EUA redigiram 'acusações secretas' contra Assange
Informação estava em um dos e-mails da Stratfor divulgados pelo WikiLeaks
![Assange aguarda a decisão da Justiça britânica sobre sua extradição à Suécia Assange aguarda a decisão da Justiça britânica sobre sua extradição à Suécia](http://veja.abril.com.br/assets/pictures/68798/assange-investigacao-20120228-size-598.jpg?1330516311)
O jornal australiano, que teve acesso aos e-mails por um convênio com o WikiLeaks, informou que a mensagem de Burton respondia a relatórios da imprensa sobre as investigações das autoridades americanas sobre o portal fundado por Assange. Burton, um ex-subdiretor da divisão antiterrorista do serviço de segurança diplomática do Departamento de Estado, mantém estreitos laços com a espionagem americana e outros escritórios vinculados ao cumprimento da lei, explicou o diário.
Assange, de nacionalidade australiana, está à espera de que a Justiça britânica decida sobre sua extradição à Suécia por supostos delitos sexuais. O fundador do WikiLeaks afirma que trata-se apenas uma conspiração para que ele possa ser julgado nos EUA, que o acusam de espionagem e conspiração devido à publicação de milhares de documentos secretos que provocaram constrangimento nas relações diplomáticas deste país.
E-mails - O WikiLeaks começou a divulgar na segunda-feira mais de cinco milhões de e-mails da Stratfor, escritos por empregados da empresa entre julho de 2004 e dezembro de 2011, para denunciar suas "atividades corruptas de espionagem por encomenda de empresas e governos", explicou Assange em Londres. Em dezembro passado, o diário revelou que documentos diplomáticos australianos confirmaram que o portal foi alvo de uma investigação por parte das autoridades americanas.
O senador Scott Ludlum, do Partido Verde, exigiu nesta quarta-feira que o Executivo australiano esclareça se sabia dessas "acusações secretas" contra Assange. "Nós não permitiremos nem toleraremos que ele seja extraditado aos Estados Unidos para enfrentar acusações que possam colocá-lo na cadeia por várias décadas", disse Ludlum a jornalistas.
(Com agência EFE)
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