Aluna pode ter visão comprometida depois de trote em escola no RS

Lucas Azevedo
Do UOL, em Porto Alegre

14/03/201312h20 >

 Atualizada 14/03/201316h01

 

 

• Mauro Vieira/Agência RBS
  Isabela Hartmann Rost, 14, corre o risco de ter a visão do olho direito comprometida depois de ser vítima de um trote na frente da escola

Uma menina de 14 anos corre o risco de ter a visão do olho direito comprometida depois de ser vítima de um trote na frente de uma escola particular, em Porto Alegre. Por volta do meio dia da quinta-feira passada (7), Isabela Hartmann Rost deixava o colégio Anchieta, um dos mais tradicionais da cidade, quando foi acertada no rosto com um ovo.
A menina, aluna do primeiro ano, estava entrando no carro do pai quando um aluno do terceiro ano da instituição a surpreendeu. Imediatamente, sua visão escureceu e ela se desesperou. A estudante foi levada ao Banco de Olhos, onde teve o olho limpo e medicado.

Conforme os médicos, o ferimento pode virar catarata ou glaucoma. Dessa maneira, é indispensável a colocação de colírios especiais ao longo do dia e o controle da pressão intraocular. Ela também pode ter que fazer uma cirurgia de emergência devido o aumento da pressão.

Após o ataque, o caso de Isabela ganhou as redes sociais através de relatos de sua mãe, a funcionária pública Cláudia Hartmann. Entretanto, no mesmo Facebook pelo qual a menina recebe inúmeras mensagens de apoio, há comentários que fazem chacota do ocorrido.
"Hahahahaha, a cena mais linda", publicou o jovem que se auto intitula o autor da agressão.
Com o auxilio da mãe, Isabela publicou: "Eu não acho esses trotes uma atitude legal, e sei que por ter essa opinião muitos poderão vir me chamar de chata, careta. A minha visão piorou, porque estou com o olho bem inflamado. Ainda tem o risco de descolamento de retina tardio".
Procurado, o colégio Anchieta se manifestou por meio de nota: "Diante do episódio ocorrido entre um aluno e uma aluna, o Colégio Anchieta está tomando as providências preconizadas pelo Regimento Interno. O fato, sem dúvida, é profundamente lamentável e tal comportamento não pode ser aceito. Infelizmente, o controle absoluto, por vezes, é impossível, sobretudo, ocorrendo em via pública. O Anchieta, conforme dito acima, está analisando o episódio internamente e a partir da sua proposta de convivência escolar, que se caracteriza por um adequado comportamento social, ouvindo as partes interessadas. Agredir um colega sempre é um desrespeito aos princípios da convivência humana em qualquer lugar".

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