sábado, 2 de agosto de 2014

 

 

 

2 de agosto de 2007

Reagan: um amigo sólido de Israel

Jon E. Dougherty
NewsMax.com
Embora a maioria dos líderes americanos durante as décadas passadas tenham sido apoiadores de Israel, a única democracia no Oriente Médio, poucos foram melhores amigos do Estado judeu do que Ronald Reagan.
O falecido presidente abriu laços de comunicação, segurança e economia com Israel — muitos dos quais ainda existem hoje — que resultaram no relacionamento íntimo e simbiótico entre Washington e Jerusalém, de acordo com especialistas e analistas políticos dos EUA e Israel.
Além disso, Reagan tinha uma ligação espiritual com Israel que se compara com a compreensão que Bush tem acerca do papel estratégico, histórico e bíblico de Israel, dizem os especialistas.
“Parece que presidentes como Reagan e Bush que têm um alicerce na Bíblia compreendem melhor qual é o papel de Israel no mundo”, disse Helen Freedman, diretora executiva da entidade Americanos em favor de um Israel Seguro (AFSI), com sede na Cidade de Nova Iorque.
“Israel não foi criado para ser uma nação como todas as outras nações”, declarou ela ao noticiário NewsMax. “Não foi criado para ser absorvido no Oriente Médio ou entre as nações. É uma nação que representa a promessa da Bíblia — a Terra Prometida, o povo escolhido e sua obrigação de ser luz para as nações”.
Reagan, afirmou Freedman, era um presidente que, “conforme ficamos sabendo, se levantava todas as manhãs e orava para fazer a vontade de Deus — não sua vontade, mas a vontade de Deus. Cremos que o Presidente Bush está de certo modo nessa trilha também”.

O legado de Israel

Em muitos aspectos, os especialistas diziam que Reagan foi o melhor amigo americano que Israel já teve desde sua fundação em 1948.
Entre suas muitas realizações estão seus esforços bem-sucedidos de fazer com que a União Soviética permitisse que os judeus russos perseguidos emigrassem para o Estado judeu. As políticas de Reagan acabaram levando a uma onda gigantesca de imigrantes para Israel.
“Há muitas coisas que o Presidente Reagan fez que são monumentais em sua importância para o relacionamento entre EUA e Israel”, disse Josh Block, porta-voz do Comitê de Assuntos Públicos Americanos e Israelenses [AIPAC] em Washington DC.
Entre essas realizações:
  • Reagan desempenhou um papel importante na intensificação do Acordo de Cooperação Estratégica entre EUA e Israel, o qual resultou no estabelecimento do Grupo Mútuo Político-Militar [JPMG], um programa do Pentágono que supervisiona iniciativas de natureza militar e de inteligência entre ambos os países.
  • Reagan administrou a criação do Grupo Mútuo de Planejamento de Assistência de Segurança [JSAP] em abril de 1988, um mecanismo pelo qual ambos os países analisam as necessidades de segurança de Israel à luz das atuais avaliações de ameaça e demandas orçamentárias dos EUA. Esse grupo é enormemente importante para decidir uma ampla ordem de interesses estratégicos bilaterais, disse a AIPAC.
  • Um relacionamento estratégico que levou a avanços para ambos os países em sua luta contra o terrorismo.
  • A assinatura de um acordo de livre comércio entre EUA e Israel, o qual permitiu que empresas israelenses competissem de forma igual com empresas européias. Desde 1985, o comércio entre os dois países aumentou 400 por cento e chegou ao topo de 20 bilhões de dólares em 2003 (Israel é 21º maior parceiro comercial dos Estados Unidos). Esse acordo serviu como modelo para outros acordos semelhantes, inclusive o Acordo de Livre Comércio da América do Norte entre EUA, Canadá e México.
Quando assinou o acordo, Reagan disse: “Creio que este novo relacionamento econômico com nossos amigos em Israel promoverá nossa amizade histórica, fortalecerá nossas economias e abrirá novas oportunidades entre nossos povos para comunicação e comércio”.
Block disse que em 1985 e 1986, quando a economia israelense estava experimentando índices de inflação tão altos que chegaram a 445 por cento, Reagan aprovou 1.5 bilhão de dólares em assistência a Israel, a qual foi paga em duas prestações — uma a cada ano.
“Foi uma iniciativa extraordinariamente importante para ajudar Israel a atravessar sua crise econômica”, disse ele.

Reforçando os pacotes de assistência

Antes da presidência de Reagan, os EUA davam apoio e assistência financeira a Israel mediante empréstimos e concessões.
Mas depois que ele assumiu a presidência, os empréstimos e concessões acabaram se tornando a “própria assistência econômica e militar” que os EUA atualmente e regularmente dão para Jerusalém, o único aliado democrático dos EUA no Oriente Médio.
“Israel tem recebido mais assistência direta dos Estados Unidos desde a 2ª Guerra Mundial do que qualquer outro país”, mas as quantidades durante a primeira metade desse período de tempo “eram relativamente pequenas”, escreve Mitchell Bard em nome da Iniciativa de Cooperação entre EUA e Israel.
“Começando no ano fiscal de 1987, Israel anualmente recebeu 1.2 bilhão de dólares em assistência econômica e 1.8 bilhão em assistência militar”, escreveu Bard. Mas, acrescentou ele: “Em 1998, Israel se ofereceu, por livre vontade, para reduzir sua dependência da assistência econômica dos EUA. Conforme um acordo alcançado com o governo Clinton e o Congresso, o pacote de ajuda econômica de 1.2 bilhão será reduzido em 120 milhões a cada ano de modo que desaparecerá em dez anos”.
Apesar disso, metade dessa poupança (60 milhões de dólares) será acrescentada ao pacote de ajuda militar a Israel.

Amigo inteligente

Reagan parecia à vontade em sua relação com Israel, em parte porque os especialistas acreditam que ele sabia e entendia a importância de um forte Estado judeu na região.
“Ele tinha algumas abordagens muito inteligentes” com relação às relações dos EUA com Israel, disse Freedman, de AFSI. “Ele entendia que Jerusalém não poderia ser dividia, e que não pode haver um Estado palestino” porque um país palestino “significaria o fim de Israel”, disse ela.
Block disse que Reagan assinou uma carta estratégica de entendimento em 1982 com o governo israelense do primeiro ministro Menachem Begin, a qual ainda é utilizada por ambos os governos hoje.
O Dr. Morton H. Pomerantz, um importante rabino de Nova Iorque, declarou a NewsMax que Reagan “era um amigo de Israel desde a época em que o país foi fundado, e ele era bastante firme nessa posição”.
Pomerantz disse que embora Bush entenda que Israel “vive sob o tipo de terrorismo que atingiu os EUA em 11 de setembro de 2001”, ele concordou que Reagan também viu cedo a ameaça do terrorismo para ambos os países, principalmente depois que terroristas apoiados pelo Irã fizeram um ataque à bomba contra um quartel de fuzileiros navais americanos em Beirute, Líbano, em 1983, matando 241 soldados.
“Reagan reconhecia Israel como um aliado real durante a Guerra Fria”, disse ele, “e foi justamente ele o responsável pela vitória nessa guerra”.
Reagan pode ter usado Israel para ajudá-lo a derrotar o Império do Mal. Mas ele tinha uma afinidade profunda com a única outra nação que afirma que sua fundação ocorreu pela vontade de Deus.
“Em Israel, homens e mulheres livres diariamente demonstram a força da coragem e fé”, comentou Reagan em certa ocasião. “Em 1948, quando Israel foi fundado, os especialistas afirmavam que esse novo país jamais conseguiria sobreviver. Hoje, ninguém tem dúvida disso. Israel é uma terra de estabilidade e democracia numa região de ditaduras e agitações”.
Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com
Outros artigos no Blog Julio Severo que mencionam o testemunho cristão de Reagan:
Para saber mais sobre evangélicos e Israel, leia:
Quem afinal precisa de Israel?



link:

 http://juliosevero.blogspot.com.br/2007/08/reagan-um-amigo-slido-de-israel.html

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