domingo, 25 de setembro de 2016

A BIRRA DOS BEBÊS CHORÕES BOLIVARIANOS NA ONU

Escrito por Lucas Berlanza setembro 20, 2016
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Como é tradição, o presidente da República Federativa do Brasil, Michel Temer (como já salientei, frisarei isso tantas vezes quantas forem necessárias, usando de toda a minha limitada paciência pedagógica), inaugurou os discursos da Assembleia da ONU. Foi recebido com o “significativo” protesto das delegações diplomáticas de seis países muito importantes para os interesses nacionais, o que ameaça (pff) a posição do peemedebista no comando do Brasil (ó céus, o que faremos?).
Vamos dar uma olhada nos digníssimos países que resolveram dar um espetáculo de desrespeito à liturgia dos encontros internacionais. Diz o G1 que, “no momento em que o presidente brasileiro subia à tribuna da ONU para discursar, os representantes de Venezuela, Equador e Nicarágua se levantaram e deixaram o plenário”, sendo que “a maioria dos integrantes da delegação da Costa Rica também abandonou a sala quando o novo presidente brasileiro se preparava para discursar”.
Estranha mesmo, apenas a posição da Costa Rica, que não está, em tese, na rota de domínio do chamado Foro de São Paulo. O governo do país alegou, porém, que seu embaixador permaneceu no recinto para ouvir Temer. O presidente de esquerda Luis Guillhermo Solís justificou-se por suas dúvidas quanto ao processo ocorrido no Brasil, o que passa bem longe do razoável.  Quanto aos outros… A Venezuela dispensa muitos comentários. Tomada pelo chavismo autoritário, na figura, agora, do tiranete Nicolás Maduro, a infeliz nação vizinha se encontra mergulhada na carência mais extrema de produtos de necessidade básica, com filas gigantescas para compra de alimentos e papel higiênico e massas robustas procurando escapar de suas fronteiras. Vivencia um sistema de oposições acuadas por repressão miliciana, mortes em manifestações de rua e presos políticos. O Equador teve uma Assembleia Constituinte para estabelecer uma nova carta magna sob a condução de Rafael Corrêa, nacionalista que está no poder desde 2007, é admirador de Hugo Chávez e sempre acariciou o sonho da “América bolivariana”. A Nicarágua enfrenta um drama político, com o também líder bolivariano Daniel Ortega destituindo de maneira no mínimo duvidosa vários deputados da oposição e trabalhando para fazer do seu grupo político o único eleitoralmente viável.
A tragicomédia não para por aí. Segue o G1: “Os diplomatas da Bolívia e de Cuba haviam se retirado do Plenário um pouco antes e se recusaram a entrar enquanto Temer estava discursando. Eles retornaram ao recinto somente após o peemedebista concluir sua fala”. A Bolívia de Evo Morales? Aquele país em que se falou a sério em chicotear eleitores que divergissem da orientação partidária? Aquele líder que trata mudanças constitucionais como se fossem brincadeiras sazonais? E CUBA? Pelo amor de Deus… Uma ditadura de partido único sob comando da família Castro desde os anos 50, com praticamente gerações inteiras sem saber o que significa a palavra “democracia”!
São esses os nossos grandes professores, justamente, de “democracia”. Foram esses que quiseram passar um pito no Brasil hoje por supostamente ter sido palco de um “golpe” (que não houve) para empossar a “tirania” (que é mais própria do espírito do PT e de seus apaniguados, que ora protestam contra a sua subtração constitucional do poder).
O que vimos na assembleia da ONU, para além de um explícito desrespeito diplomático a uma nação soberana, que tem total prerrogativa para se reger de acordo com a sua Carta Magna, por parte de quem não sabe o que é isso e acredita ter legitimidade para colocar o bedelho onde não é chamado, foi o faniquito dos bebês chorões da América Latina, que não suportam a ideia de ver em risco a fonte da sua mamadeira cotidiana. Se alguma dúvida sobre a regra do jogo constitucional estivesse em vigor na questão do impeachment de Dilma e isso justificasse a reprimenda desses trogloditas, então os diplomatas dos seus próprios países, a julgar pelo estado da democracia em seus domínios, não deveriam sequer ser recebidos em encontros internacionais.
O que vimos é apenas a vergonhosa infantilidade birrenta dos protoditadores e tiranetes de quinta categoria que comandam aquelas nações. Nada que faça diferença perante o número total de 200 países da Assembleia, e nada que ponha em xeque o esforço que fizemos aqui dentro para confrontar o nosso problema. Ao contrário; ter essa gente contra nós é mais uma prova de que fizemos a coisa certa.
 http://www.sentinelalacerdista.com.br/birra-dos-bebes-choroes-bolivarianos-na-onu/

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