quarta-feira, 6 de março de 2013


Protetor dos pobres ou líder autoritário?


O líder revolucionário Hugo Chávez surgiu no cenário internacional em 1992. Tenente coronel do Exército da Venezuela, ele liderou uma tentativa frustrada de golpe militar e acabou na prisão.

Depois de cumprir dois anos de pena, a figura do soldado deu lugar à de um político radical, que foi eleito presidente em 1998. No poder, ele estatizou muitas empresas, inclusive no setor petroleiro - que acabou sofrendo uma queda na produção.

Em 2002, após uma onda de manifestações, Chávez foi derrubado por um golpe de Estado. Mas, com apoio dos militares, foi restituído ao cargo dois dias depois.

O radicalismo do presidente e os amigos que escolheu lhe renderam inimigos em casa e ao redor do mundo. Sua dependência de Fidel Castro chocou os partidários da direita. A aliança com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinhejad inflamou ânimos em Washington.

Legado

Na própria Venezuela, foi elogiado por partidários ao ajudar os mais pobres e criticado pelas classes mais altas por arruinar a economia e ameaçar a liberdade de imprensa no pais. Ele levou o país à recessão. O pagamento de subsídios para fornecer alimentos importados à população se revelou insustentável. Outro de seus fracassos foi um aumento da criminalidade no país.

Em 2011 Chávez anunciou ao país que começava a ser tratado de um câncer. Até sua morte, passou por quatro cirurgias em Cuba.

A questão agora é como ele será lembrado: um verdadeiro amigo dos pobres, segundo seus partidários ou um radical transformado em líder autoritário, na opinião de seus críticos.

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