Dilma deu ordem expressa para Banco Central deixar a taxa de juros intocada em 7,25% até nova ordem
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Mudanças profundas no modelo de gestão da Petrobras, a impressão de menos interferência do governo nas decisões do Banco Central, a tentativa de uma leve recessão mantendo o consumo sob controle e a insistência para que os bancos aceitem facilitar o crédito, abrindo mão de margens de lucros maiores. Estas são as apostas da Presidenta Dilma Rousseff para garantir uma estabilidade econômica que tornará viável e menos complicada sua reeleição em 2014.
Os nove iluminados do Comitê de Política Monetária do BC do B queriam ontem aumentar a taxa de juros da economia para 8,25% - sinalizando que a autoridade monetária não quer brincar com a inflação. Mas sentiram o poder interventor da Presidenta da República – que manda na economia. No meio da reunião do Copom, veio uma ordem direta do Palácio do Planalto para não tocar na taxa de jeito nenhum. Os obedientes conselheiros deixaram tudo como dantes, a 7,25% - para Dilma poder viajar em paz para o velório do Hugo Chávez.
No Banco Central, onde Dilma interfere pessoalmente, o objetivo imediato é tentar convencer o mercado de que isto não acontece. Mas a missão é impossível. No teatrinho econômico do João Minhoca, o Copom sinalizou de que pode aumentar os juros nos próximos meses. No governo, a orientação é transmitir a imagem de que o BC do B age de maneira independente para cumprir as metas de controle inflacionário, para garantir a suposta “estabilidade” econômica. No mercado, analistas ainda temem medidas duras do BC do B, a qualquer momento, se a casa ameaçar cair.
Dilma também manda na Petrobras. Tanto que deu sinal verde para que sua amiga, a presidenta Maria das Graças Foster, promova um choque de gestão na estatal de economia mista. Dilma autorizou o recente aumento do diesel, apostando que não terá tanta influência sobre a taxa de inflação. Só que o reajuste teve uma condição imposta: a Petrobras tem de enxugar imediatamente seus custos operacionais, principalmente na área de pessoal.
Antes de um plano de demissões voluntárias, em estudo, a receita ortodoxa prevê incentivos a aposentadorias e cortes imediados de gastos com terceirizados, substituídos por empregados já concursados. Será uma reengenharia em todos os setores da empresa, principalmente na área de produção, cujo desempenho deixa a desejar – na visão do mercado e do próprio acionista-interventor majoritário (o governo federal).
Mais complicada mesmo para Dilma é a injeção de dinheiro na economia em recessão, através do financiamento bancário. O mercado engole com dificuldades a ideia de criar um fundo, com grana do Tesouro Nacional, para ficar à disposição dos bancos, viabilizando que eles abram mão dos lucros estratosféricos e liberem crédito para grandes empreendimentos, sobretudo em infraestrutura. Ainda é baixa a crença na eficiência e viabilidade desta espécie de “BNDES do B” – no qual os bancos deveriam funcionar, originalmente, como bancos...
Uma facção minoritária da equipe econômica do governo, apesar do discurso esquizofrenicamente otimista, ainda teme uma queda de investimentos, mais dificuldades no crédito, redução na taxa de emprego e aumento do endividamento das famílias, com diminuição do poder de compra e geração de descontentamento no eleitorado de classe média. Mas a facção majoritária aposta que a recessão disfarçada dará um breque na psicológica alta de preços.
A aposta do governo é que surta efeito no mercado a “ameaça” deixada no ar pelo Copom de voltar a subir os juros básicos. Outra aposta – esta mais complicada de acontecer conforme o governo espera – é o retorno de “grandes investimentos diretos estrangeiros” ao Brasil. Os problemas na Petrobras e Eletrobras – que deixam acionistas com ataques nervosos – funcionam como propaganda negativa para se jogar dinheiro no Brasil. No entanto, o que o governo quer é a volta ao País do dinheiro aplicado lá fora por dois segmentos: as grandes transnacionais que aqui atuam e o “capital motel” (o dinheiro que entra e sai do Brasil pertencente a grandes investidores daqui e de fora). Se os juros subirem de novo, eles voltam correndo...
Enquanto arma uma pretensa estabilidade para garantir a reeleição, o governo Dilma-Lula não faz as reformas necessárias. Ensaia algumas desonerações casuísticas e pontuais, mas não senta com os governadores para discutir uma reforma tributária de verdade. O governo também não diminui seus gastos em excesso, e até sinaliza mais endividamento interno, com a criação do tal “Fundo do Tesouro”.
Neste cenário, quem continua pagando a conta altíssima da ineficiência, incompetência e roubalheira é o cidadão-eleitor-contribuinte. Nesta sexta-feira, à meia-noite, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo registrará R$ 300 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais pagos pelos brasileiros desde o 1º dia do ano. Em 2012 esse valor só foi alcançado no dia 14 de março, ou seja, seis dias mais tarde na comparação entre os dois períodos.
O PIB (produto interno bruto que mede tudo que a economia produz) cresce feito tartaruga, enquanto a impostura bate sucessivos recordes de arrecadação. O Estado pune a maioria de contribuintes, enquanto beneficia uma minoria de empresários parceiros da politicagem hegemônica com a grana do BNDES ou dos Fundos de Pensão de estatais (onde o governo injeta bilhões).
Por isso, o Capimunismo tupiniquim passa por seu momento mais delicado, no fio da navalha entre uma estabilidade econômica de araque e um risco concreto de fracasso das políticas monetária e cambial. Os erros políticos podem comprometer a capacidade futura de crescimento do Brasil. Mas, se as falhas passarem menos percebidas pela maioria do eleitorado – iludida pelos demagógicos programas de distribuição de renda e por promessas fáceis da candidata chapa-branca -, a reeleição de Dilma se viabiliza, e o Capimunismo brasileiro segue seu caminho em marcha batida a lugar nenhum.
Fique de Olho
O “Impostômetro” foi inaugurado em 20 de abril de 2005.
Em 13 de setembro de 2011 o novo portal do Impostômetro (www.impostometro.com.br) foi colocado no ar.
Nele é possível ver o quanto o País, os estados e os municípios estão arrecadando em impostos.
E, na vida real, você pode observar o quanto o que você paga de impostos não retorna em benefícios para a sociedade, graças à ineficiência, incompetência, falta de projetos com qualidade e muita corrupção.
Leão bonzinho?
As pessoas físicas interessadas em colaborar com projetos sociais voltados a crianças e adolescentes podem destinar parte de seu Imposto de Renda a entidades credenciadas no Fumcad (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) até a data de entrega da declaração.
Cada contribuinte pode doar até 3% do IR que ficaria com o Governo no orçamento geral.
É possível fazer o cálculo no site da Receita Federal, que disponibiliza um simulador tanto para pessoa física como jurídica.
A dica é do Conselho Regional de Contabilidade em São Paulo.- que participa do PVCC (Programa do Voluntariado da Classe Contábil).
Fortuna do Faraó Chávez
O falecido Hugo Chávez conseguiu juntar uma fortuna de US$ 2 bilhões – que agora ficam de herança para suas filhas e genros.
A revelação é de Jerry Brewer, director da Criminal Justice International Associates - empresa de inteligência econômica sediada em Miami e Virgínia do Norte (EUA).
Brewer calcula que o valor é o mesmo da fortuna juntada pelos irmãos Fidel e Raúl Castro – os donos de Cuba.
Conclusão: o comunismo e o socialismo bolivariano são bons negócios e exemplos a serem seguidos por quem deseja ficar rico...
Namoro ou amizade?
Jornais e sites de Rondônia só falam da bela morena Handra Meira Amorim – uma advogada rondoniense, nascida na cidadezinha de Alvorada do Oeste, mas que estudou Direito em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Handra é apontada como a dona do coração do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal.
Os dois se conheceram em uma banca de jornais no Leblon, Rio de Janeiro...
Se for mesmo verdade, o Barbosa está com tudo e não está prosa, porque a moça é pura expressão do charme...
Assalto alto
Está em cartaz toda quinta-feira, às 21h30, no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, a peça Assalto Alto, escrita e dirigida pelo premiado Carlos Meceni.
Sucesso de público, que se diverte durante todo o espetáculo, a comédia inova na apresentação ao colocar o público dentro da cena, transformando o teatro em uma animada lanchonete.
A peça é encenada pela Companhia de Teatro São Paulo, com Nina Mancin, Décio Pinto, Josué Torres, Tadeu Menezes, Geraldo Ferreira, Carlos Meceni.
Ainda bem que é no teatro... Se encenassem no cafezinho do Congresso Nacional, viraria drama...
Os Justiceiros
Evento no Clube Militar
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 7 de Março de 2013.
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