DE SÃO PAULO
DO RIO
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Atualizado às 16h11.
A Vale confirmou nesta segunda-feira (11) a suspensão do projeto Rio Colorado, na Argentina, de exploração de potássio. Em nota, a companhia brasileira informou ter comunicado o governo argentino da suspensão. A empresa alega que, no contexto macroeconômico atual, "os fundamentos econômicos do projeto não estão alinhados com o compromisso da Vale".
Pouco provável na visão de analistas, uma retomada do projeto não foi descartada pela mineradora. Nesse caso, informou no comunicado, "será dada a preferência aos atuais empregados do projeto".
Apesar da suspensão, a empresa disse que "continuará honrando os compromissos relativos às suas concessões e seguirá buscando soluções que melhorem os fundamentos econômicos do projeto, para então avaliar a sua retomada".
Em processo de reestruturação e reavaliação de projetos, a brasileira tenta enxugar seu portfólio de ativos e cortar custos. Apesar do desejo do governo brasileiro de que o Rio Colorado fosse mantido, os executivos da mineradora já o consideram praticamente inviável.
O imbróglio já vinha provocando mal-estar entre o governo brasileiro e o argentino. O país vizinho endureceu as exigências em relação ao negócio e causou irritação no Palácio do Planalto.
RIO COLORADO
Orçado inicialmente em US$ 4 bilhões, o empreendimento custará agora cerca de US$ 11 bilhões, segundo cálculos de executivos da empresa. Oficialmente, no entanto, a Vale afirma que o projeto é estimado em US$ 5,9 bilhões.
A Vale teria capacidade para produzir 4,3 milhões de toneladas de potássio por ano no local, volume equivalente à atual demanda anual brasileira.
O Brasil é importador de fertilizantes e o potássio é um de seus principais componentes. A produção de fertilizantes é considerada um dos principais gargalos à agricultura do país no longo prazo.
O projeto de Colorado era o maior da companhia na área de fertilizantes, mas a suspensão foi decidida diante de entraves para obtenção de licenças e indefinições no campo regulatório do país vizinho.
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