Traficante Nem é absolvido em processo de fuga da Favela da Rocinha, e aí ?
.
Falar o que ?
O dinheiro era do traficante Nem da Favela da Rocinha, e ele era quem mandava nos advogados, mas a justiça não viu isso.
Em suma, os cúmplices condenados, mas o mandante se deu bem, o traficante Nem foi absolvido, sem mais.
O dinheiro era do traficante Nem da Favela da Rocinha, e ele era quem mandava nos advogados, mas a justiça não viu isso.
Em suma, os cúmplices condenados, mas o mandante se deu bem, o traficante Nem foi absolvido, sem mais.
O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi absolvido no processo que respondia por corrupção ativa, resultante do episódio em que tentou fugir da favela, prestes a ser pacificada, escondido na mala de um Toyota Corolla. Apesar da absolvição, o traficante ainda é réu em outros processos, nos quais responde por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, sequestro e cárcere privado.
Demóstenes Armando Dantas Cruz e Luiz Carlos Cavalcanti Azenha, os dois advogados que estavam com Nem no carro, na noite do dia 10 de novembro do ano passado, e também foram presos em flagrante, foram condenados por corrupção ativa e favorecimento pessoal. Eles ofereceram dinheiro para os policiais que o abordaram, ao tentarem sair da Rocinha com Nem na mala.
Na sentença, o juiz Ricardo Corona Pinheiro, que acatou parecer do Ministério Público, opinando pela absolvição o ex-chefe do tráfico de drogas na Rocinha, afirma não haver indícios para condená-lo por corrupção. Isso porque não ficou comprovado que Nem teria oferecido dinheiro aos policiais, uma vez que ele permaneceu, durante toda a aborgadem, dentro do porta-malas.
“Portanto, concluo, acolhendo o entendimento das partes, que as provas colhidas nestes autos são frágeis e insuficientes para gerar um decreto condenatório em relação ao acusado Antônio Bonfim”, escreveu o magistrado em sua decisão.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, quando o carro foi abordado por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, o acusado Luiz Carlos perguntou a um dos PM “se não haveria uma maneira melhor” de resolver a questão, querendo evitar que o veículo fosse revistado. Em seguida, disse que havia muito dinheiro na mala, e ele é que ia “determinar quanto”, referindo-se ao valor da propina. Em seguida, ainda de acordo com a denúncia, Demóstenes foi claro e ofereceu uma quantia para o policial. “A gente para R$ 20.000 para ficar melhor para todo mundo”.
Já André Luis Soares Cruz, que conduzia o veículo e apresentou-se como Cônsul Honorário do Congo, responde apenas por favorecimento pessoal, por tentar se aproveitar de uma suposta imunidade diplomática, e ainda não teve sentença determinada.
Réus primários e com bons antecedentes, Demóstenes e Luiz Carlos foram condenados a dois anos e um mês de prisão, e as penas foram substituídas por prestação de serviços à comunidade pelo tempo que ficariam presos, e pagamento de cestas básicas de dez salários mínimos para uma instituição a ser definida.
A fuga de Nem
Em depoimento à polícia, o advogado Luiz Carlos admitiu que daria fuga ao traficante Nem, na ocasião em que levava o criminoso na mala de um carro. Ele contou que, naquela noite, foi à Rocinha acompanhado de mais dois advogados, e o chefe do tráfico da comunidade estava “muito nervoso” e dizia não saber ainda se queria fugir ou entregar-se à polícia.
Em seguida, no entanto, o traficante levou até os advogados os honorários combinados, e mais uma quantia de dinheiro, o que fez com que ele percebesse que a intenção de Nem era fugir. Naquele momento, o criminoso disse a Luiz Carlos que gostaria de ser deixado na Rodovia Presidente Dutra, e o próprio advogado o alertou sobre a probabilidade de serem parados no caminho. Ainda assim, Nem insistiu que deixaria a favela na mala do carro
Nenhum comentário:
Postar um comentário