claro que o ministro Tarso Genro
manobrou para que o Comitê Nacional para os Refugiados, Conare, 7 membros,
rejeitasse o pedido de refúgio, para que num recurso posterior ele mesmo pudesse
emplacar o apoio a Cezare Battisti, atendendo Lula. Tarso combinou tudo com
Greenghald na véspera da reunião. O julgamento ocorreu no dia 28 de novembro de
2009. Em tudo, ajudou-o Vinicius Wu, seu assessor especial, e que agora o ajuda
no Piratini.
. O caso foi tão escandaloso que a secretária-geral do
Conare, Nara Conceição da Silva, há 20 anos na posição,
demitiu-se.
. Depois da decisão do Conare e da revogação dela por
Tarso Genro, o STF foi chamado a falar sobre o imbróglio e fulminou a decisão do
ministro da Justiça.
. Curiosamente, quem defendeu Battisti no STF não foi
Greenghald, um advogado medíocre, mas o atual ministro Joaquim Barroso,
subestatelecido para o caso.
. O Supremo anulou o refúgio.
. No último dia do seu governo, Lula abrigou-o,
concedendo-lhe residência permanente.
. Resta, ainda, o processo no qual Battisti é acusado de
ter ingressado com passaporte falso no Brasil.
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