quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A falência brasileira programada. Econômica, institucional, individual e coletiva. Perda das liberdades, censura e nazi-fascismo.


 Há tempos muito mais difíceis por vir.  
A mais importante crise para o Brasil desde 1994, com implicações pronunciadas sobre as finanças de cada brasileiro e sobre nosso modo de vida.
Os problemas serão muito piores do que os de 2008. 
Teremos disparada da inflação, aumento importante do desemprego, interrupção do crédito, grande endividamento da população e elevado salto do dólar.
Acrescente os problemas das construtoras, a fragilidade do modelo de negócios das varejistas, a dívida da Petrobras.
Alta dos imóveis e comportamento volátil da taxa de câmbio, queda das ações da Petrobrás, ações de construtoras e das grandes incorporadoras devido ao estouro de orçamento, 
parcerias mal feitas e práticas que desrespeitam os acionistas minoritários. 
A poupança de milhões de pessoas será dizimada. 
A mudança vai afetar seus negócios e seu emprego. 
Teremos impactos absurdos sobre as poupanças, os investimentos e as aposentadorias.
Os destinos de viagem serão alterados, a escola dos filhos deverá ser revista, o local e a forma de como sua família compra deverá mudar.

Voltaremos às condições anteriores ao Plano Real.

Teremos inflação alta, perda da metade do poder de compra do salário ao longo do mês, congelamento de preços, 
problemas de desabastecimento, falta de produtos nas prateleiras, impossibilidade de planejamento por consumidores e empresários.
A maior parte dos brasileiros não estará preparada quando os preços de produtos básicos dispararem, seu acesso ao crédito acabar, os bancos fecharão
 e seus cartões de crédito irão parar de funcionar.
Haverá o colapso no nosso sistema econômico, com consequências relevantes sobre o dia-a-dia de cada cidadão.
Tudo isto devido à maior intervenção do Estado na Economia, com uma economia pautada no assistencialismo e no estímulo excessivo ao consumo.
Haverá falência das contas públicas e a impossibilidade das famílias aumentarem o consumo.

Bolsa de valores e ações

Em relação à análise de uma companhia com ações listadas em Bolsa, temos a principal questão a saber: sua capacidade de gerar caixa. 
Ou seja, quanto varia seu caixa, ponderado pelas mudanças na dívida evidentemente, ano após ano? 
Se uma empresa queima caixa continuamente, a existência dela cessará, decretando falência
O Brasil, tem queimado suas reservas financeiras de maneira sistemática. O total das despesas supera as suas receitas. 
Pior ainda, a diferença em desfavor das receitas tem aumentado. 
O déficit nominal brasileiro, que mede esta relação, mira os 4% ao ano, com as contas públicas tendo no mês de maio seu pior resultado da história, apesar da "contabilidade nacional criativa" 
e de uma porção de receitas extraordinárias.
A sustentabilidade das contas do Estado brasileiro está em queda, devido à da política dos gastos públicos aumentados.

Os empresários não confiam mais no Brasil e devido ao seu espaço ter sido ocupado pelo serviço público. Temos um termo técnico para isso: crowding-out.
Sem confiança, os empresários simplesmente não investem. 
É aquilo que se convencionou chamar de “espírito animal dos empresários”. 
A relação Investimento sobre PIB, vem caindo: depois de atingir o ápice de 19,5% no fim de 2010, recuou para apenas 18,1%.
Isto causa um impacto negativo da ordem de 0,5% na capacidade de crescimento do PIB.
Entre os mais competentes economistas, a variável principal para o crescimento sustentável e de longo prazo, sem inflação, é o investimento. 
Isso porque, ao investir, o empresário aumenta sua capacidade produtiva à frente e pode responder aos aumentos da demanda oferecendo mais produtos. 
Caso contrário, sem investimentos, só pode responder com aumentos de preço.

Perguntada recentemente sobre as razões para o Brasil não crescer, a presidente Dilma respondeu da seguinte forma: “Eu não sei”.

Eis os dez fatos:

1 - O crescimento médio do PIB no governo Dilma, se confirmadas as projeções de consenso para 2014, deve ser de 1,8% ao ano. 
Esse é o pior resultado desde o governo Collor. Temos a primeira evidência empírica e incontestável de que retornamos a condições anteriores a 1994. 
O gráfico abaixo resume a evolução recente da economia brasileira:

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A projeção de 1,3% para crescimento da economia brasileira em 2014 está entre as mais otimistas.
O Banco Santander, por exemplo, já estima evolução de apenas 0,9% neste ano, enquanto o brilhante economista Affonso Celso Pastore sugere pífio crescimento de 1% em 2014 – e de, acreditem, 0,8% em 2015.
“Mas este crescimento mais baixo desde a Era Collor não é resultado de uma conjuntura internacional desfavorável?”
A simples observação da imagem abaixo comprova a resposta negativa. O gráfico compara a evolução do PIB brasileiro nos governos Dilma, Lula, FHC, Itamar e Collor, contextualizando com o resto do mundo, os países emergentes/pobres e nossos vizinhos latino-americanos. Eis o resultado:

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Até 2013, mesmo sem considerar o resultado pífio previsto para este ano, observamos o crescimento mais baixo desde a Era Collor.

2 - A inflação tem sido persistentemente alta e acima do centro da meta, de 4,5% ao ano. Simplesmente, temos ignorado esses 4,5% e observado, de maneira sistemática, uma inflação beirando o teto da meta.
A imagem abaixo ilustra bem o argumento:

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Mas isso não é o pior.
As estimativas para a inflação oficial de 2014, conforme levantamento do próprio Banco Central junto a agentes de mercado, rondam exatamente os 6,50%, teto da meta. E até mesmo o Relatório Trimestral de Inflação, do nosso BC, projeta 6,40% para este ano, colado nos 6,50%.
Isso é particularmente problemático porque corremos um risco grande de estourar o intervalo da meta, ferindo a credibilidade do Banco Central e impondo um custo alto à sociedade.
A rigor, em 12 meses, já estamos acima da meta. No intervalo encerrado em junho, a inflação foi de 6,52%.
Para 2015, a situação não é muito diferente. As projeções dos economistas também apontam inflação próxima a 6,50%.
O trabalhador é quem mais sente os efeitos negativos da inflação, ao ter o poder de compra de seu salário corroído pela escalada dos preços. 
Há coisas mais desagradáveis a respeito da inflação. Já teríamos estourado o teto da meta não fosse pelo controle de preços. Ou seja, estamos artificialmente maquiando a inflação, ao represar alguns preços, com exemplos mais claros nos setores de energia e combustíveis. Sem desonerações, a inflação ronda 8,50% ao ano. 
Em 2015 teremos aumento dos combustíveis, da energia e da carga tributária (impostos). 
O próprio governo admite controlar preços, sem nenhum tipo de constrangimento. Em entrevista à Folha de S. Paulo em 14 de maio, o ministro Mercadante reconheceu que o governo controla preços de combustíveis e energia elétrica.
O represamento de preços tem consequências conhecidas e desastrosas, como sugestão de maior inflação futura, desalinhamento de preços relativos e destruição de determinados setores.
O setor de etanol foi simplesmente destruído pelo controle deliberado do preço da gasolina. Veja o que diz matéria do jornal Valor Econômico, do dia 17 de junho de 2014:
A indústria de etanol do Brasil enfrenta tanto pressões de aumento do custo da terra e da mão de obra, como tornou-se uma vítima não intencional do controle de preços da gasolina para frear a inflação, avalia a Agência Internacional de Energia.”
E completa:
“No Brasil, a AIE nota que o aumento da capacidade de produção de etanol estagnou, várias plantas foram fechadas e mais capacidade pode estar em risco.”

Esses dois primeiros pontos provam o argumento do quão grave é o problema atual. Combinamos simplesmente baixíssimo crescimento econômico e inflação alta.
Temos, portanto, o mais negativo dos mundos, a chamada estagflação. Mas, calma. Há coisas graves ainda pela frente, capazes de reforçar o prognóstico de algo simplesmente catastrófico para os próximos 12 meses. Falamos de inflação que pode chegar a 15% ao ano, forte redução do poder de compra, aumento do desemprego para 10% e interrupção súbita do crédito, com consequente dificuldade das famílias em arcar com suas obrigações financeiras.

3 - As contas públicas estão totalmente desajustadas, de tal sorte que o Governo brasileiro vai, em breve, encontrar grandes dificuldades para se financiar. Ou seja, as taxas de juro devem subir com vigor, impactando fortemente o orçamento das famílias e a capacidade de crédito.
Não há como brigar contra os fatos. Vemos uma clara deterioração das contas públicas brasileiras.
Nossa economia para pagar dívida e juros, o chamado superávit primário, foi, na média, de 3,1% do PIB no intervalo de 2001 a 2008, sem considerar aqui receita de dividendos e concessões.
Considerando agora o intervalo de 2009 a 2013, esse percentual caiu para 1,5% do PIB. Para 2014, devemos terminar com menos de 1% do PIB, algo que é, obviamente, insuficiente para estabilizar dívida bruta ou líquida.

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Isso sem nenhum incremento significativo do investimento público. O que tem aumentado é o consumo do governo – esta métrica bateu 22% do PIB, o nível mais alto da série histórica iniciada em 1995.
Mais uma proeza notável ao Brasil: somos um dos poucos países do mundo em que essa variável supera o investimento.

4 - O resultado de nossas relações com o resto do mundo, que já era péssimo, fica cada vez pior. O chamado déficit em transações correntes, medida do saldo de nossas contas com o exterior sem considerar as movimentações de capital, vem crescendo sistematicamente e atinge níveis preocupantes.
Em maio, o déficit brasileiro em conta corrente montou a US$ 6,635 bilhões, o mais alto para um mês de maio em toda a série histórica.
O desempenho é inclusive pior do que projetado pelo próprio BC, em US$ 6 bilhões. Soma-se ao já delicado resultado apresentado até abril, conforme demonstrado por gráfico abaixo:

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Qual o problema disso?
Para que não haja saída líquida de dólares do Brasil e perda de reservas internacionais, precisamos da entrada de moeda estrangeira por meio da conta de capital.
Por sua vez, a conta de capital possui, grosso modo, duas subdivisões: i) Investimento Estrangeiro Direto (IED); e ii) Investimentos de portfólio.
O ponto nevrálgico aqui é que o IED está inferior ao déficit em conta corrente. Portanto, para fechar nosso balanço com o resto do mundo, estamos dependendo do investimento em portfólio, que é muito volátil e sensível à menor das mudanças das condições da economia mundial.
Por enquanto, com o Brasil oferecendo um juro estratosférico e os Bancos Centrais mundiais mantendo juro zero, parece não haver grande problema.
Mas a situação vai mudar. O Banco Central norte-americano(FED - Federal Reserve) deve começar a subir sua taxa de juro em 2015, voltando a atrair recursos para os títulos dos EUA hoje presentes nos mercados emergentes.
Em decorrência, irá faltar dólar no Brasil. Teremos uma disparada da taxa de câmbio, com impactos diretos sobre a inflação, sobre os importadores e sobre as empresas com dívida em dólar.
Em resposta à crise, o Banco Central dos EUA injetou uma quantidade cavalar de dólares no mercado. Conforme mostra o gráfico abaixo, os ativos totais do FED, saíram de US$ 869 bilhões em agosto de 2007 para US$ 4,3 trilhões em junho de 2014.

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Ou seja, para voltar à normalidade histórica, o Banco Central norte-americano precisa retirar cerca de US$ 3,5 trilhões do sistema. As condições de liquidez vão mudar dramaticamente a partir de 2015.

5 - O mercado de trabalho se enfraquece em ritmo assustador. 
A criação líquida de postos de trabalho em maio foi de 58.836, segundo dados do CAGED. Trata-se do pior mês de maio desde 1992. Estamos com novo argumento de situação sem precedentes desde o Plano Real. E isso não é coincidência.
Por que o desemprego, então, ainda não aumentou?
Simplesmente, por uma questão de forma de se medir. Só é considerado desempregado quem está procurando emprego, mas não encontra.
O desemprego não aumenta simplesmente porque as pessoas têm desistido de procurar emprego. Como diz o excepcional economista Alexandre Schwartsman para o fechamento do primeiro trimestre: a População em Idade Ativa cresce entre 1% e 1,5% ao ano (1,3% no trimestre em questão), enquanto a geração líquida de empregos foi próxima a zero.
Trocando em miúdos, só há redução da taxa de desemprego porque parcela da população simplesmente desistiu do mercado de trabalho, e não se pode atribuir o pleno emprego à competência da gestão pública.

6 - Estamos à beira do apagão.
Os analistas do banco Brasil Plural escreveram relatório recentemente apontando uma  chance de 100% de racionamento de energia ainda em 2014. De acordo com eles, o nível dos reservatórios chegará a 10% em novembro, com o atual ritmo.
Isso é extremamente preocupante. Para usar as palavras dos próprios analistas, “há um elefante político que não pode ser ignorado.”
Choveu muito pouco e ninguém detém controle sobre isso. Ponto final.
Agora, a falta de planejamento, a concentração da matriz energética e o impedimento ao aumento da capacidade de oferta de energia é culpa total e irrestrita do Governo.
Em setembro de 2012, foi anunciada a famosa MP 579, que alterou as regras para concessões de energia, com o objetivo de reduzir as tarifas de eletricidade – de novo, o tal controle de preços.
A medida destruiu a rentabilidade de empresas de energia, adicionou incerteza jurídica ao  marco regulatório do setor e, portanto, afastou iniciativas em prol de novos investimentos.
Além disso, desrespeitou contratos existentes.
O exemplo de CEMIG é emblemático. A companhia tinha concessões vencendo em 2015, com renovação automática prevista para mais 20 anos, conforme definido em contrato inicial.
Quando se fala em renovação automática de qualquer contrato, supõe-se, obviamente, preservação das mesmas condições iniciais.
Então, veio a MP 579 propondo condições completamente diferentes para a renovação das concessões, ferindo com clareza o pressuposto de “automática”.
O resultado foi a devolução, pela CEMIG, das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda, por não aceitar a aplicação das novas regras.
Ou há uma nova definição para o conceito de renovação automática ou houve quebra de contrato.

7 - A Petrobras foi simplesmente destruída.
O gráfico abaixo apresenta a evolução das ações da Petrobras nos últimos cinco anos. Ele fala por si só:

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De uma máxima de R$ 40,00, as ações chegaram à mínima de R$ 12,57.
O patrimônio nacional sendo simplesmente reduzido a 1/3 de seu valor. Quem tinha R$ 40 mil em ações da Petrobras chegou à mínima de R$ 12.570.
Além de ser historicamente motivo de orgulho, Petrobras tem em sua base de acionistas milhares de brasileiros, de forma direta ou através da aplicação de seu FGTS.
Estamos mexendo com a poupança do cidadão comum.
Chegamos a essa situação simplesmente porque a empresa tem o preço de seus produtos controlado pelo Governo. Quando impede-se o reajuste de preço da gasolina, Petrobras se vê obrigada a comprar produtos por um preço superior a seu preço de venda.
O resultado? Queimas sucessivas de caixa, num momento em que a companhia tem um ambicioso plano de investimento para tocar, e explosão de sua dívida líquida.
Mais uma conquista para o Brasil: Petrobras hoje apresenta a maior dívida corporativa de todo o mundo. A evolução abaixo resume a questão.

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8. Com inveja da Petrobras, a Eletrobras, outra estatal relevante, também foi destruída.
Eletrobras nunca foi exemplo de eficiência. A empresa é historicamente reduto político do PMDB, possui rentabilidade sobre o patrimônio baixa e entra em projetos ruins, para atender anseios políticos.
Sempre foi assim. E a empresa, de uma forma ou de outra, se virava. Mas a situação degringolou a partir da MP 579 – a mesma que acima citada.
O gráfico abaixo traz a trajetória das ações de Eletrobras nos últimos cinco anos. Não é muito diferente de Petrobras:

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A situação de Eletrobras é ainda mais complicado do que aquela apresentada acima para CEMIG. A empresa também foi exposta a condições piores (e de baixíssima rentabilidade) para renovar concessões.
Mas, diferentemente da CEMIG e de outros participantes de mercado, a Eletrobrás aceitou termos que implicavamprejuízos para determinados projetos.
Isso porque era do interesse da União (principal acionista e que votou proporcionalmente às suas ações em Assembléia) manter as concessões pouco rentáveis.
A resposta foi imediata. Suas ações simplesmente derreteram em Bolsa.
Ultrajados com a questão, acionistas minoritários recorreram à CVM (regulador do mercado de capitais), basicamente dizendo que a União não poderia votar na Assembleia sobre o tema, por uma questão de conflito de interesse – o que me parece óbvio, não é mesmo? A União propõe novos termos, que só servem a ela mesma, e vota sobre a questão?
Assim diz o artigo 115, parágrafo 1 da Lei das S.A.s: o acionista deve exercer o direito de voto no interesse da companhia e será considerado voto abusivo aquele exercido com o fim de causar dano à companhia, aos seus acionistas ou a obter vantagem ou que possa resultar em prejuízos.
A adesão à renovação das concessões sob os termos previstos pela MP 579 trouxe benefício exclusivo ao controlador (o Governo) e prejuízo aos demais.
A União reagiu ao pedido dos minoritários.
Fez uma oferta bastante justa para compensar os danos bilionários: um evento sobre mercado de capitais, com a presença do ministro Guido Mantega.
E o pior: a CVM flerta com o aceite da proposta.
Pode parecer engraçado, mas somente para quem não é acionista de Eletrobrás.
A prática inibe não somente investimentos nas ações de Eletrobrás, mas também de outras ações do setor elétrico, além de inibir a confiança de empresários no segmento.

9. A indústria brasileira fica menor, a cada dia.
De novo, imagens valem mais do que mil palavras:

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A produção industrial brasileira está simplesmente caindo. Isso num Governo que supostamente tinha uma política industrial explícita.
O tal Plano Brasil Maior, lançado em 2011, tinha objetivos muito bem definidos para 2014. Eram eles:

- aumentar a taxa de investimento dos 18,4% vistos em 2010 para 22,4% do PIB;

- elevar dispêndio empresarial de Pesquisa e Desenvolvimento como percentual do PIB de 0,59% para 0,90%; e

- diversificar a pauta de exportações, aumentando a participação brasileira no comércio internacional de 1,36% para 1,60%.

Pronto. Chegamos em 2014, o que nos dá a prerrogativa de analisar se atingimos os resultados. A conclusão é assustadora. 
Não cumprimos nenhum dos três objetivos.
A relação Investimento sobre PIB não somente descumpriu a meta de 22,4%, como inclusive caiu frente ao ponto inicial. Dos 18,4%, batemos vergonhosos 18,1%.
Sobre o investimento em P&D, ainda não há dados muito atualizados. Mas pesquisas feitas para 2011 apontaram uma "enorme" subida da razão gastos em P&D sobre PIB de 0,49% para 0,50%. Alguém, em sã consciência, admitiria um "crescimento" dessa relação para 0,90% em três anos?
Com as exportações, a coisa fica ainda mais peculiar. 
Não diversificamos nossa pauta, nem aumentamos nossa representatividade na corrente de comércio mundial.  A participação dos produtos manufaturados nas exportações era de 39,4% em 2010. Passou a 38,7% em 2013. Tínhamos 1,35% da exportação mundial em 2010. Encerramos o ano passado em 1,29%.
A política industrial é um fracasso retumbante.
Os pontos acima resumem o tamanho de nosso problema econômico.

O Medo é Político Também

Em entrevista recente ao Valor Econômico, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, falou assim:
“O brasileiro gosta do seu país, gosta de morar aqui, de investir aqui. Mas o grau de incerteza hoje é tal que as pessoas estão pensando em investir fora do Brasil, estão pensando até em sair do Brasil. Há um medo que vai além da economia, é medo político também. Há uma sensação de medo que as pessoas não têm coragem de manifestar abertamente. Medo de uma atitude contra a liberdade de imprensa, contra a democracia.”
Há razão de ser nesse medo.
Não há nada mais antidemocrático e desrespeitoso à democracia quanto uma lista negra de jornalistas, a serem perseguidos pelo Estado e seus defensores.
Veja, então, texto recente publicado no site do partido do Governo:
Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores  reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes.”
Tratam críticos como inimigos de guerra e convocam companheiros a lutar.
Há exemplos semelhantes na História daqueles que não respeitam a liberdade de imprensa e querem calar as vozes dissonantes.
Em 10 de fevereiro de 1933, Joseph Goebbels, responsável pelo marketing do Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista(nazistas), alertou assim: “Um dia nossa paciência vai acabar, e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!”
O resto da História todo mundo conhece.
O princípio democrático deve ser respeitado em sua integralidade.
Além de ferir o preceito da liberdade, qualquer recrudescimento dessa condição teria um resultado rápido e com consequências desastrosas: fuga de capitais, tanto de brasileiros remetendo seu dinheiro ao exterior quanto de estrangeiros preferindo outros mercados ao nosso.
Tudo isso trará consequências gigantescas antes do que as pessoas pensam. Para ser preciso, já está trazendo.
Os primeiros passos dessa crise estão em curso. Estão acontecendo justamente agora, bem em frente aos nossos olhos.

A morte do Brasil
O Brasil, estável e crescendo, nasceu em 1994, com o Plano Real fortalecendo a economia.
Antes disso, tínhamos um outro país, em que famílias, amedrontadas com a inflação, corriam para o supermercado tão logo recebiam seus salários, empresários não investiam por conta da falta de confiança na moeda e da incerteza jurídica, consumidores não compravam porque a inflação era galopante e não existia crédito.
O Plano Real marca, inequivocamente, um novo Brasil. Com isso, até mesmo o maior dos radicais, de esquerda ou direita, há de concordar. A História começa em 1994. O período anterior era pré-História.
A implementação do Plano Real divide-se em três partes. A primeira marca o ajuste fiscal, com a criação do Fundo Social de Emergência e do Imposto sobre Movimentações Financeiras.
A segunda corresponde ao período da URV, caracterizado pela indexação completa da economia e alinhamento forçado de todos os preços relativos. Finalmente, a última transforma a URV em moeda, com a introdução do Real. Eis o impacto imediato do Plano:

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A inflação desabou com o real.
Em paralelo, houve vigoroso crescimento econômico, sob empurrão da demanda reprimida, confiança nos negócios e recomposição dos salários reais.
O crescimento da economia em 1994 foi de 5,9%. A indústria andou muito bem e também a agropecuária, cuja evolução foi de 5,5%, rendendo-a o apelido de “âncora verde do real.”
O surto de crescimento durou pouco.
Para manter a inflação baixa, foi usada a chamada “âncora cambial”. O real foi forçadamente sobrevalorizado por meio de taxas de juros muito altas.
A consequência foi óbvia: baixo crescimento econômico e disparada das importações nos anos seguintes.
Para manter o câmbio apreciado e oferecer dólares ao mercado na taxa desejada, chegamos a perder US$ 1 bilhão de reservas internacionais por dia, durante vários dias.
Duas crises simultâneas como resultado: nas contas externas e nas contas públicas.
A semente da destruição estava plantada. O estouro do modelo era inevitável.
A resposta veio em 1999, quando inicia-se uma nova fase, marcada pelo famoso tripé macroeconômico. Abandona-se a âncora cambial, com o novo regime sendo detalhado em junho.
Ficaram definidos como elementos centrais da política econômica:

1 – câmbio flutuante;
2 – metas de superávit primário; e
3 – sistema de metas de inflação.

O tripé caracteriza o final do Governo FHC e também o primeiro mandato do Governo Lula.
Durante esse período, observamos dois ciclos de crescimento no Brasil. O primeiro veio do rali das commodities. O preço dos produtos que vendemos ao exterior ficou 40% mais caro frente ao preço dos produtos que compramos do setor.
É o que os economistas chamam de melhora dos termos de troca. Com 40% de ganho chegando de navio do exterior, pudemos distribui-los entre os cidadãos brasileiros.
E o segundo ciclo representou a explosão do consumo sob empurrão do crédito.
Qual o problema? Ambos acabaram.
As commodities andam de lado ou até mesmo caem desde a crise de 2008. E as famílias brasileiras, sem crescimento econômico, já muito endividadas e enfrentando juros muito altos, não conseguem mais crescer seu consumo.
Precisamos de um terceiro. Mas não há nenhum sinal de que ele vai acontecer. Ao contrário, o modelo está esgotado e as coisas tendem a piorar fortemente.
Precisamos agir antes disso.
Ficará claro para você nas próximas linhas.
Em resposta à crise de 2008, o Governo brasileiro abandonou o clássico tripé macroeconômico e adotou a chamada nova matriz econômica. Entre as medidas mais emblemáticas da nova política econômica, destaco:

- Aumento dos gastos públicos;

- Maior intervenção do Estado na Economia;

- Descuido no combate à inflação;

- Aumento da participação do BNDES, com estímulo à criação e ao fortalecimento de gigantes nacionais;

- Controle de preços;

- Atuações pesadas e freqüentes no mercado de câmbio;

- Novo marco regulatório do setor petróleo e publicação da MP 579 (aquela do setor elétrico;

- Criatividade na contabilidade nacional; e

- Concessões mal feitas, fixando-se simultaneamente taxa de retorno e qualidade – é, óbvio, numa bivalência inatingível.

Deixe que o próprio Governo apresente a tal “nova matriz econômica”.
Em entrevista ao Valor em dezembro de 2012, Márcio Holland, secretário de Política Econômica, apresentou os pontos do novo tripé da seguinte forma: 
1) taxa de juro baixa; 
2) taxa de câmbio competitiva; 
3) consolidação fiscal amigável ao investimento.
Sobre a taxa de juro, Holland destacou a queda de 5,25 pontos percentuais em 12 meses, num processo que permitiria aos agentes econômicos rever seus modelos de negócio e criar um ambiente favorável ao crescimento. Parecia fazer sentido.
O governo Dilma havia começado com taxa Selic de 10,75% ao ano, levara o juro básico num primeiro momento a 12% para combater a inflação e logo implementara afrouxamento monetário vigoroso, levando o juro ao piso histórico de 7,25% ao ano.
Não há mentiras nisso. Mas há um detalhe de interpretação.
Atingimos a mínima histórica para os juros simplesmente por uma janela de oportunidade criada pelo contexto internacional, com juros reais negativos em todo mundo, como resposta dos Bancos Centrais desenvolvidos à quebra da Lehman Brothers em setembro de 2008.
Não houve qualquer novo equilíbrio de taxa de juro.
A Selic já é superior àquela do início do Governo Dilma. E deve subir (muito) mais para combater a inflação em 2015.
Agora preciso falar em tom severo da tal taxa de câmbio competitiva.
A política cambial brasileira tem sido desastrosa. Simplesmente ignoramos o pressuposto do câmbio flutuante.
Primeiro, a tentativa do Governo era depreciar o real, para poder aumentar a competitividade das nossas exportações e estimular a indústria. Dá-lhe IOF e coisas parecidas.
Agora, o Banco Central usa o câmbio como instrumento de combate à inflação, deixando claro nas atas de suas reuniões que precisa do dólar a R$ 2,20 para manter a Selic no nível atual.
A turma de Alexandre Tombini vem sistematicamente vendendo dólares (de forma direta ou por meio de swaps cambiais) para impedir a inflação.
Com isso, reduz reservas internacionais num momento de farta liquidez global. 
Estamos queimando munição quando mais precisaríamos guardá-la.
Com isso, tornamo-nos cada vez mais frágeis às vésperas do início do ciclo de alta das taxas de juro pelo mundo. Quando efetivamente precisaremos vender dólares, estaremos com nível de reservas no limite. De novo, vai faltar dólar.
Para encerrar o ponto e combater em caráter definitivo a hipótese de taxa de câmbio competitiva, não há qualquer ganho de competitividade das exportações vindo da melhora dos fundamentos da economia brasileira.
A desvalorização do real nos últimos tempos é resultado exclusivo do elevado déficit externo e da falta de poupança pública.
A imagem abaixo resume o quão competitivas têm se tornado nossas exportações na comparação com outros emergentes:

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Ficou para o final a questão fiscal. Aqui temos a cereja do bolo.
A política fiscal brasileira tem sido ultrajante, não havendo qualquer tipo de consolidação, muito menos amigável ao investimento. O governo tem, cada vez mais, ocupado o espaço do investimento privado, sem ele mesmo preencher adequadamente essa lacuna.
Na entrevista em questão, Márcio Holland foi categórico. “No ano que vem (2013), voltamos à meta de superávit cheia, sem desconto.” Ou seja, falávamos de um primário de 3,1% do PIB para 2013.
E o que aconteceu, de fato? O superávit primário do ano passado foi de 1,9% do PIB, mesmo com as receitas extraordinárias do campo de Libra e do Refis. Filtrando por esses elementos, teríamos um primário pífio de 0,9% do PIB.
Alguém poderia argumentar que o primário foi menor porque o próprio governo resolveu fazer investimentos, tendo notado ausência desse componente no setor privado. Isso já seria ruim, per se, dado o impacto de queda média da produtividade. Mas nem sequer é verdadeiro.
Tirando as estatais, o investimento público da União passou de R$ 59,4 bilhões em 2012 (equivalente a 1,35% do PIB) para R$ 63,2 bilhões em 2013 (1,31% do PIB).
Então, pergunta-se: a que consolidação fiscal se refere o governo?
Eu não tenho nada contra o Sr. Márcio Holland. Ele é certamente um sujeito de bem, trabalhador e bom economista. Mas o diagnóstico está completamente errado, beirando a dissimulação.

Qual o resultado da nova matriz econômica?
Há pouco tempo, o Brasil era destino certo do investidor estrangeiro. O queridinho entre os BRICs (grupo que reúne também Rússia, Índia e China).
Atraímos a Copa do Mundo, seremos sede das Olimpíadas. Em pouco tempo, ganharíamos posto da quinta maior economia do mundo, algo impensável antes.
Protagonizamos a capa da revista The Economist, talvez a mais importante do mundo sobre economia e finanças.
Em novembro de 2009, a conceituada revista britânica trouxe o Cristo Redentor em forma de foguete, desgarrando-se do morro do Corcovado e dirigindo-se a maiores altitudes. O Brasil teria decolado, com argumentos esmiuçados numa longa reportagem de 14 páginas.
A imagem era inspiradora:

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Pouco tempo depois, como resultado da desastrosa “nova matriz econômica”, aquele conjunto de medidas adotada pelo governo brasileiro em resposta à crise de 2008, as coisas haviam mudado completamente.
Exatos quatro anos depois, a mesma The Economist, também em reportagem de capa de 14 páginas, questionava: o Brasil estragou tudo? 
Não! O governo estragou.
A imagem, desta vez, já não inspirava ninguém.

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Bastaram quatro anos para destruirmos todo o otimismo.
A ideia de quinta maior economia do mundo foi abandonada, a presença entre os BRICs foi até mesmo questionada e especialistas apontam legado nulo dos grandes eventos esportivos.
Talvez você ainda esteja anestesiado pelo futebol da Copa do Mundo. Mas peço que saia do escopo esportivo por um minuto.
Veja, por exemplo, o que diz matéria da CNBC publicada no dia 26 de junho:
Especialistas em mercados emergentes estão pessimistas em investir no Brasil, a despeito da Copa do Mundo. (…) 
‘Não há potencial positivo algum neste Governo, mesmo se tudo der certo’, afirma Drausio Giacomelli, responsável por pesquisa de mercados emergentes do Deutsche Bank.
‘Não se trata de ganhar ou não a Copa. Falemos do que interessa: um Governo incapaz de entregar os anseios populares por educação, transporte e infraestrutura no geral. Eles podem entregar estádios, mas não o que realmente importa’, diz ele.
Giacomelli também critica a condução da política monetária na administração Dilma: ‘Eles fizeram tudo errado desde o começo. Colocaram-se na pior posição possível para um mercado emergente, de estagflação (baixo crescimento e alta inflação).”
A agência internacional de classificação de risco Standard and Poor’s já rebaixou o rating brasileiro, de forma que, na opinião da agência, há um maior risco de que o país dê um calote em sua dívida.
E a agência Moody’s acaba de alertar para a mesma possibilidade, caso o próximo governo não tome atitudes severas.
A situação certamente já não é boa. E deve piorar muito mais. A Economia é impiedosa. Se você comete erros de política econômica, não passa impune.
O economista Ricardo Amorim, aquele que comenta no programa Manhattan Connection, foi outro que recentemente alertou.
Em matéria com o economista, o site InfoMoney, citando Amorim, trouxe o seguinte: “ a inflação está alta e grávida. Os preços administrados terão de subir após as eleições porque os governos vêm represando todo tipo de tarifa pública há dois anos. A conta deverá ser parcelada porque, se subir tudo de uma vez, a inflação das tarifas pode chegar a 14% em 2015.”

A pergunta é: o que acontece a partir de agora?
A metáfora com a gravidez é clássica. Não existe inflação um pouco alta. Inflação necessariamente cresce. E deve crescer muito.
Marcio Garcia, professor de Economia da PUC-RJ, trouxe tese semelhante em resposta ao jornal Valor Econômico de 27 de junho: “A inflação não vai ficar parada nos 6,5%, há uma inflação represada de 1,5 ponto percentual; os [preços] monitorados vão ter que subir; o câmbio não pode ficar muito tempo nesse nível de R$ 2,20 porque o déficit em conta corrente continua crescendo e é elevado. Tudo isso vai colocar pressão na inflação. Se você não tiver um BC que leve a inflação de volta à meta, passamos por um outro regime. Um regime turco, argentino ou até venezuelano.”
A situação é grave.
Depois de represar preços por dois anos, o Governo precisará soltar as amarras em 2015.  Somente esse movimento, supondo uma liberação única, deve colocar a inflação brasileira em 10% ao ano.
Mas temos riscos ainda maiores.
O Banco Central norte-americano deve começar a subir sua taxa básica de juro justamente em 2015. Isso vai causar um grande retorno de recursos para os EUA, com maior demanda por dólar.
Ou seja, a taxa de câmbio pode caminhar rapidamente para cima. O dólar não salta gradualmente quando se trata de valorizações.
Se tem uma coisa que aprendi, é que a moeda norte-americana, quando se move para cima, o faz através de grandes saltos.
O dólar deve bater, com margem para algo ainda mais alto, R$ 2,50.
Essa é uma projeção conservadora e está bastante alinhada àquela prevista para 2015 pela mediana das estimativas dos economistas brasileiros, conforme o relatório Focus, levantamento feito pelo próprio Banco Central.
Temos dois problemas importantes derivados dessa subida de taxa de juro nos EUA.
O primeiro é a grande dificuldade para fechar nossas contas com o exterior. 
Lembre-se que estamos dependendo da conta de capitais para fechar o balanço – e observaremos justamente fuga de capitais. Pela terceira vez, faço o alerta: vai faltar dólar.
E o segundo relacionado ao reforço importante ao problema da inflação, através do famoso repasse cambial. 
A disparada do dólar significa aumento do preço dos produtos transacionados no mercado internacional, os chamados tradeables. Aos poucos, também os não-tradeables, por uma questão de preços relativos, também vão reagindo. Em certo tempo, temos uma escalada generalizada dos índices de preços apenas por conta do efeito câmbio.
Peço a gentileza de prestar atenção nas seguintes variações: entre maio e junho do ano passado, o Ibovespa, nosso principal índice de 2013, caiu nada menos do que 15,12%. Em paralelo, o dólar disparou 10,69%. Em apenas dois meses.
Por que tamanha mudança? Simplesmente porque o Banco Central dos EUA, em maio de 2013, sinalizou que poderia, em breve, começar a reduzir seus estímulos à economia e subir suas taxas de juro.
Uma simples sinalização verbal foi suficiente para causar destruição de valor para as ações brasileiras e essa valorização do dólar. 
Imagine quando houver, de fato, aumento das taxas de juro nos EUA.
Um investidor norte-americano que estivesse comprado em ações brasileiras em maio do ano passado teria perdido 25% em apenas dois meses. Você acha mesmo que este sujeito vai ficar comprado em nossas ações quando o juro começar a subir lá fora?
Eu acho que não. E toda essa disparada do dólar vai também impactar sobre a inflação.
Combinando o repasse integral das tarifas públicas represadas e a desvalorização esperada do câmbio, entendo que a inflação brasileira pode chegar a 12% ao ano, para uma meta de 4,5%.
Não há saída para uma inflação bem acima da meta. O Banco Central terá de subir a taxa Selic. E como a diferença entre a inflação projetada e a meta é grande, o movimento dos juros terá de ser expressivo.
Não haveria surpresa em vermos taxa Selic de 15% ao ano.
A implicação imediata de um juro básico desse tamanho é óbvia: recessão.
Se o Brasil cresce 1% ao ano com juro básico de 11% ao ano, quanto vai crescer com a Selic a 15%?
Falamos de estagnação da economia, queda dos salários, aumento dramático do desemprego, esgotamento do crédito, queda vertiginosa do preços dos imóveis (muito sensíveis às taxas de juro) e aumento do endividamento das famílias.
Tudo isso num ambiente de inflação alta.
Já temos: o menor crescimento econômico desde o Governo Collor, a menor criação de postos de trabalho para um mês de maio desde 1992, o pior resultado das contas públicas para um mês de maio de toda a série histórica e o maior déficit em conta corrente para um mês de maio em toda a série histórica do Banco Central.
E teremos: a maior taxa Selic desde 2006 e descumprimento da meta de inflação, com a maior variação de preços desde 2002.
Rasgamos o que foi construído em 1994 e aperfeiçoado em 1999, sob o pretexto de implementação de uma nova matriz econômica, heterodoxa.
Temos um único resultado prático: voltamos a 1993.
Se, metaforicamente, nasce um novo País em 1994, com a estabilização da economia, podemos dizer que a nova matriz econômica e suas consequências representam o falecimento desse Brasil. Morremos aos 20 anos de idade, de forma prematura.

Isso é coisa da Venezuela… Mas, no Brasil? É possível?


Eu conheço amigos, colegas e familiares ainda reticentes em aceitar essa ideia. Talvez você esteja com postura semelhante também.
É o que os psicólogos chamam de “normalcy bias”, uma espécie de estado mental em que os seres humanos entram quando deparam-se com um desastre ou uma grande crise. As pessoas simplesmente subestimam tanto a probabilidade de uma catástrofe quanto seus efeitos.
Alguns chegam a reconhecer o problema, mas afirmam: “uma crise dessas proporções é impossível. Pode ser coisa de Venezuela, Argentina… Mas no Brasil, não.”
Pois bem. Veja o que aconteceu com a Grã-Bretanha nos anos 70.
Embora muitas pessoas não saibam, a libra esterlina foi a reserva de valor clássica por cerca de 200 anos. A moeda era a grande referência internacional até o final da Segunda Guerra.
A partir de então, quando a Europa se recompunha com o Plano Marshall, os britânicos passaram a perseguir uma agenda social-nacionalista, com o governo tomando conta da maior parte das indústrias, sob a alegação de maior distribuição de renda.
Em pouco tempo, o país basicamente quebrou.
Uma marca emblemática ocorre em 1967, quando o Partido Trabalhista decide por uma desvalorização da moeda de 14%, de maneira súbita. Isso, supostamente, teria impacto positivo no endividamento das famílias.
O desdobramento, porém, foi justamente o empobrecimento da população, procedido por rápido aumento da inflação, culminando no famoso Inverno do Descontentamento na década de 70.
Para conter a inflação, salários foram congelados, greves aconteciam diariamente nos mais variados setores, até mesmo em postos de saúde. A situação chegou a ser tão grave que alguns hospitais passaram a atender somente casos de pacientes cujo estado era de emergência.
Em 1975, a inflação britânica subiu a 26,9%… em apenas um ano!
Em 1974, o governo local estabelecera a chamada “semana de três dias”, em que o uso de energia elétrica nos negócios foi limitado a três dias por semana, sem permissão de hora-extra. As televisões tinham de interromper suas transmissões às 22h30, como forma de economizar energia.
Imagine isso. A Inglaterra foi uma superpotência global por 150 anos. Quando começaram a permitir um pouco de inflação a partir da desvalorização de sua moeda, as coisas simplesmente colapsaram.
A foto abaixo evidencia o tamanho do problema. Isto é Londres, com lixo empilhado na praça porque não havia dinheiro suficiente para pagar aos lixeiros um salário minimamente justo:

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Talvez você ainda esteja sem acreditar sobre a possibilidade dessas coisas acontecerem aqui e agora. Mas eu posso lhes garantir: já estão acontecendo!
A inflação brasileira já está acima da meta e beirando os 10% ao ano, mesmo com as tarifas de energia e os preços da gasolina sendo controlados.
Outro exemplo: no começo dos anos 90, um certo país europeu resolveu brincar de conviver com um pouco mais de inflação e com um governo gastador. Rapidamente, a poupança pública acabou. Qual foi o próximo passo do governo? Simples! Passaram a contar com a poupança da população, limitando o acesso das pessoas às suas contas nos bancos públicos.
E, obviamente, para financiar suas operações, o tal país começou a imprimir moeda, em ritmo frenético. Sem dinheiro, a infraestrutura local caia em pedaços e a inflação galopava, mesmo com tentativas de controle de preços.
A esta altura, o desemprego batia 30%.
Já era suficientemente ruim, mas ficou pior, muito pior.
Um brilhante economista teve a genial idéia de exigir das empresas o preenchimento de uma série de documentos governamentais a cada vez que seus preços fossem reajustados para cima. O racional era de que isso retardaria o processo inflacionário, pois parte do tempo empresarial seria consumido justamente para preencher os formulários.
Qual foi o resultado? Obviamente, mais inflação.
Para preencher os documentos, as firmas viram-se obrigadas a contratar mais funcionários. E como o processo era bastante demorado, a resposta imediata foi começar a aumentar preços de produtos básicos em velocidade ainda maior, de forma que precisariam preencher os formulários apenas uma vez.
A inflação diária beirava 100%. Sim, preços dobrando da noite para o dia, no mais perfeito caos econômico.
A resposta governamental foi a mais típica dos planos econômicos adotados em períodos de hiperinflação: a criação de uma nova moeda, removendo seis zeros da anterior.
De novo, não funcionou.
Veja o tamanho do percentual abaixo:
5.000.000.000.000.000%.
Não é brincadeira. Esse foi o percentual  (cinco quatrilhões) de aumento dos preços desse país entre outubro de 1993 e janeiro de 1995.
As pessoas não podiam comprar comida, simplesmente estocavam ou passavam fome. Postos de gasolina foram fechados, o número de ônibus em operação caiu 60%, apagões eram generalizados e recorrentes, e as pessoas foram proibidas de aceitar cheque.
Enquanto isso, o discurso do governo era de que a inflação acontecia por “sanções sem justificativa contra a população e o Estado.” Incrivelmente, nunca há culpados na gestão de política econômica.
Isso aconteceu, de fato, e nessas exatas proporções, na Iugoslávia. E, em menor medida, tivemos situações semelhantes em Islândia e Grécia, onde o estrago só não foi maior por conta dos planos de resgate financeiro internacional.
Esse é o caminho natural e devidamente documentado daqueles que optam pela via da tolerância à inflação e do gasto público irresponsável.
Não precisamos ir muito longe para ter novos exemplos. Ao nosso lado, temos as referências trágicas deVenezuela e Argentina, que sucumbem ao caos econômico, financeiro e social por conta de medidas inadequadas de política econômica.
Mais do que isso, não precisamos sequer cruzar as fronteiras, basta recorrer ao nosso próprio passado. Anteriormente ao Plano Real, a desconfiança com nossa moeda era tal que o poder de compra do trabalhador caia pela metade durante um único mês e o empresário não pensava em investir, sem visibilidade para o futuro, com um novo plano econômico por ano.
Entre 1990 e 1994, o crescimento médio do PIB foi de 1,3% ao ano, enquanto a inflação anual foi de 1.210%. Isso depois de já termos vindo da famosa Década Perdida. Do período de 1986 a 1991, tivemos cinco choques (Plano Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II).
Não há como existir consumo nem investimento em ambiente de tamanha desconfiança sobre a moeda e incerteza sobre o futuro.
Foram várias tentativas de congelamento e tabelamento de preços, com resultados trágicos. A qualidade dos produtos era péssima e vendiam-se, inclusive, latas vazias nas prateleiras dos supermercados – era o melhor que se podia oferecer àquele preço tabelado.
Problemas de abastecimento e falta de produtos eram recorrentes, o que obviamente resultava, ao final, na ruptura com os congelamentos de preços.
Dá-lhe volta da inflação, que ultrapassava 80% ao mês.
A imagem abaixo é representativa do tamanho do problema. Simplesmente, faltavam produtos nas prateleiras:

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Talvez o ponto máximo da adversidade seja a restrição do acesso à poupança por meio do Plano Collor.
Lançado no mesmo dia da posse do presidente Collor, o novo plano reintroduziu o cruzeiro como padrão monetário e estabeleceu, mais uma vez, congelamento do preço de bens e serviços. Novos tributos foram criados, afetando ainda mais o poder de compra e a confiança dos empresários.
Mas foi no âmbito financeiro que se deu a maior mudança: o sequestro de liquidez. Sem dúvida, foi a medida mais traumática. Todas as aplicações financeiras superiores a NCr$ 50.000 foram bloqueadas por um período de 18 meses.
O cidadão simplesmente não poderia acessar seu próprio dinheiro. O Plano colocou a economia em recessão e não foi capaz de conter a inflação de forma sustentada.
Tenho uma experiência pessoal marcante e extremamente negativa nesse sentido. Às vésperas do Plano Collor, meu pai havia comprado um apartamento. Comprometia-se a pagar as parcelas restantes nos meses seguintes. O acesso ao dinheiro foi bloqueado e simplesmente perdemos o apartamento. Nossa família precisou de anos para se recuperar do golpe.
Não há nada mais assustador do que ter seu dinheiro bloqueado. Governos desesperados tomam medidas desesperadas.

Os maiores experts estão agindo


Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde, é o maior – e possivelmente o melhor – investidor brasileiro. Ele tem um histórico impressionante e secular de bons resultados. Stuhlberger está pessimista com os mercados brasileiros a curto prazo e tem comprado dólares. O gestor escreveu o seguinte em carta recente a seus cotistas:
Continuamos acreditando na tese de depreciação do real (…). Dá para ficar otimista com o Brasil no médio prazo pelas suas potencialidades, mas aparentemente teremos de passar por uma turbulenta arrumação de casa no caminho. Apertem os cintos!” 
Jim Rogers, um dos maiores investidores do mundo, especialista em mercados de commodities (como o brasileiro) e fundador do Quantum Fund junto a George Soros, concedeu entrevista há poucos meses à Exame. Perguntado se o Brasil ainda é um bom lugar para investir, respondeu, categoricamente, assim:
Não. O governo brasileiro está cometendo erros. Deveria ser um lugar maravilhoso para investir, mas seu governo segue cometendo erros, colocando tarifas especiais contra alguns de seus melhores parceiros, controle cambial e por aí vai. O Brasil segue fazendo coisas que restringem a economia. Por isso, não estou investindo e não quero investir no Brasil, enquanto tiverem um governo anti-capitalismo ou anti-eficiência. Enquanto tiverem um governo que não entenda a economia eu não quero investir aí.
Eu prefiro investir na Rússia. A Rússia não está tomando medidas para desencorajar a eficiência e os investimentos, e o Brasil está. A Rússia tem uma moeda flutuante, o Brasil faz controle cambial.
Mark Mobius, da Franklin Templeton, é um dos grandes conhecedores de mercados emergentes. Em março deste ano, matéria do Wall Street Journal trouxe o seguinte comentário do gestor:
O Brasil corre o risco de entrar em recessão caso não seja capaz de corrigir pressões que incluem gastos públicos elevados, endividamento dos consumidores e racionamento de energia. A Templeton está menos entusiasmada com as ações de grandes empresas brasileiras.”
A lista de grandes investidores históricos ficando pessimistas com o Brasil é grande.
Os maiores experts estão agindo antecipadamente. Eles sabem que há sérios problemas com a economia nacional.

O que você pode fazer para proteger a si e a sua família 


E aqui há algo importante a se manter em mente: falo estritamente de suas finanças. Seu bem-estar, sua segurança pessoal e de sua família, infelizmente depende das circunstâncias. Apenas recomendo preparo para interrupções súbitas de energia e água, além do aumento de roubos, furtos, arrastões e sequestros. Vejo uma probabilidade significativa de que essas coisas aconteçam nos próximos dois anos.
Lembre-se: o governo não poderá ajudar no momento da crise. Ao contrário, ele estará focado em salvar a si mesmo, e poderá aumentar impostos, congelar salários e dificultar seu acesso à poupança.

Cada um dos passos aqui recomendados são possíveis e simples de implementar – ao menos por enquanto. Uma grande demora para colocá-los em prática, porém, vai torná-los mais caros, difíceis e até mesmo impossíveis de se concretizar.
Caso você adote esses movimentos agora, não somente estará mais preparado para lidar com a crise quando ela vier, como, no meu entendimento, também poderá fazer um pouco mais de dinheiro à frente.
E se eu estiver errado?
Aqui entra a melhor parte…Nesse caso, você também será capaz de aferir grandes ganhos.
Mesmo se o resultado desta crise projetada for apenas uma inflação moderada, você ainda estará preparado para se sair muito, muito bem.
Seguem os passos específicos que você deve tomar imediatamente:

APLIQUE PARTE DE SEUS INVESTIMENTOS PARA ALÉM DO ALCANCE DO GOVERNO BRASILEIRO (isso é perfeitamente legal, e mais simples do que você imagina)
Eu sei que você provavelmente ainda não acredita quando eu digo que o Governo brasileiro adotará uma série de medidas para salvar a si mesmo, coisas inimagináveis neste momento.
Mas lembre-se: Governos desesperados tomarão atitudes desesperadas. Não nos faltam exemplos históricos disso, não é mesmo?
Acho possível que tenhamos nacionalização de certos planos de previdência, aumento de impostos sobre movimentação financeira e ganhos de capital e empecilhos adicionais para se mandar dinheiro ao exterior.
Na hipótese mais radical, até mesmo restrições temporárias de acesso à poupança podem acontecem.
Por isso, eu recomendo fortemente: parte de seus investimentos deve ser feita fora do Brasil.
Isso é mais seguro e diminui o acesso do Governo a sua poupança.
Por favor, não me leve a mal. Mas quanto menos o Governo souber de seus investimentos, melhor. Trata-se de uma questão de proteção e de respeito às liberdades individuais.
Em reforço, lembre-se da máxima de não colocar todos os ovos na mesma cesta. É fundamental diversificar entre algumas moedas.
Há formas simples e rentáveis de você investir para além dos domínios do governo brasileiro, de forma plenamente legal.
Eu mesmo estou pessoalmente investindo neste momento uma parcela significativa de meu portfólio em um desses ativos. E minha ideia é mantê-lo em minha carteira por muito tempo. Independentemente do que vier a acontecer, sei que terei uma bela porção de dinheiro longe das garras do Planalto brasileiro.
Para não me tornar prolixo, não vou lhe contar exatamente o que estou fazendo nesta carta, mas vou explicar em detalhes num relatório, de título: “Como ganhar dinheiro com este modelo de crescimento econômico?
Nessa peça, faço uma contextualização do modelo e mostro como precisamos de um novo ciclo de crescimento. Identifico as melhores oportunidades de investimento nesse quadro e recomendo formas explícitas de diversificar entre moedas, além de enaltecer estratégias rentáveis de aplicar em dólar.
Não se preocupe caso você não tenha familiaridade com investimentos internacionais. Tenho esmiuçado um guia sobre como investir no exterior, a que os assinantes da Empiricus têm acesso imediato.
Será um prazer dar-lhe acesso a esse conteúdo, que eu considero fundamental.
Além disso, eu gostaria de enviar-lhe informações muito relevantes sobre…

COMO SE PROTEGER DA INFLAÇÃO?

Estou falando aqui de comprar o quanto você puder de proteção contra a inflação. Resgato aqui o fato estilizado: inflação é como uma gravidez, inevitavelmente cresce.
Você precisa estar protegido da esperada escalada da inflação. Caso contrário, seu salário e seus investimentos vão ser corroídos pela disparada dos preços, reduzindo fortemente o poder de compra da sua família.

CUIDADO COM AÇÕES DE ESTATAIS (E COM O SEU FGTS)

Ações de empresas estatais são tradicionalmente complicadas. Isso porque, em várias situações, a empresa é usada como instrumento para se fazer política social. A prática contraria o interesse dos acionistas, interessados em ver a maximização de valor para a firma e não para o setor público.
Como essas coisas, por vezes, entram em conflito, comprar estatais já é normalmente um pouco mais desafiador.
Mas o que vem acontecendo com o caso brasileiro é gritante. O atual Governo simplesmente destruiu a Petrobras, impedindo reajustes de preços para conter a inflação e forçando pesados investimentos para explorar o pré-sal.
Petrobras hoje tem a maior dívida corporativa do mundo e, embora sua presidente negue, deve ter de pedir mais dinheiro ao mercado em breve.
Isso é particularmente importante. Primeiro pois se trata de um grande patrimônio nacional, que já figurou entre as maiores empresas do mundo e perdeu essa condição.
Depois porque milhares de brasileiros possuem ações da companhia e, ainda pior, uma infinidade de pessoas tem seu FGTS, que seria um poupança segura e de longo prazo, em papéis de Petrobras.
A poupança de milhares de brasileiros foi castigada por uma prática nefasta e anti-mercado.
Sabendo da importância do tema, encomendei a nosso analista de Petrobras uma pesquisa profunda. Ele preparou um longo e detalhado relatório com o histórico dos acontecimentos sobre a companhia, concluindo com o que fazer com as ações da empresa.
Entendo que este seja o melhor conteúdo já produzido sobre Petrobras em toda a história.
E como se não fosse suficiente, o mesmo relatório traz ainda a única ação de empresa estatal em que vale a pena investir.
Não tenho dúvida de que se trata de material extremamente útil para cada cidadão brasileiro.
CERTIFIQUE-SE DE QUE VOCÊ DETÉM O ATIVO QUE PODERÁ SALVAR VOCÊ E SUA FAMÍLIA, NÃO IMPORTA O QUÃO RUIM A SITUAÇÃO POSSA FICAR
Não há exatamente como precisar o quão ruim a situação pode ficar.
Eu realmente acredito em escalada da inflação, desabastecimento de água e energia, grande desemprego e intensas manifestações sociais, mesmo que por alguns meses apenas.
Então decida que país você quer. 


link:

http://secao1.blogspot.com.br/2014/08/a-falencia-brasileira-programada.html?zx=2fb1e837fd4c0141

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