Romário quer que Marin se explique na Câmara sobre envolvimento com a ditadura militar
do UOL, em São Paulo
- CBF/DivulgaçãoRomário cumprimenta José Maria Marin em visita do presidente da CBF ao Congresso, em maio de 2012
"As suspeitas sobre o Presidente da CBF são graves e constrangedoras", afirmou Romário. "Nós, atletas e ex-atletas, ficamos muito desconfortáveis com esse tipo de situação, principalmente num momento em que o Brasil se expõe ao mundo, ao se preparar para receber megaeventos esportivos. Será que merecemos ter à frente do nosso esporte mais querido, mais popular, um esporte que orgulha o nosso povo, uma pessoa suspeita de envolvimento, ainda que indireto, com tortura, assassinato e a supressão da democracia?", disse.
O site da CBF divulgou uma nota nesta quarta-feira (13) contestando acusações de que Marin teria defendido a prisão Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo no dia 9 de outubro de 1975, quando era deputado estadual. O jornalista foi assassinado na prisão em 25 de outubro de 1975, durante o regime militar.
"Será que a CBF, que comanda um esporte intimamente vinculado à cultura nacional, pode ser dirigida por alguém que pedia a repressão a uma emissora estatal de televisão, a TV Cultura, à qual estava vinculado Vladimir Herzog?", afirmou o deputado durante o discurso. Ele também cobrou mais transparência sobre as ações da entidade máxima do futebol brasileiro.
O filho de Vladmir Herzog, Ivo Herzog, lançou na internet um abaixo-assinado pedindo a saída de Marin da presidência da CBF por causa de sua relação com o governo militar. Marin chegou a ser governador de São Paulo durante a ditadura.
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