sábado, 16 de fevereiro de 2013

Brasileiros pagam R$ 200 bilhões em impostos, enquanto crescem a inflação e as dívidas públicas e pessoais


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Por Jorge Serrão
serrao@alertatotal.net
A situação econômica brasileira inspira cuidados, mas o governo finge que tudo está sob controle, quando não está. A dívida pública mobiliária federal, que bateu o recorde de 2,008 trilhões, é apenas um sinal de descontrole de nosso regime capimunista. O endividamento aumentou graças à emissão de títulos para pagar juros vencidos e pela capitalização dos bancos oficiais. A diminuição da carga tributária – sempre prometida – acaba comprometida pela gastança governamental (quase sempre sem qualidade).

Por isso, logo mais à tarde, o Impostômetro (www.impostometro.com.br) da Associação Comercial de São Paulo já terá alcançado a marca de R$ 200 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais pagos por todos brasileiros desde o primeiro dia do ano. Soa como piada qualquer promessa oficial de melhorar o controle do gasto corrente para viabilizar os estímulos e a retomada da produção. Para complicar ainda mais, o Banco Central do Brasil tem cada vez mais dificuldades para manter a flutuação de mentira com o dólar que insiste em ficar abaixo de R$ 2 (para desespero ainda maior dos exportadores).

Agora, a nova conversa fiada do governo gira em torno de uma eventual demora do Congresso Nacional em aprovar o Orçamento Geral da União. O papo é balela porque o orçamento no Brasil é uma farsa: aprovado ou não, o governo só costuma liberar os recursos a conta-gotas, no sistema de duodécimos (a cada mês do ano). Assim mesmo, não permite o gasto de tudo que foi planejado, porque precisa produzir as maquiagens contábeis para o tal do superavit primário.

O risco de demorar a aprovar o orçamento é uma espúria chantagem feita pela classe política (leia-se Renan Calheiros e sua turma) contra o Judiciário. Os líderes do Congresso, de forma cínica, tentam culpar o Supremo Tribunal Federal pela interpretação constitucional do ministro Luiz Fux para que a pauta de votação obedeça a uma ordem cronológica. Assim, os deputados e senadores que, por incompetência ou vagabundagem, deixaram de votar os mais de 3 mil vetos presidenciais, agora só podem votar qualquer coisa depois de apreciá-los.

Assim, enquanto os políticos têm boa vida e não trabalham como deveriam para justificar seus altos salários, na economia real, quem se dana é o cidadão. Paga cada vez mais impostos. Só consegue consumir quando apela para o crédito nada fácil, sempre a juros altos, para comprar produtos cada vez mais caros ou em promoções de mentirinha. Também é punido pela especulativa inflação, quando os preços de vários produtos sobem, sem uma justificativa econômica plausível, apenas por vontade do fabricante/vendedor. Neste cenário, para piorar, a economia não cresce como deveria, roubando oportunidades de evolução real dos cidadãos-eleitores-contribuintes.

Consolo?

Só a economia consegue ficar pior que a situação moral de Renan Calheiros – alvo de protestos nas redes sociais e por qualquer lugar onde passe.

O descontentamento público contra a figura específica de Renan tem tudo para se espalhar para toda a classe política, com repercussões institucionais jamais vistas.

Juntando problemas econômicos com confusão política, o resultado institucional pode ser igual a nada que se viu até hoje na História do Brasil, apesar da aparente passividade da massa tupiniquim.

Minha Cuba, Minha vida...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 14 de Fevereiro de 2013.

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