Sem sombra de dúvidas, a maior polêmica do início do governo do presidente em exercício Michel Temer nem foi o fato dele assumir o governo no lugar de uma presidente que o acusa de "conspirador do golpe", mas sim ter extinto uma pasta que nem era das mais faladas durante o governo de Dilma Rousseff: a Cultura. Já com problemas de orçamento por conta da crise, a Cultura tinha diversos projetos de mudanças em leis conhecidas, como a Rouanet. Como os temas eram polêmicas e Rousseff pegou o furacão do impeachment, ela deixou isso para o seu sucessor. Michel Temer decidiu vincular a pasta ao Ministério da Educação, como funciona no passado. E mais, transformou a pasta em uma Secretaria. Essa foi assumida nesta quarta-feira, 18, por Marcelo Calero, ex-secretário de cultura do município do Rio de Janeiro. Leia mais sobre isso clicando na reportagem.
Também nesta quarta, uma das maiores atrizes da história do Brasil, Fernanda Montenegro, única brasileira a concorrer ao Oscar de melhor atriz, decidiu falar do assunto. Ela fez coro aos colegas artistas e condenou a extinção do Ministério da Cultura. O depoimento dela foi publicado pelo jornal carioca Extra e foi dado durante uma gravação no seriado 'Mister Brau', exibido pela Rede Globo de Televisão. 
"Isso é uma tragédia. E o presidente interino vai pagar um preço alto por isso", desabafou ela à publicação. Fernandona argumentou que o Congresso até pode achar que tudo isso é uma besteira, já que o Ministério teria um orçamento considerado "miserável". No entanto, segundo Montenegro, a Cultura é a base de um país. Ela ainda disse que o governo de Temer enfrentará muitos protestos e que ela estará nele. A atriz negou que Cultura seja uma coisa para "veados ou alienados". 
A extinção do Ministério da Cultura ainda foi chamada de "caminho deprimente". Na década de 1980, a profissional da dramaturgia chegou a ser convidada por José Sarney a assumir a Cultura do Brasil, mas acabou negando o cargo após escrever um carta em máquina de escrever. 

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