sábado, 9 de maio de 2015

09/05/2015
 às 12:37 \ Comunismo

Podemos traficar em paz? Ou: General boliviano diz que partido radical de esquerda na Espanha é braço do tráfico venezuelano

Fundador do Podemos: ligações perigosas com o tráfico de drogas venezuelano
Em uma ótima reportagem na Veja desta semana, Duda Teixeira mostra trechos de documentos ultrasecretos de um militar boliviano que acusa o Podemos, partido espanhol da esquerda radical, de ser um braço do tráfico venezuelano ligado ao próprio governo. As ligações entre a esquerda bolivariana e o tráfico de drogas não são novas; basta lembrar que as Farc, cuja principal fonte de renda além dos sequestros é justamente o tráfico de drogas, são aliadas dos partidos de esquerda no Foro de São Paulo.
Quando pensamos nessa esquerda radical moderna, portanto, devemos ter em mente que estamos lidando com bandidos em muitos casos, não políticos. A política é apenas um meio, um instrumento que esses criminosos usam para chegar ao poder e, com isso, gozar de maior margem de manobra para seus atos criminosos. A ideologia é um pano de fundo, uma desculpa para seus crimes. É tudo muito podre, mas são os fatos. Abaixo, trechos da reportagem:
O partido Podemos é uma das estrelas da corrida para as eleições de novembro na Espanha. Com menos de dois anos de existência, está em terceiro lugar na preferência dos eleitores. Seu líder é o cientista político Pablo Iglesias, de 36 anos. Com uma postura desafiadora, ele defende a redistribuição da riqueza, vocifera contra o que chama de neoliberalismo e faz louvações ao finado presidente venezuelano Hugo Chávez. Para os jovens que o adoram, Iglesias é um idealista que quer tirar seu país da crise. Para seus financiadores espalhados pela América Latina, contudo, o papel a ele reservado é outro: tornar a Espanha em entreposto privilegiado de cocaína na Europa. Mais do que buscar uma expansão ideológica, o objetivo dos governos bolivarianos é expandir seu principal negócio: o tráfico de drogas.
A constatação está em um relatório ultrassecreto de 34 páginas assinado pelo coronel boliviano Germán Cardona Álvarez, que trabalhou como assessor jurídico da Oitava Divisão do Exército, foi professor universitário e diretor do Hospital Militar Número 2 em Santa Cruz de la Sierra. No dia 20 de fevereiro, ele enviou ao comandante-geral do Exército da Bolívia um informe em que narrava fatos de seu conhecimento. As páginas, com denúncias de envolvimento de membros do governo com o narcotráfico, chegaram às autoridades e Cardona teve de fugir para a Espanha.
No texto, ao qual VEJA teve acesso, o coronel relata a remessa de co­caí­na peruana e boliviana do Aeroporto Internacional de Chimoré (Bolívia) para a Venezuela em aviões militares, “os quais, por serem oficiais de um Estado, não podem ser interceptados no espaço aéreo internacional”. As aeronaves Hércules C-130 deixam a Venezuela com armamento militar e retornam carregadas de cocaína e veículos que chegam à Bolívia depois de ser roubados no Brasil. Em Caracas, a droga é embarcada novamente e de lá levada a outros destinos. Dentro desse esquema, diz o relatório, há seis anos, Hugo Chávez, o atual presidente venezuelano Nicolás Maduro e o boliviano Evo Morales usaram uma organização chamada Centro de Estudos Políticos e Sociais (Ceps) para financiar o Podemos, da Espanha.
“Uma vez que conquistem o governo espanhol, será constituída uma porta direta para a entrada de cocaína na Europa, que será enviada (…) em aviões oficiais e militares”. O plano previa, portanto, que, com os aliados no poder, seria possível burlar a fiscalização antidrogas nos aeroportos espanhóis.
Rodrigo Constantino

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