sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Haddad quer usar censura de nível stalinista sobre taxistas


ataxis
Depois de criar novas categorias absurdas de multas e transformar a vida dos motoristas paulistanos em um inferno, o prefeito Haddad já percebeu o óbvio: os taxistas em geral preferem ver o Cthulhu pela frente do que ele.
Não surpreende lermos algo assustador lembrado por Reinaldo Azevedo sobre uma nova lei exigindo o Condutax para os taxistas. Para obter o registro, os motoristas precisam passar por um cursinho de 8 horas. A parte monstruosa está na grade curricular:
O Item VI do curso está assim redigido:
“Evitar polêmicas ou situações que provoquem estresse no passageiro em virtude de:
a: paixões esportivas;
b: convicções partidárias;
c: fé e cultos religiosos;
d: opções de comportamento pessoal;
e: não tratar de problemas particulares nem da categoria.
Entenderam? Haddad quer suspender para o motorista de táxi os direitos assegurados pelo Inciso IV do Artigo 5º da Constituição — “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” — e o Parágrafo 2º do Artigo 220: “É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.
Quer dizer que acabou de entrar num táxi e debater política com o motorista? Ficarão eles proibidos de passar pela buraqueira da cidade e dizer: “Esse prefeito só se preocupa com bicicleta; olhem como está isso!”. Não mais poderão se orgulhar de seus filhos (“problemas pessoais”). Se o meu Corinthians vencer o Palmeiras do condutor do bólido, não posso fazer uma piada — ou, vá lá, ele comigo, na hipótese de vitória do Verdão?.
A lei é evidentemente anticonstitucional e, como quase tudo que tem saído das mentes petistas, totalitária ao extremo. Parece até ter sido escrita nos tempos de Stalin.
Obviamente, como petista não pensa em outra coisa que não em dinheiro de contribuinte, sabemos mais ainda da notícia pelo site Brasileiros:
Desde segunda-feira (18) os taxistas de São Paulo estão proibidos de discutir política, futebol e religião. Palavrão, nem pensar. É que entrou ontem em vigor o novo código de conduta da categoria, criado depois da popularização do Uber, aplicativo concorrente dos taxistas conhecido por seus carros de luxo e tratamento vip dispensado aos clientes.
A partir de agora, motoristas que usarem calça jeans ou for denunciado por falar com o passageiro sobre assuntos polêmicos podem receber uma multa de R$ 35,52.
Taxista há 40 anos, José Fausto dos Santos foi de calça jeans trabalhar ontem, conta o jornal Agora. “Para mim, estava tudo certo”, disse ele ao ser advertido pelo agente do Departamento de Transportes Públicos (DTP), que foi compreensivo: “Ele só errou mesmo na calça. O cara não é estilista, né?”
Por enquanto, os taxistas passarão por um tempo de adaptação, período no qual o DTP só vai orientar os motoristas, sem aplicar multa.
Quem não quiser usar social dos pés à cabeça terá a opção de vestir um traje esporte fino, que inclui calça jeans escura com “corte social” e bolsos retos, “em faca”. Em Santana, o taxista Marcos Antonio da Cruz acertou. “Comprei quatro! Já estão com a barra feita.”
Bem que os taxistas podiam combinar para explicar que agora não podem falar de vários assuntos com os passageiros porque o Haddad proibiu.
Se forem espertos, jogam a bola de volta para o colo do tiranete.




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