Papa readmite padre marxista
Cliff
Kincaid
Comentário
de Julio Severo: A informação que Kincaid traz é necessária, embora
possa revoltar alguns católicos. Quase todos os textos dele, geralmente presos
à velha mentalidade da Guerra Fria, parecem indicar que ser conservador é ser
americano. Isso sem dúvida era verdade no passado. Mesmo assim, eu prefiro pensar
que ser conservador, no sentido mais puro, é ser cristão, ainda que tanto no
meio católico quanto evangélico o esquerdismo esteja avançando de modo
preocupante. Basta citar que o Brasil, o maior país católico do mundo, está há
décadas sob um controle hegemônico esquerdista da CNBB, que é considerada por
católicos conservadores como a real fundadora do PT. Quer derrotar o esquerdismo
no Brasil? Basta substituir a CNBB por uma entidade católica conservadora
decente. O que Kincaid acerta é nas inclinações do Papa Francisco, as quais
refletem fielmente as inclinações da CNBB. Só falta agora o poder papal
esquerdista fundar um PT de governo mundial. Ainda assim, será difícil sentir
diferença. O maior país católico do mundo já está sob o poder da esquerda,
tanto na sociedade quanto na Igreja Católica. O maior país evangélico do mundo,
os EUA, também já está sob um governo socialista, tão popular que Obama foi eleito
e reeleito. A Europa não fica atrás. Então, nesse cenário ocidental onde tudo é
esquerda, que diferença irá fazer as “inclinações esquerdistas” de um papa? Eis
o artigo de Kincaid:
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| Papa Francisco |
Miguel D’Escoto, que foi presidente
da Assembleia Geral das Nações Unidas de setembro de 2008 a setembro de 2009,
foi suspenso das suas funções sacerdotais pelo Papa anticomunista João Paulo II
em 1985. D’Escoto havia se juntado ao regime comunista sandinista na Nicarágua
como ministro das relações exteriores, função na qual teve seus serviços
reconhecidos pelos soviéticos por meio de um Prêmio Lênin da Paz.
Sua readmissão é outro sinal da
tendência esquerdista do pontificado do Papa Francisco, um dos favoritos da
mídia mundial, que declarou recentemente: “Só posso dizer que os comunistas
roubaram a nossa bandeira”, pelo fato de os marxistas se dizerem preocupados
com os pobres.
Em uma carta que começa com
“Querido Irmão Presidente Obama”, datada de 25 de agosto de 2013, D’Escoto
declarou que a política externa americana estava sendo guiada por Satã e
constituía um “imperialismo americano terrorista, assassino e genocida”. Ele faz um apelo a Obama para ter “a coragem
de reconhecer também que o capitalismo é, de fato, a doutrina e a prática mais
anti-cristãs já inventadas pelo homem para nos manter separados e desiguais em
uma espécie de apartheid global”.
Uma declaração de 1º de agosto
sobre sua completa reintegração à Igreja Católica Romana, publicada pelo portal
Christian News Wire, dizia: “O Santo Padre concedeu seu benevolente
assentimento para que Pe. Miguel d'Escoto Brockmann seja absolvido da pena
canônica infligida a ele e o confia ao Superior Geral do Instituto [Maryknoll]
com o propósito de acompanhá-lo no processo de reintegração do ministério
sacerdotal”.
A decisão controversa, que
certamente irritará católicos conservadores, significa que o Papa deu seu selo
de aprovação para que a D’Escoto continue suas funções sacerdotais, incluindo
celebrar Missas e distribuir comunhão com Cristo.
Mike Virtgintino, gerente de
comunicações da sociedade Maryknoll, confirmou à Accuracy in Media que a
decisão significa que o Papa Francisco aprovou pessoalmente o retorno de
D’Escoto ao sacerdócio. Ele afirma que D’Escoto procurou diretamente o
Vaticano.
D’Escoto obteve um título de
mestrado pela Faculdade de Jornalismo da Universidade de Columbia em 1962. Ele
nasceu em 1933 em Los Angeles, Califórnia.
D’Escoto não somente emergiu como
um grande crítico da política externa americana, mas é abertamente crítico do
papel de Israel no Oriente Médio. Ele se tornou um dos favoritos do canal de
propaganda Al Jazeera por pedir a expulsão de Israel da ONU.
Em janeiro de 2009, a Al Jazeera
destacou a acusação feita por D’Escoto de que Israel era culpado por
“genocídio” contra palestinos.
Um oficial sênior da ONU afirmou:
“Não consigo me lembrar de um presidente da Assembleia tão ativo em denunciar
Israel”.
A decisão de trazer D’Escoto de
volta a uma boa posição na Igreja Católica Romana manda uma forte mensagem pelo
mundo sobre a direção desse pontificado, mas por incrível que pareça recebeu
pouca atenção da mídia até o momento.
Em março, um projeto jornalístico
do Pew Research Center relata que “Após um ano do pontificado de Francisco, uma
análise do Pew Research Center revelou que o ex-arcebispo jesuíta, eleito
“pessoa do ano” pela revista Time, é uma dos tópicos mais frequentes entre as
maiores agências de notícias digitais dos EUA.
Nos últimos meses o Papa utilizou
sua popularidade e notoriedade na mídia para criticar o capitalismo, abrir
diálogos com o Islã e entreter Vladimir Putin no Vaticano.
Jeanine Pirro, apresentadora do
programa “Justice with Judge Jeanine” [Justiça com a Juíza Jeanine] no canal
Fox News, recentemente criticou o Papa por “não tomar uma atitude em defesa dos
cristãos no Oriente Médio”. Afirma ela: “Sou uma cristã. Sou católica... não quero ser desrespeitosa,
mas é hora de o papado, e o Papa Francisco em particular, começar a proteger
seu rebanho cristão".
Apesar do passado comunista de
ateísmo e perseguição aos cristãos, o trabalho de D’Escoto em várias causas
comunistas vem de décadas.
O website “World Citizens for
Peace” [Cidadãos do Mundo pela Paz] noticia que depois da morte do
ex-presidente Ronald Reagan em 2004, D’Escoto contou à Pacifica Radio que rezou
para que Deus perdoasse Reagan “por ter sido o carniceiro do meu povo, por ter
sido responsável pela morte de cerca de 50.000 nicaraguenses... crimes que ele
cometeu em nome do que rotulou falsamente de liberdade e democracia”.
Reagan deu suporte aos combatentes
da liberdade na Nicarágua que tentavam trazer a democracia ao país. Esses
esforços resultaram em eleições livres que depuseram os sandinistas do poder.
D’Escoto também apoia o movimento
“verde”. Conforme reportagem da Accuracy in Media de 2009, ele fez um discurso
como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas na qual declarou que “Há
uma consciência cada vez maior de que somos filhos e filhas da Terra e de que
pertencemos a ela”. Ele fez um apelo por uma “civilização planetária” que
“tenha mais respeito pela Mãe Terra, seja mais inclusivo para todas as pessoas
e que tenha mais solidariedade com os mais pobres, que seja mais espiritual e
cheio de reverência ao esplendor do universo e que seja mais feliz”.
O comunicado oficial à imprensa
sobre a revogação da suspensão menciona que D’Escoto já trabalhou como
representante no Conselho Mundial das Igrejas (CMI). O tenente-geral Ion Mihai
Pacepa, que trabalhou em operações da KGB como chefe de inteligência na
Romênia, descreveu o CMI como um braço do Kremlin infiltrado pela KGB.
O corpo religioso dominado pelos
comunistas foi assunto de uma reportagem exibida no programa “60 Minutes” da
CBS em 23 de janeiro de 1983 intitulada "O Evangelho de acordo com Quem?”.
Conforme ressaltou a Accuracy in Media na época, o programa expôs a orientação
marxista do CMI e até mesmo seu financiamento a terroristas.
Apesar de ser banido de suas
funções sacerdotais, D’Escoto continuou membro da sociedade Maryknoll, com
residência em Nicarágua.
Os sandinistas retomaram o poder na
Nicarágua, com o presidente Daniel Ortega tendo se encontrado em 12 de julho
com Vladimir Putin, depois que o líder russo decidiu fazer uma “visita
surpresa” ao país da América Latina. Ortega declarou, “É como um raio de luz,
um clarão de um relâmpago. Essa é a primeira vez que um presidente russo
visitou a Nicarágua”.
Traduzido
por Luis Gustavo Gentil do original do BarbWire: Pope
Rehabilitates Marxist Priest
Fonte:
www.juliosevero.com
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