Vice, Maduro assumirá na Venezuela e deve convocar eleições em 30 dias, diz chanceler
Em Caracas
Nicolás Maduro
Antes de viajar a Cuba, em dezembro, Chávez designou o vice-presidente Nicolás Maduro como candidato governista em caso de novas eleições.
A cerimônia fúnebre do presidente Hugo Chávez, que morreu após uma batalha de quase dois anos contra o câncer, será na sexta-feira (8) na Academia Militar de Caracas na presença dos chefes de Estado da região, anunciou o chanceler.
Jaua, que garantiu que o país está em normalidade após o anúncio da morte do mandatário, disse que foi decretado luto nacional de sete dias e que as aulas em todos os níveis foram suspensas pelo resto da semana.
O corpo de Chávez será levado nesta quarta-feira (6) à Academia Militar e será exposto a seus simpatizantes. O local do sepultamento ainda não foi definido.
No comando da Venezuela por 13 anos, Chávez adotou medidas nacionalistas e estatizantes Renata Giraldi
Da Agência Brasil, em Brasília
Chávez foi internado em Havana, Cuba, para três cirurgias de urgência. Em uma delas, o presidente informou ter retirado um tumor da região pélvica. Dias depois confirmou que estava com câncer. Informações atribuídas a assessores indicaram duas suspeitas para o tumor de Chávez: no cólon ou na próstata. Porém, não houve detalhamento oficial.
Em dezembro de 2012, Chávez retornou a Cuba para mais uma cirurgia. Antes de deixar a Venezuela, pediu à população para que, na eventualidade da sua ausência, apoiasse o vice-presidente, Nicolás Maduro. A reação de Chávez surpreendeu e foi interpretada como a antecipação da transmissão do cargo de presidente. Imediatamente à partida de Chávez, foi aberta uma disputa política interna no país entre governistas e oposicionistas.
Chávez ficou mais de dois meses em Cuba. Depois, retornou à Venezuela. No comando do governo durante 13 anos, a palavra de ordem de Chávez foi a Revolução Bolivariana em defesa da unidade latino-americana e da melhoria da condição de vida dos mais pobres. Definindo-se como socialista, o presidente era um crítico do neoliberalismo, da globalização e da política norte-americana. Também se dizia defensor do nacionalismo adotando medidas estatizantes e causando temores em investidores externos, segundo especialistas.
Desde 2000, Chávez promoveu a nacionalização de vários setores da economia do país. Inicialmente, estatizou a siderúrgica Sidor –responsável por 85% da produção de aço no país– no mesmo período, ele começou o processo de nacionalização da empresa Petróleos de Venezuela (PDVSA), ação concluída em 2007.
No ano passado, o presidente da Venezuela anunciou a nacionalização de 11 plataformas de petróleo norte-americanas vinculadas à empresa Helmerich & Payne. Anteriormente, foi anunciada a estatização de fábricas do México, da França e da Suíça.
Na sua gestão, o venezuelano adotou como base as ações que se destinam à política assistencial envolvendo campanhas de alfabetização, de combate à desnutrição e à pobreza. Ao mesmo tempo, ele instaurou um regime militar rigoroso no país, modificou a Constituição –permitindo a reeleição sucessivas vezes– e alterou o sistema de funcionalismo público.
O estilo Chávez de conduzir a política interna e se manifestar sobre as questões externas dividia opiniões. Amigo de Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, Muammar Khadafi, então líder da Líbia, e Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, entre outras autoridades, o venezuelano não se esquivava de defender as pessoas próximas a ele. Em 2005 e 2006, ele foi incluído entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista britânica The Time.
Em 2004, um grupo de manifestantes foi às ruas de Caracas pedir a saída de Chávez. Os protestos foram contidos pelas forças de segurança e, desde então, a relação do presidente venezuelano com a imprensa estrangeira passou a ser tensa. Segundo Chávez, a imprensa incitava o povo ao ódio, um dos alvos dele era a emissora de televisão Globovisión, que teve a concessão cancelada.
Bem-humorado, Chávez fez várias viagens ao Brasil. Em junho, quando fez a primeira visita oficial na gestão da presidenta Dilma Rousseff, ele usou muletas, pois alegou dores no joelho esquerdo. Anteriormente, havia desmarcado uma viagem também se queixando de dores no mesmo joelho. Porém, durante a vista a Brasília, brincou que seu mal era a idade. Em julho, ele compareceu à cerimônia de adesão da Venezuela ao Mercosul e indicou estar recuperado do câncer.
No entanto, em dezembro, quando houve a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, na qual estava marcada uma cerimônia em homenagem à Venezuela, Chávez não participou. Em Cuba para tratamento de saúde, o presidente enviou uma delegação para as reuniões.
Morte de Chávez gera dúvidas sobre aliança bolivariana
A morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nesta terça-feira, gerou comoção nos países latino-americanos e questionamentos sobre o destino da chamada "aliança bolivariana", lançada anos atrás pelo líder.
Logo após o anúncio sobre a morte do mandatário, realizado pelo vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, suspendeu suas atividades - que incluíam um discurso sobre a distribuição de livros do Ministério da Educação.
Cristina e Chávez eram definidos como "amigos". Ele foi uma das poucas autoridades a comparecer à cerimônia familiar pela morte do ex-presidente Nestor Kirchner, marido da presidente, em 2010, realizada na província de Santa Cruz, na região da Patagônia.
Cristina costumava citar o nome de Hugo Chávez em sua conta no Twitter para comentar diversos assuntos - como, por exemplo, sua recente reeleição - ou mencionava seu nome nos discursos para dizer que esperava melhoras em seu estado de saúde. "Força Hugo", disse certa vez.
Em Montevidéu, o presidente do Uruguai, José Mujica, lamentou a notícia. Mujica disse ainda que a morte do presidente venezuelano era "previsível", mas a "surpresa e a dor são grandes, porque perdemos um amigo".
Em declarações à Televisão Nacional, Mujica disse ainda: "Espero um gesto de grandeza do povo (venezuelano) que deve superar uma transição difícil". A assessoria do presidente do Uruguai informou que ele embarcará para Caracas nesta quarta-feira para participar da "despedida" à Chávez.
Em janeiro deste ano, Chávez foi submetido a tratamento contra o câncer em Cuba e não compareceu à posse do uruguaio. Porém, Mujica esteve em Caracas, como presidente temporário do Mercosul, e declarou que os venezuelanos deveriam "manter a paz e a unidade se Chávez não estiver (presente) amanhã", segundo publicou o jornal El Observador, de Montevidéu.
Além de Cristina Kirchner e de Mujica, outros presidentes da região mantinham relação fluída com Chávez, segundo diferentes analistas e assessores dos governos. "Chávez aproximou a Venezuela do Cone Sul e não dos Estados Unidos", disseram diplomatas brasileiros à BBC Brasil.
Nesta terça-feira, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, manifestou pesar sobre a notícia. "Oferecemos nossas sentidas condolências à família do presidente Hugo Chávez e também ao governo e ao povo da República Bolivariana da Venezuela. Após uma dura luta pela vida, finalmente o presidente Chávez descansa em paz", disse.
Segundo o diário El Mercurio, Piñera e Chávez "tinham diferenças políticas". Mas Piñera, informou o jornal, revelou ter conversado com Chávez durante seu tratamento médico. "Ele me disse que se tivesse que enfrentar a morte o faria em sua pátria, em sua querida Venezuela. Lembrei disso quando ele voltou de Cuba para Caracas", afirmou Piñera.
O presidente chileno disse ainda que Chávez estava "comprometido com a integração da América Latina".
Exemplo
Na Bolívia, cujo presidente, Evo Morales, era definido por setores sociais e analistas políticos como "seguidor" de Chávez, a Agência Boliviana de Informação (ABI) publicou: "Bolívia comovida pela morte de Chávez, grande amigo e aliado".
"Estamos destroçados com o falecimento do irmão e companheiro Hugo Chávez", afirmou Morales.
"Chávez foi um irmão solidário, um companheiro revolucionário, um latino-americano que lutou por sua pátria, pela pátria grande, como também fez Simón Bolívar".
"Ele deu a vida pela liberação do povo venezuelano, do povo latino-americano e de todos os anti-imperialistas do mundo", disse.
O líder Simón Bolívar, considerado um herói libertador da América espanhola, era a referência das ideias do movimento bolivariano de Chávez.
O governo do Paraguai, do presidente Federico Franco, que mantinha diferenças públicas com Chávez, emitiu comunicado do Ministério das Relações Exteriores com "as mais profundas condolências" pela morte do líder.
O Mercosul aprovou, no ano passado, a entrada da Venezuela no bloco e, ao mesmo tempo, a suspensão do Paraguai devido à destituição do então presidente Fernando Lugo.
Alba
Em Buenos Aires, o jornal Página 12 destacou em seu site: "trágica morte histórica". Já o La Nación, também da capital argentina, publicou, em sua versão na internet, que a morte de Chávez "deixa dúvidas sobre o bloco bolivariano", iniciado por ele.
A Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) hoje agrega Venezuela, Equador, Bolívia, Cuba, Nicarágua e os pequenos países caribenhos de Antígua e Barbuda, Dominica e São Vicente e Granadinas.
O bloco conta com a cooperação econômica da Venezuela - um dos maiores produtores de petróleo do planeta. Segundo analistas, Cuba é um dos países que mais depende da cooperação venezuelana. O governo de Raul Castro recebe cem mil barris de petróleo por dia com preços subsidiados. Havana retribui com serviços médicos.
O Página 12 cita ainda analistas ao dizer que esta relação - entre a integração energética e de saúde - é a base da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América). A publicação questiona se projetos lançados por Chávez continuação existindo.
Logo após o anúncio sobre a morte do mandatário, realizado pelo vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, suspendeu suas atividades - que incluíam um discurso sobre a distribuição de livros do Ministério da Educação.
Cristina e Chávez eram definidos como "amigos". Ele foi uma das poucas autoridades a comparecer à cerimônia familiar pela morte do ex-presidente Nestor Kirchner, marido da presidente, em 2010, realizada na província de Santa Cruz, na região da Patagônia.
Cristina costumava citar o nome de Hugo Chávez em sua conta no Twitter para comentar diversos assuntos - como, por exemplo, sua recente reeleição - ou mencionava seu nome nos discursos para dizer que esperava melhoras em seu estado de saúde. "Força Hugo", disse certa vez.
Em Montevidéu, o presidente do Uruguai, José Mujica, lamentou a notícia. Mujica disse ainda que a morte do presidente venezuelano era "previsível", mas a "surpresa e a dor são grandes, porque perdemos um amigo".
Em declarações à Televisão Nacional, Mujica disse ainda: "Espero um gesto de grandeza do povo (venezuelano) que deve superar uma transição difícil". A assessoria do presidente do Uruguai informou que ele embarcará para Caracas nesta quarta-feira para participar da "despedida" à Chávez.
Em janeiro deste ano, Chávez foi submetido a tratamento contra o câncer em Cuba e não compareceu à posse do uruguaio. Porém, Mujica esteve em Caracas, como presidente temporário do Mercosul, e declarou que os venezuelanos deveriam "manter a paz e a unidade se Chávez não estiver (presente) amanhã", segundo publicou o jornal El Observador, de Montevidéu.
Além de Cristina Kirchner e de Mujica, outros presidentes da região mantinham relação fluída com Chávez, segundo diferentes analistas e assessores dos governos. "Chávez aproximou a Venezuela do Cone Sul e não dos Estados Unidos", disseram diplomatas brasileiros à BBC Brasil.
Nesta terça-feira, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, manifestou pesar sobre a notícia. "Oferecemos nossas sentidas condolências à família do presidente Hugo Chávez e também ao governo e ao povo da República Bolivariana da Venezuela. Após uma dura luta pela vida, finalmente o presidente Chávez descansa em paz", disse.
Segundo o diário El Mercurio, Piñera e Chávez "tinham diferenças políticas". Mas Piñera, informou o jornal, revelou ter conversado com Chávez durante seu tratamento médico. "Ele me disse que se tivesse que enfrentar a morte o faria em sua pátria, em sua querida Venezuela. Lembrei disso quando ele voltou de Cuba para Caracas", afirmou Piñera.
O presidente chileno disse ainda que Chávez estava "comprometido com a integração da América Latina".
Exemplo
Na Bolívia, cujo presidente, Evo Morales, era definido por setores sociais e analistas políticos como "seguidor" de Chávez, a Agência Boliviana de Informação (ABI) publicou: "Bolívia comovida pela morte de Chávez, grande amigo e aliado".
"Estamos destroçados com o falecimento do irmão e companheiro Hugo Chávez", afirmou Morales.
"Chávez foi um irmão solidário, um companheiro revolucionário, um latino-americano que lutou por sua pátria, pela pátria grande, como também fez Simón Bolívar".
"Ele deu a vida pela liberação do povo venezuelano, do povo latino-americano e de todos os anti-imperialistas do mundo", disse.
O líder Simón Bolívar, considerado um herói libertador da América espanhola, era a referência das ideias do movimento bolivariano de Chávez.
O governo do Paraguai, do presidente Federico Franco, que mantinha diferenças públicas com Chávez, emitiu comunicado do Ministério das Relações Exteriores com "as mais profundas condolências" pela morte do líder.
O Mercosul aprovou, no ano passado, a entrada da Venezuela no bloco e, ao mesmo tempo, a suspensão do Paraguai devido à destituição do então presidente Fernando Lugo.
Alba
Em Buenos Aires, o jornal Página 12 destacou em seu site: "trágica morte histórica". Já o La Nación, também da capital argentina, publicou, em sua versão na internet, que a morte de Chávez "deixa dúvidas sobre o bloco bolivariano", iniciado por ele.
A Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) hoje agrega Venezuela, Equador, Bolívia, Cuba, Nicarágua e os pequenos países caribenhos de Antígua e Barbuda, Dominica e São Vicente e Granadinas.
O bloco conta com a cooperação econômica da Venezuela - um dos maiores produtores de petróleo do planeta. Segundo analistas, Cuba é um dos países que mais depende da cooperação venezuelana. O governo de Raul Castro recebe cem mil barris de petróleo por dia com preços subsidiados. Havana retribui com serviços médicos.
O Página 12 cita ainda analistas ao dizer que esta relação - entre a integração energética e de saúde - é a base da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América). A publicação questiona se projetos lançados por Chávez continuação existindo.
Veja as reações internacionais à morte de Hugo Chávez
A morte do presidente venezuelano Hugo Chávez nesta terça-feira despertou reações de diversos chefes de Estado e organismos internacionais. Líder polêmico à frente da Venezuela por mais de uma década, Chávez firmou relações muito próximas com países como Equador, Bolívia, Cuba e Irã, e sempre dirigiu duras críticas às potências ocidentais, sobretudo aos Estados Unidos.
O líder morreu às 16h25 locais (18h25 de Brasília) em Caracas após sofrer "complicações" devido ao agravamento de uma infecção respiratória adquirida durante seu tratamento contra um câncer, que durou quase dois anos. O anúncio foi feito em rede nacional de televisão pelo vice-presidente, Nicolás Maduro.
Mais cedo, o governo havia culpado as potências ocidentais pelo câncer que acometeu o líder, e expulsou o adido militar da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, David del Mónaco, alegando suspeitar que ele planejava angariar apoio dos militares para lançar um golpe no país. O diplomata tem 24 horas para deixar a Venezuela.
Veja algumas das principais reações internacionais:
Brasil
"A morte do presidente Hugo Chávez entristece a todos os latinoamericanos", e "deixará um vácuo no coração, na história e nas lutas" da região. "Hoje, lamentavelmente, infelizmente e com tristeza, devo dizer que morreu um grande latinoamericano, o presidente Hugo Chávez Frías. Hoje, e como sempre, reconhecemos que é um grande líder, uma perda irreparável, e sobretudo um amigo do Brasil e do seu povo" - Dilma Rousseff, presidente brasileira.
Argentina
"Um grande luto para a América. Um dos melhores partiu. Adeus, comandante. Com Néstor Kirchner você sempre guiará o povo à vitória!" - Vice-presidente argentino, Amado Boudou.
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente brasileiro
"Foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do presidente Hugo Chávez. Tenho orgulho de ter convivido e trabalhado com ele pela integração da América Latina e por um mundo mais justo. Eu me solidarizo com o povo venezuelano, com os familiares e correligionários de Chávez, neste dia tão triste, mas tenho a confiança de que seu exemplo de amor à pátria e sua dedicação à causa dos menos favorecidos continuarão iluminando o futuro da Venezuela".
Reino Unido
"Eu fiquei triste ao saber da morte do presidente Hugo Chávez hoje. Como presidente da Venezuela por 14 anos ele deixou uma impressão permanente no país e como um todo" - ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.
EUA
"Neste momento desafiador da morte do presidente Hugo Chávez, os Estados Unidos reafirmam seu apoio ao povo venezuelano e seu interesse em desenvolver uma relação construtiva com o governo venezuelano. No momento em que a Venezuela começa um novo capítulo em sua história, os Estados Unidos permanecem comprometidos com as políticas que promovem os princípios democráticos, o estado de direito e o respeito aos direitos humanos" - Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.
ONU
"É a primeira notícia que recebi, e apesar de planejar uma declaração formal mais adiante, envio hoje minhas sinceras condolências à família do presidente Chávez, assim como ao povo e ao governo da Venezuela" - Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas
Uruguai
"Sentimos um profundo pesar. Sempre se sente a morte, mas quando de se trata de um militante de primeira linha, de alguém que uma vez defini como 'o governante mais generoso que já conheci', a dor tem outra dimensão"- Presidente do Uruguai, José Mujica.
Indígenas do Equador
"Os ideais revolucionários de Chávez não se apagarão, e viverá nos corações de nossos povos sendo exemplo da luta contra o imperialismo. Estamos seguros de que o povo venezuelano defenderá seus sucessos e suas conquistas, jamais se renderão diante das burguesias internacionais nem ao imperialismo" - Confederação Nacional de Nações Indígenas do Equador (Conaie).
OEA
"É um momento de grande dor para os venezuelanos e os acompanhamos, assim como todos os povos da região. Estamos certos de que os venezuelanos saberão unir-se em momentos tão difíceis como este e transitarão em paz e democracia rumo ao futuro" - José Miguel Insulza, presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Equador
"O Equador sente como própria esta perda e deseja ao povo irmão venezuelano os melhores êxitos no futuro".
O líder morreu às 16h25 locais (18h25 de Brasília) em Caracas após sofrer "complicações" devido ao agravamento de uma infecção respiratória adquirida durante seu tratamento contra um câncer, que durou quase dois anos. O anúncio foi feito em rede nacional de televisão pelo vice-presidente, Nicolás Maduro.
Mais cedo, o governo havia culpado as potências ocidentais pelo câncer que acometeu o líder, e expulsou o adido militar da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, David del Mónaco, alegando suspeitar que ele planejava angariar apoio dos militares para lançar um golpe no país. O diplomata tem 24 horas para deixar a Venezuela.
Veja algumas das principais reações internacionais:
Brasil
"A morte do presidente Hugo Chávez entristece a todos os latinoamericanos", e "deixará um vácuo no coração, na história e nas lutas" da região. "Hoje, lamentavelmente, infelizmente e com tristeza, devo dizer que morreu um grande latinoamericano, o presidente Hugo Chávez Frías. Hoje, e como sempre, reconhecemos que é um grande líder, uma perda irreparável, e sobretudo um amigo do Brasil e do seu povo" - Dilma Rousseff, presidente brasileira.
Argentina
"Um grande luto para a América. Um dos melhores partiu. Adeus, comandante. Com Néstor Kirchner você sempre guiará o povo à vitória!" - Vice-presidente argentino, Amado Boudou.
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente brasileiro
"Foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do presidente Hugo Chávez. Tenho orgulho de ter convivido e trabalhado com ele pela integração da América Latina e por um mundo mais justo. Eu me solidarizo com o povo venezuelano, com os familiares e correligionários de Chávez, neste dia tão triste, mas tenho a confiança de que seu exemplo de amor à pátria e sua dedicação à causa dos menos favorecidos continuarão iluminando o futuro da Venezuela".
Reino Unido
"Eu fiquei triste ao saber da morte do presidente Hugo Chávez hoje. Como presidente da Venezuela por 14 anos ele deixou uma impressão permanente no país e como um todo" - ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.
EUA
"Neste momento desafiador da morte do presidente Hugo Chávez, os Estados Unidos reafirmam seu apoio ao povo venezuelano e seu interesse em desenvolver uma relação construtiva com o governo venezuelano. No momento em que a Venezuela começa um novo capítulo em sua história, os Estados Unidos permanecem comprometidos com as políticas que promovem os princípios democráticos, o estado de direito e o respeito aos direitos humanos" - Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.
ONU
"É a primeira notícia que recebi, e apesar de planejar uma declaração formal mais adiante, envio hoje minhas sinceras condolências à família do presidente Chávez, assim como ao povo e ao governo da Venezuela" - Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas
Uruguai
"Sentimos um profundo pesar. Sempre se sente a morte, mas quando de se trata de um militante de primeira linha, de alguém que uma vez defini como 'o governante mais generoso que já conheci', a dor tem outra dimensão"- Presidente do Uruguai, José Mujica.
Indígenas do Equador
"Os ideais revolucionários de Chávez não se apagarão, e viverá nos corações de nossos povos sendo exemplo da luta contra o imperialismo. Estamos seguros de que o povo venezuelano defenderá seus sucessos e suas conquistas, jamais se renderão diante das burguesias internacionais nem ao imperialismo" - Confederação Nacional de Nações Indígenas do Equador (Conaie).
OEA
"É um momento de grande dor para os venezuelanos e os acompanhamos, assim como todos os povos da região. Estamos certos de que os venezuelanos saberão unir-se em momentos tão difíceis como este e transitarão em paz e democracia rumo ao futuro" - José Miguel Insulza, presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Equador
"O Equador sente como própria esta perda e deseja ao povo irmão venezuelano os melhores êxitos no futuro".
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